Discurso durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com os excelentes resultados obtidos pelos produtores de sementes de girassol dos municípios de Dianópolis e Lagoa da Confusão, no Estado de Tocantins.

Autor
Carlos Patrocínio (S/PARTIDO - Sem Partido/TO)
Nome completo: Carlos do Patrocinio Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA.:
  • Satisfação com os excelentes resultados obtidos pelos produtores de sementes de girassol dos municípios de Dianópolis e Lagoa da Confusão, no Estado de Tocantins.
Publicação
Publicação no DSF de 24/08/2001 - Página 18342
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, APOIO, FEDERAÇÃO, AGRICULTURA, PROMOÇÃO, AUMENTO, PRODUÇÃO AGRICOLA, ATENDIMENTO, EXIGENCIA, MERCADO INTERNO, MANUTENÇÃO, QUALIDADE, PRODUTO AGRICOLA, ELOGIO, EFICIENCIA, PRODUÇÃO, SEMENTE, GIRASSOL, MUNICIPIO, DIANOPOLIS (TO), LAGOA DA CONFUSÃO (TO), ESTADO DO TOCANTINS (TO), SUPLANTAÇÃO, ESTADO DE GOIAS (GO), ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
  • APRESENTAÇÃO, DADOS, COMPROVAÇÃO, RESPONSABILIDADE, SETOR, AGRICULTURA, PROPORCIONALIDADE, FAVORECIMENTO, BALANÇA COMERCIAL, ESTADO DO TOCANTINS (TO).

O SR. CARLOS PATROCÍNIO (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, todas as nações devem promover o aumento de sua produção agrícola. Essa obrigação irrecusável, sobretudo em país com as dimensões que ostentamos, é determinada pela necessidade de multiplicar o investimento e o emprego, elevando a níveis pelo menos satisfatórios o bem-estar da população.

Nesse passo, e frente à competitividade característica do setor primário da economia, crescem as exigências do mercado em relação à qualidade do produto agrícola, às quais adicionam-se a de incremento continuado da produção, de modo a atender à crescente elevação da demanda.

Felizmente, em nosso País, e nele, de modo particular em nosso Estado do Tocantins, estão localizadas grandes extensões de terras férteis, que preservam condições de clima por inteiro aptas ao contínuo aumento da produção, o que representa uma vantagem considerável em termos daquela citada competitividade.

Pode-se compreender, a partir dessa verdade, a alegria com a qual, há pouco, tomamos conhecimento dos excelentes resultados obtidos pelos empreendedores rurais dedicados à produção de sementes de girassol, nos Municípios de Dianópolis e Lagoa da Confusão, em nosso Estado.

Com o decidido apoio da Federação de Agricultura, os plantadores daquelas progressistas cidades mais uma vez alcançam, portanto, novos e excelentes resultados na produtividade de sementes de girassol, fato amplamente divulgado, sobretudo para o território do Tocantins, pela apreciada Folha Popular, de Palmas.

Como se sabe, a produção de sementes de girassol há muito é tida como das mais rentáveis, considerando-se os demais ramos da atividade produtiva no campo. Agora, experimentos conjuntos realizados pela mencionada Federação da Agricultura do Estado do Tocantins - Faet e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, chegaram a uma auspiciosa conclusão.

Segundo os estudos, a produção de sementes de girassol, nas cidades assinaladas, alcançou números superiores às médias atingidas pelos Estados de Goiás e do Mato Grosso, por exemplo. Com efeito, nessas Unidades da Federação a produtividade média do girassol de sequeiro oscilou em torno de 1,8 quilos por hectare, equivalente ao índice alcançado pelas safras nacionais.

No Estado do Tocantins, porém, a média chegou a 3,016 quilos, em Dianópolis, em lavoura de sequeiro, e a 3,7 quilos, por hectare, em lavoura irrigada, em Lagoa da Confusão. Além disso, 3,9 mil hectares de lavoura de soja e 400 hectares de lavoura de milho serão colhidas na safra do corrente ano, devendo-se contar, também, que a região é grande produtora de calcário, destinado a abastecer as lavouras de soja da região de Barreiras, no Estado da Bahia.

Na forma de avaliação promovida por especialistas da Federação de Agricultura do Tocantins, o aproveitamento do girassol beneficia-se da curta duração de tempo entre o plantio e a colheita, e de não exigir terras altamente úmidas. E, em face de o crescimento de sua raiz não atingir mais de 40 centímetros, o girassol é uma cultura inteiramente adaptada ao fértil solo tocantinense.

Devemos destacar, ainda, que o custo da produção é outro atrativo para os produtores, bastando ver que as despesas dessa cultura são equivalentes às do custo da plantação de soja, estimado, aproximadamente, em 600 reais por hectare. Também, a menor distância entre a área de plantio e a esmagadora de grãos tem determinado a opção de muitos produtores pelo girassol.

Cumpre esclarecer, ainda, que a esmagadora responde pela despesa de frete do produto, no trajeto de até 600 quilômetros da área da lavoura, e que sua cotação chega a 9 dólares, o saco de 60 quilos, quando apresenta 40% de teor de óleo. No entanto, cada unidade percentual superior à média estabelecida recebe um dólar a mais. Por isso, a média de remuneração do óleo obtido pelo girassol do Tocantins manteve-se variando entre 42 e 43%.

Outra vantagem, para os produtores, é representada pelo apoio da gerência da carteira agrícola do Banco do Brasil, de Palmas, conquanto qualquer agência desse estabelecimento esteja pronta a recepcionar propostas para o financiamento de lavouras.

O Banco, comumente, pode liberar empréstimo de até 50 mil reais, com juros fixados na faixa de 8,75%, ao ano, e prazo estipulado de uma safra. Nos experimentos realizados no Estado do Tocantins, a safra de girassol não ultrapassou 3 meses.

Finalmente, estimativas oficiais apontam que o setor agrícola será responsável, neste ano, por substancial contribuição para o equilíbrio da balança comercial. Espera-se alcançar 15 bilhões de dólares de superávit, representativo de um aumento de 1,3 bilhão de dólares, em relação ao valor obtido no ano passado, quando o saldo total regrediu 562 milhões de dólares, em relação ao ano de 1999.

A boa notícia é devida ao crescimento da produção dos setores de grãos, carnes, madeira, papel e celulose. Para o aumento do saldo, levou-se em conta a desvalorização do câmbio, que aumentou a competitividade dos produtos nacionais. Além disso, consideraram-se como favoráveis a maior oferta de cereais para a exportação e o encarecimento da importação de supérfluos.

Não se pode recusar que o nosso País procura de todas as formas aumentar a produção, o nível de investimento, do emprego e do bem-estar da população. Os produtores rurais de Dianópolis e de Lagoa da Confusão, com seus esforços, estão integrados, como vimos, ao esforço de fazer avançar o processo qualitativo de nossa agricultura e expandir os satisfatórios resultados das safras.

Por isso, merecem o voto de congratulações que ora declaramos para o registro dos Anais do Senado da República.

Era o que tínhamos a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/08/2001 - Página 18342