Discurso durante a 150ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio à reivindicação de empresários pela equalização dos preços do gás boliviano com o produzido no Brasil

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Apoio à reivindicação de empresários pela equalização dos preços do gás boliviano com o produzido no Brasil
Publicação
Publicação no DSF de 08/11/2001 - Página 28003
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), ATENDIMENTO, REIVINDICAÇÃO, EMPRESARIO, REGIÃO SUL, REVISÃO, CONTRATO, IMPORTAÇÃO, GAS NATURAL, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, NECESSIDADE, IGUALDADE, PREÇO, BRASIL.

O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Agradeço a V. Exª, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, nobres Colegas, entendo preocupante o tema relativo ao gás natural boliviano, principalmente para nós, de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul, e trago alguns dados relacionados ao assunto.

Os empresários do sul do País que substituíram o gás liqüefeito de petróleo pelo gás natural clamam por uma revisão do contrato com a Bolívia, para que haja a equalização dos preços com o gás natural brasileiro. Eles alegam que o custo do produto das reservas bolivianas disparou na mesma velocidade da moeda norte-americana. A diferença de preço entre os dois combustíveis - o gás liqüefeito de petróleo e o gás natural - distribuídos no Brasil chega a quase 80%.

O que seria uma alternativa de diversificação da matriz energética transformou-se em dor de cabeça e está tirando o sono do empresariado catarinense, gaúcho e paranaense.

O gás distribuído no Nordeste e no Rio de Janeiro é retirado de reservas nacionais e não sofre correções cambiais. Só para se ter uma idéia, o gás distribuído no meu Estado é 56% mais caro que o gás da Bahia e do Rio de Janeiro, e a diferença aumenta para 74% quando comparado com o gás distribuído em Alagoas.

O gás boliviano custa ao Brasil US$1,7 por milhão de litros, enquanto na Bolívia custa US$0,90 pela mesma quantidade. De nada adianta a série de investimentos públicos e privados objetivando a implementação de outra fonte energética, por meio de gasoduto como o do Brasil-Bolívia - e agora comentam também o gasoduto Brasil-Argentina, no este do meu Estado -, se essa matriz for impraticável para as indústrias, como já estamos verificando.

Os empresários do Sul querem que as autoridades (o Ministro das Minas e Energia, o Ministro da Fazenda e o Presidente da República) tomem providências em relação a isso.

Por isso, Sr. Presidente, trago essa preocupação. É preciso que o Ministério das Minas e Energia busque um entendimento para que não fechem as indústrias do Sul.

Eram essas as minhas considerações.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/11/2001 - Página 28003