Discurso durante a 98ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

APLAUSOS A INICIATIVA DO CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL PELA PROMOÇÃO DA MOSTRA VERSANDO SOBRE O "SURREALISMO", NO RIO DE JANEIRO.

Autor
Francelino Pereira (PFL - Partido da Frente Liberal/MG)
Nome completo: Francelino Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • APLAUSOS A INICIATIVA DO CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL PELA PROMOÇÃO DA MOSTRA VERSANDO SOBRE O "SURREALISMO", NO RIO DE JANEIRO.
Publicação
Publicação no DSF de 23/08/2001 - Página 18235
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, DIRETORIA, CENTRO CULTURAL, BANCO DO BRASIL, PROMOÇÃO, MUNICIPIO, RIO DE JANEIRO (RJ), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), EXPOSIÇÃO, CONFERENCIA, SEMINARIO, ASSUNTO, MOVIMENTAÇÃO, ARTES, PINTURA.

O SR. FRANCELINO PEREIRA (PFL - MG) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, promove, desde a última segunda-feira, uma das mais significativas exposições versando sobre o Surrealismo, com quadros, conferências, vídeos e seminário.

O Surrealismo, o famoso movimento iniciado por Salvador Dali, inspirou artistas no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Daí a relevância da iniciativa.

O Centro, responsável pela mostra, é um sonho que acalentamos, idealizamos e construímos, em minha passagem pelo Banco do Brasil, como vice-presidente. O Centro Cultural é uma das realizações do meu maior aconchego, e desde o começo vem exercendo notável contribuição à cultura brasileira. E vem marcando presença no meio cultural brasileiro, com iniciativas de grande porte, como essa sobre o Surrealismo, que se estenderá por de 60 dias.

Ao longo desse período, quem quer que passe pela Rua 1º de Março, no centro do Rio, logo verá, suspenso na rotunda da cúpula do Centro, o símbolo oficial da Mostra.

É um símbolo inspirado num trabalho de Magritte: um grande peixe, o Peixe Solúvel ou, no original, Le Poisson soluble. Com 12 metros de comprimento, o rosa de sua cor chama a atenção para a exposição.

Dessa Mostra constam 300 obras, procedentes de 64 instituições e de coleções particulares e privadas do mundo inteiro.

Por aí se avalia a importância dessa louvável iniciativa, que pretende mostrar ao público brasileiro um panorama bastante abrangente do movimento que tornou conhecidos Salvador Dali, Joan Miró e René Magritte.

É também a oportunidade para avaliar até que ponto o Surrealismo influenciou alguns artistas plásticos brasileiros.

Esse tipo de contágio está, por exemplo, presente em Tarsila do Amaral, que nos ofereceu O Vendedor de Frutas, em 1925, e, três anos depois, Urutu. Até mesmo Cândido Portinari, um dos expoentes da pintura brasileira, revelou traços de surrealismo em obras como Paisagem de Brodosqui e Os Espantalhos.

Como eles, outros ilustres nomes do cenário das nossas artes plásticas receberam algum tipo de influência do Surrealismo, como Santa Rosa, Djanira, Reynaldo Fonseca e Maria Martins.

Quero aplaudir, no plenário do Senado Federal, mais essa iniciativa do Centro Cultural do Banco do Brasil, com meus cumprimentos, em particular, ao seu presidente, Eduardo Guimarães, e ao presidente do Conselho de Administração, Paulo Zaghen.

Essa exposição tem, além de outros objetivos, o caráter didático de lembrar e explicar um dos mais importantes movimentos artísticos, iniciado há pouco menos de 100 anos

O Surrealismo, se não foi o movimento que ganhou difusão mais rápida em todo o mundo, sem dúvida figura como o que por mais tempo permaneceu em circulação, tanto no exterior como no Brasil. E também o de maior popularidade, seja pelo exotismo, seja pela qualidade de suas produções.

Pela oportuna iniciativa, registro, neste plenário, minhas congratulações aos dirigentes do Banco do Brasil e, em particular, aos membros da diretoria de seu Centro Cultural, muito bem conduzido por Walter Nunes de Vasconcelos Júnior e pela equipe de diretores, Martha Maria de Souza Lima Pagy, de Artes Visuais; Kleuber de Paiva Pereira, de Artes Cênicas; e José Eduardo Dias de Oliveira, de Captação e Desenvolvimento.

Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/08/2001 - Página 18235