O SR. PRESIDENTE (Ramez Tebet) - Srªs e Srs. Senadores, é com justificado orgulho que encerro esta solenidade, especialmente dedicada a celebrar a passagem do centenário de nascimento do grande estadista Alberto Pasqualini.

            Não foi por acaso que esta sessão foi encomendada por iniciativa do Senador Pedro Simon, seguida e honrada que está pelas presenças marcantes de seus conterrâneos, que a Mesa faz questão de ressaltar: Ministros Nelson Jobim, Aldo Fagundes e Eliseu Padilha.

            Agradeço a participação dos demais oradores, inclusive a dos conterrâneos de Alberto Pasqualini, os Senadores José Fogaça, Emilia Fernandes e Sebastião Rocha.

            Embora sabendo que a todos os oradores desta homenagem não escaparam os aspectos mais marcantes da trajetória desse gaúcho que sempre teve seus olhos voltados para a grandeza do Brasil, além de observador arguto da cena internacional, ouso chamar a atenção para aquilo que considero serem os elementos definidores da fecunda personalidade de homem público que Pasqualini nos legou: o amor às idéias, que fez dele um refinado intelectual, e o senso prático, que lhe deu a exata dimensão da importância da organização política, alicerçada no fortalecimento partidário.

            Nisso reside a maior grandeza de Alberto Pasqualini, afora suas inegáveis e, por todos reconhecidas, qualidades pessoais. Homem de idéias, tornou-se o grande formulador teórico do trabalhismo brasileiro. Homem de ação, sabia que a doutrina política carece de bem organizada estrutura partidária para se impor. Conjugando com maestria ambas as vertentes, marcou sua passagem pela vida pública como exemplo de dignidade pessoal, acuidade intelectual, zelo político e intensidade de ação. Lutou contra a inflação, lutou contra a espoliação dos oprimidos, defendeu como poucos os trabalhadores e seus direitos. Lutou contra a corrupção e as injustiças. Foi, como salientaram todos, o grande doutrinador do trabalhismo.

            Sua vida, pautada pelos ideais trabalhistas e sociais, marcou indelevelmente a vida pública brasileira. Sonhou com uma sociedade igualitária e justa. O seu sonho ainda é o de todos nós brasileiros.

            A Mesa se solidariza à homenagem que foi prestada a esse inesquecível brasileiro Alberto Pasqualini.

            Suspendo a sessão, neste momento, por cinco minutos, para que sejam feitos os cumprimentos, ao tempo em que comunico às Srªs Senadoras e aos Srs. Senadores e convidados que será lançado, no Café dos Senadores, o livro intitulado Alberto Pasqualini Textos Escolhidos, organizado pelo Senador Pedro Simon.