Fala da Presidência durante a 96ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

HOMENAGEM A MAÇONARIA BRASILEIRA PELO DIA DO MAÇOM.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM A MAÇONARIA BRASILEIRA PELO DIA DO MAÇOM.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2001 - Página 17431
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, MAÇONARIA, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, HISTORIA, BRASIL.

O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão) - Sr. Presidente da Câmara Distrital de Brasília, Srs. Laelso Rodrigues e Kalil Chater, meu conterrâneo Francisco Gomes da Silva, da Grande Loja do Maranhão, que aqui se encontra presente, Srs. Maçons, Senhoras e Senhores, a homenagem que o Senado hoje presta à comunidade maçônica brasileira é de grande oportunidade e justiça.

A história da maçonaria entre nós confunde-se com a própria História do Brasil. Nossos pró-homens, que se destacaram, desde a Independência, nas mais nobres lutas pela nacionalidade eram membros da maçonaria. José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Reino e de Estrangeiros, foi o primeiro mandatário do Grande Oriente Brasileiro, a 17 de junho de 1822.

A influência da maçonaria brasileira contra a escravatura foi decisiva: a Lei que se chamou Euzébio de Queiroz - que foi membro do Supremo Conselho da Maçonaria - extinguiu, em 1850, o tráfico de escravos; e a Lei que se batizou de Visconde do Rio Branco - que foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil - declarou livres, em 1871, as crianças nascidas de escravas a partir daquela data.

Foram as medidas preliminares para a completa extinção da escravatura em nosso País, que tanto durou e que tantas dificuldades causaram à História do nosso País.

Na implantação da República, coube a liderança ao Marechal Deodoro da Fonseca, que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Seguiram-se, na formação da Nação brasileira, Floriano Peixoto, Campos Salles, Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís, todos maçons destacados do Grande Oriente do Brasil.

Compõem essa instituição brasileira, em todas as épocas, homens de espírito público, representativos das diversas áreas da atividade humana. Formam, pois, um poderoso grupo de formadores de opinião.

Nas duas grandes guerras mundiais, colaborou para que o Brasil estivesse do bom lado. Forneceu recursos para o socorro a vítimas de guerra. Influiu nos movimentos de anistia a presos políticos nos períodos de exceção que enlutaram o Brasil. Influiu nas lutas pela redemocratização contra os regimes de exceção.

A liberdade, a igualdade e a fraternidade, que são também princípios da Revolução Francesa, são a bandeira que os maçons desfraldam em todo o mundo. Proclamando a prevalência do espírito sobre a matéria, procuram o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. É importante a atuação que desenvolvem em movimentos sociais.

A maçonaria - vítima no passado de perseguições até mesmo da Inquisição - é uma instituição que honra o país no qual se instala. Sua atuação, em tantos campos de atividade, é um modelo para a formação social e moral dos jovens.

A Grande Oriente do Brasil, instalada em Brasília desde 1978, transformou-se na maior Obediência Maçônica do mundo latino.

Muitas foram as etapas vencidas pela maçonaria em âmbito internacional, desde aqueles velhos tempos medievais em que pedreiros, construtores das catedrais, fundaram as primeiras lojas maçônicas.

E o Senado está certo de que a Grande Oriente do Brasil continuará vencendo todas as etapas a que se propôs realizar. O nosso País muito precisa que prossiga sem tropeços essa atuação que, há 179 anos, tem sido tão benfazeja à nacionalidade.

Senhores maçons, se eu tivesse que resumir em duas palavras o que é a maçonaria e seus princípios, eu diria, simplesmente, que representa honra e retidão como apanágio de sua atuação.

Muito obrigado. (Palmas)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2001 - Página 17431