O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, desejo, nesta tarde, destacar a atuação de uma importantíssima empresa brasileira. Na verdade, uma organização que é bem mais que uma empresa, pois, se tem notoriedade por sua pujança empresarial, é ainda mais reconhecida pelo papel que desempenha de apoio ao desenvolvimento nacional, por sua extraordinária responsabilidade social e por se constituir, enfim, em excelente exemplo de cidadania corporativa.

            Refiro-me, evidentemente, ao Banco do Brasil.

            Às vésperas de completar 193 anos de existência - marco a ser comemorado no próximo dia 12 de outubro -, o Banco do Brasil consolida sua liderança em vários nichos do mercado financeiro nacional e mantém, com folga, o posto de principal e maior banco brasileiro.

            Vale ressaltar, contudo, que a ênfase na atuação como banco comercial e o sucesso na busca por resultados econômico-financeiros crescentemente favoráveis são realizados em íntima sintonia com o compromisso do Banco em ser útil à sociedade brasileira. À sua tradicional função de principal agente financeiro da União, o Banco do Brasil agregou as qualidades de empresa competitiva e moderna, perfeitamente integrada ao ambiente da assim denominada “nova economia”, que viceja na Internet, a rede mundial de computadores. Ao mesmo tempo em que atende com eficiência às necessidades de seus clientes e corresponde às expectativas de rendimento de seus acionistas, o Banco do Brasil trabalha firme na execução de programas governamentais, nas iniciativas de valorização da cultura e do desporto e nas ações sociais desenvolvidas pela Fundação Banco do Brasil.

            O duplo papel desempenhado pelo Banco - de agente de políticas públicas e de banco de mercado - é, de fato, o seu diferencial e a sua principal vantagem competitiva. Direcionando seu desempenho para atividades essenciais do negócio bancário, o Banco do Brasil trabalha também para interiorizar o crédito, revelar oportunidades e descobrir novos nichos de mercado, assim gerando riquezas e respondendo às necessidades de cada comunidade.

            Como sabem todos os brasileiros, o Banco do Brasil está presente em todas as regiões do País, graças à sua vastíssima rede, que conta, hoje, com 7 mil e 498 pontos de atendimento, distribuídos por 2 mil e 609 cidades. Fazendo uso de uma força de trabalho constituída por mais de 78 mil funcionários e mais de 12 mil estagiários, o Banco atua em sintonia com as peculiaridades locais para expandir negócios, promover as pequenas e médias empresas, incentivar a agricultura e apoiar as exportações brasileiras.

            À sua presença física em todo o território nacional, o Banco do Brasil acrescenta a sua rede virtual, idealizada para dar conforto e atender às expectativas do cliente. De seus mais de 12 milhões de correntistas, cerca de 2 milhões e 600 mil acessam o portal do Banco na Internet - número que não chegava a 1 milhão em 1999 -, realizam negócios e mais de 70 tipos de operações, desde a obtenção de simples extratos a fechamento de contratos de câmbio.

            Também no exterior, o Banco do Brasil marca forte presença, graças à sua rede externa de 33 dependências, localizadas em 21 países. Lá, além de identificar oportunidades de negócios e de prover serviços de intermediação financeira para seus clientes, o Banco atua com eficácia no atendimento das necessidades dos empresários brasileiros e também dos estrangeiros que realizam transações com o Brasil.

            Com ativos superiores a 138 bilhões de reais, o Banco do Brasil lidera no varejo bancário, no mercado de capitais, na agricultura e no comércio exterior brasileiros, constituindo-se no maior grupo financeiro da América Latina. A leitura de seu Relatório Anual de 2000 revela que o Banco fechou, no ano passado, com lucro superior a 974 milhões de reais - o maior de sua história recente -, representando retorno de 12,2% sobre o Patrimônio Líquido. Com base nesse desempenho, o Banco do Brasil destinou remuneração de 258 milhões de reais a seus acionistas.

            De fato, o Banco do Brasil vem apresentando, nos últimos anos, uma seqüência de resultados favoráveis, decorrentes da expansão dos negócios, racionalização dos processos, investimentos em tecnologia, busca da excelência na gestão de riscos, controle dos custos operacionais e melhoria da composição da carteira de crédito. Com o reaquecimento da economia observado em 2000, o Banco do Brasil priorizou recursos para operações de crédito, estratégia que permitiu expandir em 24,2% a carteira de crédito.

            O lançamento, em maio do ano passado, do novo Portal do Banco do Brasil na Internet foi outro motivo para o sucesso da performance em 2000. O reconhecimento da crítica especializada, os prêmios conquistados e a realização, no ano, de quase 93 milhões de transações bancárias via computador - aumento de 315% em relação a 1999 - colocam o BB como o banco brasileiro com maior presença na Internet. Só no mês de dezembro passado foram 12,5 milhões de operações. Um incremento expressivo - equivalente a 190% - ao longo de um ano que começou com 4,3 milhões de transações, em janeiro. Esse resultado é fruto da bem-sucedida campanha de popularização da Internet, lançada em setembro. O novo Portal BB ficou entre os três melhores do Brasil, na categoria Bancos, no concurso Ibest 2000.

            Entre outras metas definidas para o ano 2000, o BB conseguiu atingir aquela referente à elevação do índice de satisfação dos clientes em 10%, mediante o aprimoramento da segmentação e do atendimento. Segundo a pesquisa realizada nos terminais de auto-atendimento, o índice de satisfação dos clientes atingiu 70,8%, contra 60,6% verificados no ano anterior. Já a meta estabelecida para a base de clientes foi superada em 7,5%, com o total de 12,6 milhões de clientes em 2000. Com esse número, o Banco do Brasil é líder no total de contas correntes da indústria bancária brasileira, com a participação de 24,6% no ano 2000.

            Com efeito, a liderança do Banco do Brasil no mercado bancário brasileiro é impressionante. Ele está em 1º lugar no ranking de ativos, com mais de 138 bilhões de reais, equivalentes a 14,7% do mercado. Em depósitos à vista, sua participação chega a 30,4%, com um total superior a 16 bilhões de reais, representando um crescimento de quase 28% em relação a 1999. O BB lidera também no mercado de fundos de investimentos, com 14,8% de participação. A base de cartões emitidos aumentou nada menos que 72,9% no ano passado. O Banco está em 1º lugar no mercado brasileiro de câmbio, com 20% de participação.

            Sua carteira de crédito direto ao consumidor teve crescimento de 114%, a de crédito comercial apresentou evolução de 57%, representando, ambas, 17% de participação na captação total. O BB lidera, ainda, no mercado de títulos de capitalização e é vice-líder no mercado de previdência privada. Sua rede de terminais de auto-atendimento, composta por mais de 30 mil unidades, é a maior da América Latina. Sua rede de distribuição é a maior do País, com quase 18% do total de agências bancárias. O BB detém, por fim, quase 23% da base de clientes do mercado bancário.

            Mas o reconhecimento dos atributos da marca Banco do Brasil ultrapassa a qualidade de seus produtos e serviços. Ele está presente, também, na percepção da sociedade sobre as ações que a Empresa realiza na área social, no apoio à cultura e ao esporte. Esse diferencial evidencia-se em pesquisas e na conquista de prêmios.

            Em pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria - CNI - e pelo Grupo Ibope no mês de maio do ano passado, o Banco do Brasil foi destaque no setor público pelo alto padrão de qualidade. Uma esmagadora maioria de 93% dos entrevistados disse confiar no BB. Entre os correntistas, esse percentual avança para 95%. A pesquisa registrou, ainda, 85% de usuários satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço prestado. Já em pesquisa nacional realizada pelo Instituto Datafolha, o Banco do Brasil fez jus ao prêmio Top of Mind na Categoria Banco, por ter sido o mais lembrado - com índice de 39% - pelo público entrevistado.

            No entanto, Srªs e Srs. Senadores, entre os inúmeros prêmios, resultados de pesquisas e manifestações de reconhecimento institucional conquistados pelo Banco do Brasil em 2000, um é motivo de especial orgulho para a instituição e seus funcionários. Isso porque o BB sabe que por trás de cada máquina, de cada acesso à Internet e dos depósitos realizados nos caixas automáticos estão pessoas. Ele sabe que, por mais imprescindíveis que sejam os investimentos em tecnologia, em informática, em modernização, tais ferramentas perdem importância se não estiverem devidamente acompanhadas do investimento principal: aquele que se faz nos seres humanos e na natureza.

            Por isso, Sr. Presidente, o Banco do Brasil tem especial orgulho por ter sido a única empresa pública a constar da lista dos dez grupos empresariais brasileiros considerados bons exemplos de cidadania corporativa, pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa, em 2000. Para a revista Exame, que publicou o guia, o Banco é uma espécie de “máquina” de projetos sociais e o fator determinante para que estivesse na lista foi a maneira como cumpre sua obrigação original de desempenhar um papel social.

            Com efeito, nos últimos anos, a preocupação com os investimentos de cunho social e ambiental tornou-se uma questão de estratégia financeira, comercial e de sobrevivência para as empresas. Aquelas que investem na educação e no progresso dos funcionários e estão atentas à saúde e à alimentação de toda a equipe vão colher maior produtividade e qualidade nos produtos e serviços prestados, além de comprometimento e dedicação. Da mesma forma, no contexto de uma sociedade cada vez mais exigente, que está atenta aos acontecimentos e preocupada com o futuro do planeta, as empresas que desenvolvem seus produtos e serviços orientadas para a preservação da natureza, utilizando matérias-primas não-poluentes e inofensivas à saúde, são cada vez mais valorizadas por seus princípios e crenças.

            O Banco do Brasil está bem consciente de que a empresa que cumpre seu papel social está investindo na sociedade e no seu próprio futuro; de que um futuro melhor e mais digno para todos deve começar a ser construído hoje, com as empresas privadas e públicas cumprindo com ética e responsabilidade seu papel na sociedade contemporânea; e de que os avanços tecnológicos e o bom desempenho econômico-financeiro serão, cada vez mais, percebidos pelo público como diferencial na direta proporção do que as empresas investirem no mais fantástico dos equipamentos: o ser humano.

            Firmado nessa compreensão, o Banco do Brasil vem desempenhando, a cada ano com maior eficácia, seu papel de fomentar as transformações sociais e de contribuir para a melhoria da realidade brasileira. Paralelamente à sua estratégia de buscar resultados cada vez mais positivos no mercado financeiro, o BB acumulou resultados em diversos projetos de interesse social, em ações nas quais o mérito pode ser creditado à parceria com acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade em geral.

            A contribuição do Banco do Brasil ao progresso social se materializa em várias frentes, principalmente no trabalho exercido pela Fundação Banco do Brasil, concretizado em programas que promovem a cidadania e contribuem para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida de substancial número de famílias brasileiras.

            No que se refere à atuação social do Banco do Brasil, deve-se destacar, em primeiro lugar, o trabalho voltado para o seu corpo funcional. Na condição de um dos principais empregadores do País, o BB desenvolve uma política de gestão de pessoal que enfatiza o aprimoramento profissional de seus funcionários, procurando compatibilizar as habilidades e expectativas individuais com as necessidades e objetivos da Empresa. O Banco assegura condições previdenciárias, assistenciais, de segurança e de saúde que propiciam melhoria de qualidade de vida e do desempenho profissional, valorizando o trabalho eficiente e inovador e reconhecendo o esforço individual e da equipe na construção do resultado.

            Priorizando o treinamento interno para levar o aprimoramento profissional à maior parte de seu capital intelectual, o Banco do Brasil investiu em qualificação profissional, no ano passado, o equivalente a mais de 7 milhões de horas de treinamento, o que corresponde, em média, a 92 horas por funcionário, índice compatível com os melhores referenciais do mercado. No total, os cursos ofertados somaram mais de 240 mil vagas preenchidas.

            Atualmente, mais de 44% dos profissionais do Banco têm curso superior completo e quase 25%, incompleto. O Programa de Formação e Aperfeiçoamento em Nível Superior contemplou, em 2000, mais de 3 mil e 300 funcionários. No total, os investimentos em treinamento realizados pelo BB no ano passado chegaram a 28 milhões de reais, mais que o dobro do verificado quatro anos antes.

            No ano passado, em um dos maiores levantamentos de percepção de clima organizacional do mundo, mais de 71 mil funcionários do BB responderam a uma pesquisa. De modo geral, o funcionário do Banco do Brasil considera satisfatório seu ambiente de trabalho. O fator recompensa é o único item insatisfatório e, para mitigar essa situação, o Banco oferece, além dos benefícios assistenciais, previdenciários, de segurança e saúde, a participação nos lucros e resultados que é uma remuneração variável vinculada à consecução de metas e às diretrizes estratégicas da Empresa.

            Por meio do programa de participação nos lucros e resultados, parte dos resultados da empresa é distribuída, de forma diferenciada, considerando o nível de responsabilidade funcional. No primeiro semestre do ano passado, o BB distribuiu 23 milhões de reais a título de participação nos lucros e resultados. No segundo semestre, foram aprovisionados 73 milhões de reais para essa finalidade.

            Quanto à presença feminina no Banco, ela teve como marco o ano de 1969, com o primeiro concurso para a carreira administrativa que admitiu mulheres. Hoje, elas representam 35% do quadro de funcionários e já chegam a quase 29% do total de funcionários que exercem cargos em comissão.

            A política previdenciária do Banco é levada a efeito pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ -, entidade fechada de previdência privada que possui em seus quadros mais de 124 mil participantes e complementa, atualmente, quase 49 mil aposentadorias e mais de 12 mil pensões. Com volume de recursos investidos superior a 33 bilhões de reais, a Previ é o maior fundo de pensão da América Latina. Os dispêndios do Banco em contribuição patronal ao Fundo foram, no ano passado, de quase 580 milhões de reais. Já a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil - Cassi - assegurou assistência integral à saúde de seus mais de 630 mil usuários em todo o País.

            Um outro aspecto da maior relevância na atuação social do Banco do Brasil é seu trabalho como agente financeiro da União para a geração de emprego e renda, valorização da agricultura familiar e meio ambiente, saúde e educação. Nesse âmbito, deve ser ressaltada sua participação no Programa Brasil Empreendedor, no Programa de Geração de Emprego e Renda - Proger -, no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf -, no Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7 -, no Programa de Municipalização da Saúde e da Assistência Social, no Reforsus e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - Fundef.

            Já no âmbito da cultura e do esporte, o patrocínio do Banco do Brasil é visível para quantos freqüentam ou assistem pela televisão eventos dessa natureza. Não podem deixar de ser mencionadas as atividades do Centro Cultural Banco do Brasil - em funcionamento no Rio de Janeiro desde 1989 e agora também em Brasília e em São Paulo -, o Circuito Cultural Banco do Brasil, o patrocínio ao tênis, ao vôlei, ao vôlei de praia e ao paradesporto.

            Mas, como já tivemos oportunidade de mencionar, a contribuição do Banco do Brasil ao progresso social se materializa principalmente no trabalho desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil.

            Um dos diferenciais dessa Fundação é a sua presença em todo o território nacional, desenvolvendo ações em diversas áreas. São milhares de famílias beneficiadas em municípios de Norte a Sul do País. Somente no ano passado, a Fundação investiu 25 milhões de reais em iniciativas como complementação escolar, alfabetização de jovens e adultos, combate ao câncer infantil, cultura e geração de emprego e renda. Entre os programas conduzidos pela Fundação destacam-se o Programa AABB Comunidade, o Programa BBeducar, o Programa Criança e Vida, o Projeto Memória, o Programa Trabalho e Cidadania e o Programa de Gestão Municipal e Escolar.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esse é o Banco do Brasil que adentra o séc. XXI, uma empresa que continua a ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, não apenas pela sua modernidade, pela sua competência ao atuar no mercado, pela sua pujança econômico-financeira, mas, especialmente, pela firmeza do seu compromisso de servir ao progresso do Brasil e à melhoria de nosso quadro social.

            Pelos excelentes resultados que vêm sendo obtidos ao longo dos últimos anos pela instituição, manifesto meus efusivos cumprimentos à sua direção e a todo o seu corpo de funcionários.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.

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