Discurso durante a 102ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à interferência do Governo Federal no processo de escolha do Presidente Nacional do PMDB, a ser realizada em convenção no mês de setembro.

Autor
Maguito Vilela (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
Nome completo: Luiz Alberto Maguito Vilela
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA.:
  • Críticas à interferência do Governo Federal no processo de escolha do Presidente Nacional do PMDB, a ser realizada em convenção no mês de setembro.
Aparteantes
Iris Rezende, Mauro Miranda, Pedro Simon, Roberto Requião.
Publicação
Publicação no DSF de 29/08/2001 - Página 18637
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • REITERAÇÃO, CANDIDATURA, ORADOR, PRESIDENCIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), DEFESA, INDEPENDENCIA, AUTONOMIA, GOVERNO FEDERAL, RESPEITO, ASSOCIADO.
  • DENUNCIA, ILEGALIDADE, NEGOCIAÇÃO, ANTERIORIDADE, CONVENÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), INTERFERENCIA, GOVERNO FEDERAL, TROCA, VOTO, LIBERAÇÃO, VERBA, REPRESALIA, MEMBROS, APOIO, ORADOR.
  • ENCAMINHAMENTO, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), PEDIDO, INVESTIGAÇÃO, ABUSO DE PODER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELISEU PADILHA, RAMEZ TEBET, OVIDIO DE ANGELIS, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), MINISTERIO, INTEGRAÇÃO, SECRETARIA ESPECIAL, DESENVOLVIMENTO URBANO, FAVORECIMENTO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB).
  • REQUERIMENTO, MINISTERIO PUBLICO, COMPETENCIA, MATERIA ELEITORAL, ABERTURA, AÇÃO CIVEL, APURAÇÃO, IMPROBIDADE, ADMINISTRAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MINISTRO DE ESTADO.
  • CONVOCAÇÃO, REUNIÃO, COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), DELIBERAÇÃO, SITUAÇÃO, DENUNCIA, ELEIÇÃO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na semana passada, assomei a esta tribuna para relatar o meu pensamento e as minhas propostas em relação ao futuro do PMDB. Como candidato a Presidente nacional do Partido, coloquei como ponto de honra a independência e a autonomia peemedebista, por entender inadmissível a ingerência que o Presidente Fernando Henrique Cardoso perpetra nos assuntos internos do PMDB.

            A submissão de parte da cúpula do Partido ao Palácio do Planalto fere de morte a tradição e a história do PMDB e machuca fundo a nossa querida militância, que sonha em trabalhar por aquele Partido aguerrido, que comandou as grandes transformações históricas do nosso País e que hoje se apresenta de joelhos diante de migalhas do poder.

            Entrei na disputa com uma plataforma centrada no respeito à participação das bases na condução do Partido, convicto de que estaria participando de um processo limpo, transparente, assentado no respeito às justas normas da democracia. Mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em apenas três semanas de campanha, lamentavelmente, descobri que não é isso que está acontecendo. O PMDB caminha para sua convenção numa disputa que se mostra embotada pelo vício espúrio da negociata e da barganha, recheada de escaramuças indevassáveis, e que, de antemão, ganha ares de ilegitimidade.

            Lancei a minha candidatura para disputar a Presidência com o Deputado Federal Michel Temer, companheiro de Partido por quem sempre tive respeito. Mas o adversário não tem sido o Michel Temer; o adversário se mostrou outro, ancorado em armas que deveriam estar banidas do processo democrático brasileiro. A imprensa denuncia, largamente, a compra de votos, a barganha vergonhosa de apoio por cargos e verbas, envolvendo até pessoas que supúnhamos ilesas a esse tipo de pressão.

            Esse é um jogo conhecido, Srªs e Srs. Senadores. Quem não se lembra da emenda da reeleição? As denúncias de compra de votos até hoje estão sem uma explicação convincente à Nação brasileira. E o misterioso sepultamento da CPI da Corrupção? Até às onze e meia da noite do dia fatal, havia votos de sobra para promover a sua instalação. Entretanto, em menos de meia hora, antes da meia noite, mais de vinte Deputados correram ao Congresso e retiraram suas assinaturas, ficando claro que, nesse tipo de disputa rasteira, o Governo de Fernando Henrique Cardoso tem se mostrado, mais do que competente, imbatível.

            Na sexta-feira, com base em informações que me chegavam de diversos Estados do Brasil, denunciei à imprensa a barganha de votos, comandada por alguns Ministros do Governo. No final de semana, matérias de jornais importantes do País confirmaram todas as minhas suspeitas.

            O Correio Braziliense trouxe ontem uma matéria intitulada “O jogo pesado do PMDB governista”, onde aponta casos concretos de retaliação aos companheiros que declararam apoio à minha candidatura, apostando num PMDB autêntico e forte.

            Abro um parênteses para dizer que dois Deputados Federais de Santa Catarina tiveram os seus nomes retirados da Comissão de Orçamento e da Comissão do Mercosul, como instrumento de pressão, porque eles, Renato Vianna e Edison Andrino, apoiavam e apóiam a minha candidatura.

            No mesmo dia, a Folha de S.Paulo, em matéria assinada pelo respeitado jornalista Lúcio Vaz, mostrou o festival de liberações de verbas aos aliados do Governo na disputa interna do PMDB. Dois dias depois do lançamento de minha candidatura, apenas na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, foram liberados R$85,6 milhões, sendo que 88% ficaram com os governistas. Durante todo o ano, essa mesma Secretaria só havia liberado R$83 milhões. Ou seja, em apenas um dia, logo após o lançamento da nossa chapa, o Governo soltou mais dinheiro aos seus aliados do PMDB do que durante os oito meses anteriores.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho vinte e cinco anos de vida pública e estou acostumado aos embates eleitorais democráticos. Foram seis eleições disputadas, onde valiam as propostas, as idéias, a postura e a credibilidade dos postulantes. Venci todas elas - Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Vice-Governador, Governador e Senador da República - pela força do meu ideal e da minha humildade e pela vontade de servir à Pátria. A disputa interna do PMDB, no entanto, mostra-se viciada e ilegítima. Como Presidente nacional do Partido, recuso-me a chancelar esse processo. O que está em jogo não é o futuro de Maguito e, muito menos, o de Temer. O que está em jogo é o futuro deste País, é o futuro do maior Partido do Brasil, que ainda tem uma responsabilidade enorme para com este País.

            Se for mantida a convenção nesses moldes, o PMDB corre o risco de se perder por causa de migalhas de poder disputadas por uma meia dúzia que se mostra completamente distanciada da vontade das bases do Partido. Tenho a convicção de que o desejo da militância do PMDB é seguir o caminho da independência, com o rompimento com o Governo Federal e o lançamento de candidatura própria à Presidência da República.

            Recentemente, reuni, em Brasília, todos os Presidentes regionais do Partido. Todos foram unânimes em apontar esse caminho. Tenho viajado por diversos Estados brasileiros, e o sentimento lá na base, junto ao Vereador, ao Prefeito, ao Deputado Estadual, aos líderes municipais, também é este: o da candidatura à Presidência da República já. Com a ingerência do Governo Federal correremos o risco sério de vermos consolidado na convenção um resultado que não reflete a vontade majoritária do nosso Partido.

            Conversei com companheiros de diversos Estados nos últimos dois dias sobre esses problemas. Hoje, pela manhã, recebi um requerimento assinado pelos Presidentes regionais do PMDB no Paraná, em Minas Gerais, Tocantins, Goiás e São Paulo - os únicos presentes até aquele momento -, em que reafirmavam a preocupação com a lisura do processo, pedindo, inclusive, o adiamento da nossa convenção.

            Com base em tudo isso, resolvemos tomar algumas providências. E o faço em nome da militância emudecida pela estrutura viciada que se instalou hoje no Partido, buscando o melhor para o PMDB.

            Neste momento, estamos encaminhando ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido de investigação judicial eleitoral para apurar abuso de poder de autoridade cometido pelo Presidente da República e pelos Ministros Eliseu Padilha, Ramez Tebet e Ovídio de Ângelis em benefício do PSDB. Também estamos requerendo ao Ministério Público Eleitoral a abertura de ação civil pública para apurar atos de improbidade administrativa contra essas mesmas autoridades.

            As denúncias feitas pela imprensa e os documentos já reunidos pelo Partido são por demais sérios - extremamente sérios - para que não seja feita uma investigação judicial detalhada pelo TSE e pelo Ministério Público Federal.

            Por outro lado, estou convocando para a próxima quinta-feira reunião da Executiva Nacional do Partido com a finalidade de deliberar acerca desses assuntos que estou a mencionar.

            Como disse, esse foi um pedido a mim encaminhado por cinco dos mais representativos diretórios do País e que precisa receber a atenção devida.

            Na condição de Presidente nacional do Partido, não serei conivente com um processo eivado de vícios, que irá condenar o PMDB a um partido de segunda, apêndice de um Governo capenga, que, submisso ao receituário do FMI, está transformando o Brasil em um dos piores exemplos de distribuição de renda do mundo.

            Com tais e tão graves denúncias, pessoalmente também não vejo clima para a realização de uma convenção limpa e democrática antes que todas as dúvidas sobre abuso de poder e ingerência indevida no Partido sejam esclarecidas pela nossa Justiça. Esse é um imperativo para se preservar a transparência no processo de definição dos novos rumos que o PMDB irá seguir.

            O PMDB não pode continuar no papel de coadjuvante de um governo que já demonstrou sua incapacidade de levar o País a dias melhores. Com coragem, dignidade e muita transparência, iremos caminhar para um processo limpo e justo, em que a vontade das bases seja efetivamente respeitada, sem a ingerência de quem não tem o direito de intervir no nosso Partido, até porque só pensam no PMDB como um apêndice dos seus próprios projetos.

            Assim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quando assumi a minha candidatura, eu o fiz com o propósito de não aceitar de forma alguma ingerência no nosso Partido. E a disputa não está sendo travada entre Michel Temer e Maguito Vilela, mas entre Maguito Vilela e o Governo Federal. E não adianta querer desmentir, pois estão os Srs. Eliseu Padilha, Ramez Tebet e Ovídio de Ângelis viajando pelo País inteiro, aliciando eleitores do PMDB.

            O Governo tinha que ser mais Estado. Os Ministros representam o Governo Federal, são o próprio Presidente da República em exercício nos Estados. Portanto, não podem fazer o que estão fazendo. A luta é desigual, desonesta, e não vamos aceitar essa situação de forma alguma.

            O Sr. Iris Rezende (PMDB - GO) - Permite-me V. Exª um aparte?

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Concedo o aparte a V. Exª.

            O Sr. Iris Rezende (PMDB - GO) - Ouço com muita atenção o pronunciamento de V. Exª e me sinto no dever de interrompê-lo por instantes, para deixar aqui o meu testemunho do comportamento político de V. Exª ao longo dos anos. Encontramo-nos juntos nessa caminhada há 20 anos. Lembro-me bem de janeiro de 1983, quando fui eleito Governador de Goiás, e V. Exª, Deputado Estadual. Já nos primeiros meses, despontava na Assembléia um jovem impetuoso e - sentia eu - idealista, preocupado com os destinos de Goiás, do seu povo, e com a restauração da democracia. Era V. Exª. E o escolhemos para nosso Líder na Assembléia Legislativa. Daquele ano até hoje, V. Exª, na condição de Vice-Governador, foi meu companheiro de chapa em 1990, tendo passado antes pela Câmara dos Deputados, como Constituinte, e sido eleito Governador de Goiás posteriormente. Hoje, encontramo-nos aqui, no Senado Federal. Posso e devo dizer que V. Exª é um líder inteiramente voltado para os interesses sociais. Em todas as posições alcançadas, V. Exª buscou o respeito do Estado. Quando Deputado, apresentou um projeto que extinguia o Instituto de Pensão e Aposentadoria dos Parlamentares, conseguindo êxito. Na Câmara Estadual, embora não tenha conseguido o mesmo resultado, também apresentou um projeto pedindo a extinção do Instituto dos Parlamentares em nível federal. Quando não foi compreendido por seus Pares, V. Exª recorreu ao Judiciário, pedindo a sua exclusão do Instituto. Assim tem sido o comportamento de V. Exª durante esses vinte anos de relacionamento político: idealista, trabalhador e responsável, um homem sem subterfúgios em sua vivência política. Neste momento, peço um aparte para me solidarizar com V. Exª nessa posição de inconformismo com o que alguns companheiros têm procurado fazer no sentido de desestabilizar sua candidatura, utilizando as forças do Governo. Esteja certo, Senador Maguito Vilela, de que o melhor testemunho em relação à sua pessoa e à sua candidatura é a posição de Goiás. Salvo engano, em termos de número de votos, Goiás é a terceira ou quarta representação na Convenção, contando com 56 votos na Convenção Nacional, ficando abaixo apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Desses 56 votos na Convenção, V. Exª conta com 55. Não terá apenas o voto daquele que, um dia, a representação do PMDB de Goiás na Câmara dos Deputados e no Senado Federal indicou para ocupar uma Secretaria - cujo titular tem o título de Ministro -, representando Goiás, uma vez que o Diretório Nacional destinou ao Estado de Goiás aquela posição. Somente esse. Agora, a posição desse voto, ilustre Senador Maguito Vilela, vem confirmar o que V. Exª afirma da tribuna, porque há dois anos a imprensa nacional vem soltando notinhas e mais notinhas, toda semana, de que o Ministro Ovídio de Ângelis seria retirado da Secretaria e para lá iria Moreira Franco. Cansei de ler e de ter notícia a respeito dessa intenção, que não sei, pessoalmente, de quem era, mas que existia. Na semana em que um grupo de companheiros decidiu pela indicação do nome de V. Exª para liderar uma chapa que deveria concorrer com a do nosso companheiro Michel Temer, nós nos reunimos - os Senadores e os oito Deputados do PMDB de Goiás - e tomamos uma decisão: primeiramente, estávamos defendendo uma candidatura própria. Aguardava-se a Convenção do dia nove. Agora, no momento em que os nossos companheiros de Goiás têm um dos mais ilustres nomes a representar uma chapa na disputa do PMDB, que tem defendido com toda ênfase a candidatura própria para a Presidência da República, a entrega dos cargos, a desvinculação do Governo Federal, não poderíamos chegar à Convenção ocupando aquela função e outras existentes naquela Secretaria. Redigimos uma carta, após a aprovação dos oito Deputados e dos Senadores, e a encaminhamos ao Senhor Presidente da República, colocando os cargos à disposição de Sua Excelência. A partir daí, não saiu mais nota de que esse Ministro seria substituído. Pelo contrário, a imprensa noticiou que S. Exª estaria mais que estável naquela posição. Deduzi, assim, ilustre Senador Maguito Vilela, que era um Ministério por um voto. De forma que V. Exª, mesmo diante dessas ações, continue de cabeça erguida. No Diretório Nacional, Goiás não precisa baixar a cabeça para ninguém, porque foi o segundo ou o terceiro Estado a subscrever a fundação do MDB - e tive a honra de ser um dos signatários -, em 1966, salvo engano. E, de lá para cá, o que vivemos? Cassações, prisões, banimentos. Fui cassado, ao lado de tantos outros companheiros, e preferi permanecer no meu Estado, correndo toda sorte de risco, a ir para um exílio muitas vezes difícil, mas mais confortável que a ameaça permanente de prisão. Permaneci firme. Decorrido o período de cassação, candidatei-me ao cargo de Governador, em 1982. Quando as urnas se abriram, pensava a Ditadura que o povo não teria coragem de votar contra ela, mas, em Goiás, como em alguns Estados, ele votou. A minha proposta era de que, eleito, faria do Governo um instrumento pela redemocratização do Brasil. E foi Goiás o primeiro a realizar aquela memorável concentração, quando mais de seiscentas mil pessoas, juntas, desestruturavam a muralha da Ditadura na presença de centenas e centenas de líderes nacionais. Foi Goiás que realizou, também, a primeira concentração para legitimar as candidaturas de Tancredo Neves e José Sarney à Presidência e Vice-Presidência da República, respectivamente. De forma que não precisamos baixar a cabeça. Vá em frente, enfrentando toda sorte de dificuldades, porque, acima de tudo, temos uma responsabilidade com esse Partido e, consequentemente, com o nosso País! Mesmo que, amanhã, V. Exª seja derrotado, teremos marcado nossa posição. Não teremos sido omissos nem indiferentes a um momento importante do PMDB. Obrigado.

            O Sr. Roberto Requião (PMDB - PR) - Permite-me V. Exª um aparte?

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Sr. Presidente, gostaria que V. Exª esperasse mais alguns minutos para que eu pudesse atender o Senador Roberto Requião e, em seguida, fazer algumas considerações sobre as palavras do Senador Iris Rezende.

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Senador Maguito Vilela, serei tolerante com V. Exª. Não se preocupe, darei oportunidade ao Senador Roberto Requião de dar o aparte a V. Exª, porque V. Exª realmente está fazendo um pronunciamento muito importante, mas comunico-lhe que o seu tempo já está esgotado.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Concedo o aparte ao Senador Roberto Requião.

            O Sr. Roberto Requião (PMDB - PR) - Senador Maguito Vilela, um belo e vigoroso discurso V. Exª acaba de pronunciar - o discurso do peemedebista indignado com o processo de corrupção dentro do Partido, desencadeado pelo Presidente da República e pelo Governo Federal. V. Exª, como candidato à Presidência do nosso velho MDB de guerra, representa o sentimento da base partidária, o sentimento da nacionalidade. O Governo, hoje, se me afigura como uma espécie de agente estrangeiro a modificar a economia nacional a favor de um tal de mercado, palavra atrás da qual se escondem os interesses dos especuladores financeiros nacionais e internacionais. Para eles, não há que se respeitar o povo, porque não existe povo, existem consumidores. E V. Exª postula a Presidência do PMDB, na nossa chapa, como um Senador representante da Nação brasileira. E, na Nação, não temos consumidores, temos cidadãos. Mas, no mercado, tudo é negócio: os votos e as consciências são compradas. O mercado é capaz de propor uma chapa antagonista à sua se dizendo a chapa da candidatura própria, quando, na verdade, esses companheiros do PMDB que lideram e constituem a chapa que se nos opõe têm sido, na prática do dia-a-dia, os adesistas ao Governo Federal. Jamais contestaram uma tese entreguista. Jamais disseram uma palavra contra o modelo. Jamais se revoltaram contra as práticas do Presidente Fernando Henrique Cardoso no decorrer do seu período à frente da Presidência da República. Foram os que concordaram e ajudaram a operar a compra dos votos da reeleição. Foram os que concordaram e ajudaram a operar a elevação da Srª Tereza Grossi, depois do escândalo do Banco FonteCindam, à condição de Diretora do Banco Central. Foram os que silenciaram quando o Presidente da República nomeou o Embaixador Júlio César, da chantagem do tráfico de influência no caso do Sivam, representante do Brasil na FAO. E são os mesmos companheiros do PMDB também que votaram na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania a favor da elevação do leso, do néscio, do apedeuta José Coelho Ferreira para um posto no Superior Tribunal Militar. É a tradução da subserviência. Agora, fazem o discurso da independência. Senador Maguito Vilela, vamos admitir que eles pudessem ter-se arrependido. Mas, se arrependimento houvesse, para que o perdão fosse concedido, deveríamos aplicar-lhes o Código Canônico: primeiro, o arrependimento; depois, a confissão pública do erro; em seguida, a penitência, e só depois o perdão. Mas, a posição a favor da candidatura própria foi urdida dentro do Palácio do Planalto, na companhia do Presidente da República, para desorientar o PMDB e forçar a venda da legenda, numa situação logo posterior à Convenção Nacional. V. Exª, Senador Maguito Vilela, está sofrendo o que todos nós da oposição interna do PMDB sofremos na Convenção que aderiu ao Governo; sofremos na última eleição do Diretório Nacional, feita no meio das eleições para o governo dos Estados, com todos os meios disponíveis pelo Governo Federal a sustentar a chapa que acabou sendo vencedora. V. Exª representa, neste momento, a resistência contra a corrupção de um Governo que determina a expulsão de Senadores que assinaram a CPI da Corrupção e, logo depois, aceita um Deputado que também assinou a CPI da Corrupção, que é o Deputado Affonso Camargo, pelo Paraná. É o Governo do oportunismo, da barganha, um Governo sem critério. E, decididamente, o mais corrupto Governo da História do País! Mas V. Exª não representa só esse moralismo - que é uma distorção da moralidade, que enfoca como principal problema da Nação a corrupção do Governo -, V. Exª, no PMDB, com a sua candidatura, representa aqueles que contestam o modelo, aqueles que ainda vibram e se arrepiam quando escutam o Hino Nacional diante da Bandeira brasileira. V. Exª representa, dentro do PMDB, a resistência orgânica dos nacionalistas, dos setores populares, daqueles que acreditam numa sociedade solidária e construída sem o suporte da corrupção e do entreguismo. V. Exª, neste momento, representa um corte sério na estrutura do PMDB - e o Fernando Henrique Cardoso e o atual Governo não podem suportar esse corte e essa cisão. Eles prefeririam o consenso da cooptação. Não sendo possível o consenso, a máquina inteira - com o Ministro Eliseu Padilha, os outros Ministros e o Presidente - se dedica a distribuir verbas orçamentárias, a nomear e demitir. E chega ao cúmulo, Senador Pedro Simon - contra o que espero escutar também, uma vez que V. Exª já levantou o microfone para apartear, o grito santo da sua revolta -, de articular a exclusão dos Deputados Renato Vianna e Edison Andrino da Comissão de Orçamento, simplesmente porque S. Exªs não concordaram em formar junto àqueles que montam a chapa de Fernando Henrique Cardoso para ganhar o PMDB. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há momentos em que a paciência é a virtude; e há momentos em que a virtude é a paciência. Mas há momentos em que a indignação é santa, como foi santa a indignação do Cristo ao expulsar, com o seu chicote, os vendilhões do templo. Empunhe o chicote da ira santa, Senador Maguito Vilela, e tenha a certeza de que, se o PMDB institucional e corrompido pelo adesismo ignorar a sua posição, a base do Partido e a sociedade brasileira inteira estarão ao lado de V. Exª!

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Agradeço os apartes dos nobres Senadores Roberto Requião e Iris Rezende, que realmente ilustraram e enriqueceram mais ainda o meu pronunciamento, dois Senadores que têm história política neste País.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero ainda dizer que muitos companheiros que assinaram nossa chapa - Deputados Federais -, dois dias depois, após jantarem com o Ministro dos Transportes em um restaurante em Fortaleza, mandaram um documento pedindo a retirada de suas assinaturas.

            Ora, todos os brasileiros sabem que nossas estradas estão esburacadas, matando irmãos nossos todos os dias. Enquanto isso, o Ministro dos Transportes está a almoçar e a jantar com convencionais do PMDB por este Brasil afora!

            Senhor Presidente, diga a S. Exª para cuidar de nossas estradas, que estão matando irmãos nossos, em vez de ficar aliciando companheiros nossos em todos os Estados brasileiros! Peça, Senhor Presidente, para o seu Ministro Ovídio de Ângelis construir casas para os pobres, para os humildes, em vez de estar, em todos os Estados brasileiros, a comprar votos para a chapa que será vendida ao PSDB, se for vitoriosa. E não vai ser. Peça ao Ministro Ramez Tebet para cuidar da fome e da sede do Nordeste e não para ficar preocupado com a candidatura de Michel Temer e Maguito Vilela.

            O Governo não pode fazer isso! É mais uma demonstração de que pretende passar um trator por cima de tudo, de forma ditatorial. Isso nós não podemos permitir, Sr. Presidente!

            Agradeço a tolerância de V. Exª.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Permite-me V. Exª um aparte, Senador?

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Com muito prazer, Senador Pedro Simon, se o Sr. Presidente tiver um pouco mais de tolerância.

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Peço ao nobre Senador Pedro Simon, que é um cumpridor do Regimento à risca, que se atenha a dois minutos.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - E mais 30 segundos, se o Senador Maguito Vilela puder me conceder um aparte em seguida.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - V. Exª merece.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Confesso, meu Presidente Maguito Vilela, que estou muito impressionado neste momento. Vivo uma sensação que até hoje não havia vivido nos meus longos 40 anos de vida política. É uma situação realmente inédita. Não tenho nem a coragem de fazer uma análise crítica dela, porque tenho antes a obrigação de revê-la na televisão. V. Exª é um grande homem! Se dependesse de mim, V. Exª já deveria ter sido candidato à Presidência desde o início; E eu lhe disse isto: “V. Exª, como Vice-Presidente, deve assumir a Presidência”. V. Exª não aceitou. Disse que não queria ser candidato. Por causa disso, vieram as candidaturas Itamar, Temer e depois a de V. Exª. Acho que estamos em um debate da maior importância: de um lado, V. Exª; do outro, o Sr. Temer. Acho que as divergências podem existir. Acho que as acusações que V. Exª está fazendo podem ser claras e precisas.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - E são.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Falo com a autoridade de quem sempre esteve do mesmo lado, na mesma linha, na mesma posição, nunca mudando. Com relação ao ex-Presidente Itamar Franco, eu o apoiei contra o Senhor Fernando Henrique Cardoso. E, já naquela altura, diziam alguns que foi a máquina do Governo que impediu que o Sr. Itamar Franco fosse candidato à Presidência da República. E alguns, que hoje estão do lado de cá, naquela oportunidade estavam do lado de lá. E as acusações eram as mesmas. Vejo que nessas acusações - até vejo aqui adversários violentos, companheiros de televisão ontem, hoje rindo e abraçados do mesmo lado. Tudo bem! O que não entendo é a ida de V. Exª à tribuna. V. Exª tinha que - na minha opinião - reunir a Executiva do Partido, reunir o Diretório Nacional do Partido, fazer uma convocação extraordinária do Partido, chamar as lideranças para debater, discutir e decidir o que fazer. Mas V. Exª expõe o PMDB à execração pública! Nunca vi, na minha vida, um Partido ser tão desmoralizado, ser tão ridicularizado pelo seu Presidente! V. Exª disse que o PMDB não vale nada, que os seus Ministros não valem nada, que aquele que, até ontem, era o deus de Goiás - que Goiás indicou para ser Ministro -, hoje é um homem que se vende por dois tostões. Preocupo-me. Penso se não deveríamos debater, se não deveríamos pelo menos tentar um debate interno, discutir entre nós o que fazer, como fazer, de que forma fazer! Cobrar a nossa ida aos Ministros, fazer algo que fosse positivo e concreto! Mas vejo que estamos aqui, perante a Nação, olhando e praticamente assistindo ao haraquiri do PMDB. Se o Presidente do PMDB vai à tribuna e diz que os seus Ministros não valem nada, que os seus convencionais são pessoas que se vendem...

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Mas eu não disse que S. Exªs não valem nada, não! Eu disse que S. Exªs estão interferindo indevidamente no processo eleitoral do PMDB!

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Logo, não vale muita coisa.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - V. Exª é quem está dizendo, talvez, por experiência.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Dizendo que este é o Partido que se está expondo a isso. Pode ser. Concordo em que o Governo Fernando Henrique é um Governo que compra: comprou a reeleição, comprou os votos para não deixar que se instalasse a CPI da Corrupção. É uma imoralidade o que fez? É. Está pressionando? Está. Merece protesto? Merece. Merece nossa repulsa? Merece. Temos de tomar posição? Temos. Até entenderia que o ilustre Senador Roberto Requião estivesse na tribuna falando isso, porque é do estilo de S. Exª, mas, em se tratando do Presidente do Partido, eu deveria ter tomado conhecimento do discurso antes que V. Exª o proferisse. Aqui estão presentes ilustres Parlamentares de outros Estados, como o Sr. Orestes Quércia, que veio de São Paulo para assistir ao pronunciamento de V. Exª, e eu não sabia que V. Exª iria se pronunciar. Pela manhã, telefonei duas vezes para o gabinete de V. Exª porque tínhamos uma reunião marcada para às 9h30min desta manhã, e sua assessoria mandou suspendê-la. Telefonei para a assessoria e disse que iria ao gabinete, mas recebi a resposta de que, à tarde, V. Exª falaria comigo. Fiquei esperando e, enquanto esperava V. Exª falar comigo, fui surpreendido com um pronunciamento dessa natureza. Eu tinha o direito de ser avisado, e V. Exª a obrigação, pela nossa amizade, pelo nosso respeito, pela nossa caminhada conjunta, de falar comigo sobre o assunto. Eu poderia até ter tentado dizer: “Maguito, para isso há tempo. Primeiro, marque uma reunião para as primeiras horas da tarde e chame as pessoas para vermos o que podemos fazer internamente no Partido”. V. Exª derramou a água. O Partido está aí, as manchetes estão aí, e não sei o que será da Convenção. Contudo, se repetirem o discurso de V. Exª, se os nossos adversários, no programa gratuito de televisão, o colocarem no ar, não precisamos mais de adversários.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Presidente da República e os Ministros são os que estão expondo o PMDB à execração pública. Não sou eu, como Presidente do Partido, que estou fazendo isso. Estou aqui para defender um processo limpo, justo, transparente e honesto. O Presidente do PMDB tem a obrigação de denunciar os fatos, porque este Partido está em todos os Estados e cidades brasileiras, tornando-se praticamente impossível levar essa mensagem a todos, a não ser por meio da televisão, dos jornais, das rádios.

            Senador Pedro Simon, fiquei sensibilizado com o aparte de V. Exª, mas a nossa reunião tinha sido marcada para segunda-feira, e a minha assessoria procurou localizá-lo muitas vezes. Infelizmente, não o encontramos naquele dia. Só tive notícias de V. Exª, com o Governador Joaquim Roriz, com o Senador José Alencar...

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - V. Exª é quem marcou a reunião para hoje, às 9h30min.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Só tive notícias de V. Exª em outros gabinetes, em companhia do Senador Joaquim Roriz - não sei se isso é verdade; peço o testemunho de V. Exª -, pegando filiações, assinaturas, para a chapa de Michel Temer.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Não peguei assinatura de ninguém, Senador. Não assinei nada até agora, Sr. Presidente. Esperava conversar com V. Exª e chegar a um entendimento. Não peguei assinatura de ninguém e não assinei nada para ninguém!

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Acredito em V. Exª e peço a V. Exª, que tem um relacionamento estreito com o Ministro dos Transportes, que peça a S. Exª para não ficar, em nome do Governo, interferindo nas questões internas.

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Vá V. Exª pedir ao Ministro de Goiás, que é teu irmão e é tão íntimo.

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Senador Maguito Vilela, peço a V. Exª que entenda que o Regimento tem de ser cumprido. Há Senadores que se inscreveram e estão aguardando. A Mesa exige o cumprimento do Regimento.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Perfeitamente, Sr. Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Sabemos que V. Exª está fazendo um discurso muito importante...

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Muito importante.

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Mas já está desencadeando uma crise muito séria dentro do seu Partido. Talvez, seja interessante para todos nós, que fazemos a oposição. Mas, nós, que fazemos parte da Mesa, temos que cumprir o Regimento.

            O Sr. Mauro Miranda (PMDB - GO) - Senador Maguito Vilela, V. Exª me permite um aparte?

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Sr. Presidente, concordo com V. Exª. Vou conceder o aparte ao Senador Mauro Miranda e prometo a V. Exª encerrar o meu pronunciamento.

            O Sr. Casildo Maldaner (PMDB - SC) - Senador Maguito Vilela, ouça Santa Catarina.

            O Sr. Mauro Miranda (PMDB - GO) - Senador Maguito Vilela, acredite, que nós, de Goiás, estamos orgulhosos pela sua posição, pelo seu idealismo, talvez, trilhando o caminho do grande Senador Pedro Simon, que tem sido sempre um irreverente da Base do Governo, que foi sempre o PMDB, e buscando até quedas de Ministros do próprio Presidente Fernando Henrique Cardoso. Talvez, Senador Pedro Simon, V. Exª, como um grande mestre, não deve estar percebendo, mas nós aprendemos muito com V. Exª, a garra e a intempestividade para colocar as coisas. Mas creia, Senador Pedro Simon, o Ministério Público Federal já está ciente desses fatos que estão ocorrendo em vários Ministérios, do uso da máquina. O Superior Tribunal Eleitoral também já tem conhecimento, com farta documentação do que está acontecendo em vários Ministérios. Peço fazer um apelo grande ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, pela sua história, não pelo dia de hoje, mas pela sua história de democrata, de nos ter ajudado a tirar a ditadura deste País, que olhe, que chame a atenção imediatamente, que não use um partido político, como está usando agora, na compra, no aliciamento. Portanto, Senador Maguito Vilela, mais do que a vitória na Convenção do dia 9, está o seu idealismo, a vontade de mudança deste País, a preocupação com os mais humildes, com aqueles que não têm casa, que não têm teto, que não têm um emprego. V. Exª está no caminho certo. Goiás inteiro se orgulha de V. Exª. Por que não dizer que o País inteiro se orgulha de V. Exª nesta hora em que denuncia a compra de votos da convenção de um partido que não é o do Presidente da República? Deixamos essa democracia florescer. Vi esses dias um levantamento do Governo americano mostrando que a maior parte do povo brasileiro já desconfia e já quer a ditadura em vez da democracia, mais de 60% dos brasileiros já têm o desejo de ter outra vez uma ditadura. Falta o diálogo, falta a conversa, falta sensibilidade social neste momento. O PMDB está unido com V. Exª. Mantenha-se firme porque as bases partidárias vão pressionar os nossos convencionais para uma vitória agora e uma candidatura à Presidência da República. Muito obrigado, Senador Maguito Vilela.

            O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO) - Agradeço ao Senador Mauro Miranda pela brilhante intervenção. Agradeço às Srªs e aos Srs. Senadores, agradeço ao Sr. Presidente pela tolerância, mesmo sabendo que não sou o primeiro a ficar por mais tempo, mas não foi por culpa minha. Tenho presenciado muitos oradores também ficarem, às vezes, meia hora e até uma hora a mais durante o pronunciamento.

            Muito obrigado. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/08/2001 - Página 18637