Discurso durante a 160ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Proximidade da inauguração da usina de pelotização, da Companhia Vale do Rio Doce, em São Luís/MA.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Proximidade da inauguração da usina de pelotização, da Companhia Vale do Rio Doce, em São Luís/MA.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2001 - Página 29366
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, ANUNCIO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), INAUGURAÇÃO, USINA, BENEFICIAMENTO, FERRO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO MARANHÃO (MA), INCENTIVO, INVESTIMENTO, EMPRESA, CONSTRUÇÃO CIVIL, MODERNIZAÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, MELHORIA, EXPORTAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, TRABALHADOR.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), CONCESSÃO, FINANCIAMENTO, EMPRESA DE MINERAÇÃO, INSTALAÇÃO, USINA, BENEFICIAMENTO, FERRO, TERRITORIO NACIONAL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. EDISON LOBÃO (PFL - MA) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com grande satisfação que volto a registrar a realização de um empreendimento de sucesso e muito importante para o desenvolvimento do nosso Estado do Maranhão. A Companhia Vale do Rio Doce está em contagem regressiva para a inauguração da usina de pelotização em São Luís (MA), prevista para entrar em fase de plena operacionalização em março do próximo ano.

            Em maio deste ano utilizei esta tribuna para destacar a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesse projeto. A instituição havia aprovado, pouco antes daquela ocasião, a concessão de financiamento de R$200 milhões para a empresa Mineração Tucuruí, viabilizando-lhe a instalação de uma usina de pelotização de minério de ferro na capital do meu Estado.

            O investimento total do empreendimento é de R$440 milhões, o que vai importar em um Efeito Multiplicador de Desembolsos (EMD) de 2,5 - ou seja, o financiamento do BNDES alavancará um investimento duas vezes e meia maior que o valor liberado.

            Citei, na oportunidade, que o projeto vai criar 1.800 empregos na fase de construção da usina, e 792 na fase de operação. Essas previsões foram concretizadas, e superadas até, enquanto outras o serão a partir do próximo ano.

            A usina proporcionará receitas com exportações da ordem de US$200 milhões por ano após a sua conclusão. Houve risco, no passado, de o projeto da usina ser instalado fora do Brasil, mais precisamente em Trinidad y Tobago, em função de vantagens fiscais e creditícias oferecidas pelo governo daquele país. O financiamento do BNDES, no entanto, foi fundamental para a decisão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), controladora da Tucuruí, que favoreceu a implantação do empreendimento no Brasil.

            Segundo foi noticiado pela imprensa do meu Estado, o cronograma de obras da usina de pelotização de São Luís está sendo cumprido à risca. Vai funcionar no prazo previsto. Vale destacar que essa usina é a primeira construída pela Companhia Vale do Rio Doce fora do Sistema Sul (Vitória/Espírito Santo), onde estão instalados sete outros empreendimentos de produção de pelotas.

            Além de ser a mais moderna, a usina de pelotização de São Luís terá capacidade maior de produção em comparação com as instalações do Sistema Sul. Lá serão produzidos 6 milhões de toneladas por ano.

            A Vale do Rio Doce, como se sabe, responde por 30% da produção mundial de pelotas, tendo como principal consumidor o mercado asiático. A partir da conclusão da usina de São Luís, a meta da empresa é a de atingir mais efetivamente o mercado norte-americano.

            Durante o período de construção da usina foram gerados 2.500 empregos diretos, número acima do previsto. A partir de seu funcionamento, outras centenas de postos de trabalho serão abertos na capital maranhense. A construção estimulou o investimento de outras empresas no Maranhão: as obras consumiram 20 mil metros cúbicos de concreto e nove mil toneladas de estrutura metálica. Mais de 14 mil toneladas de equipamentos mecânicos e elétricos foram utilizados na obra.

            O desenvolvimento gerado para o nosso Estado com a nova usina é bastante promissor. A Vale do Rio Doce está ampliando em mais 42 mil metros quadrados o seu pátio de estocagem de minério de ferro, além de implantar, ali, quilômetros de sistemas de esteias transportadoras com destino ao Porto de Ponta da Madeira. Ainda na área de infra-estrutura, a Companhia Vale do Rio Doce construiu uma subestação para receber 230 KV de energia elétrica da empresa Eletronorte, com potência instalada de 120 MW. A demanda de energia da usina é de 35 MV.

            Outro ponto que deve ser louvado neste projeto é o da preocupação pela qualificação dos recursos humanos da empresa. Neste mês de novembro, os técnicos maranhenses encerraram o treinamento de especialização em pelotização de minério de ferro, iniciado em abril passado nas usinas da Vale do Rio Doce do Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória (ES). Todos os técnicos, formados nas áreas de metalurgia, eletromecânica, eletrônica e química industrial, serão contratados pela Vale do Rio Doce para o desenvolvimento de atividades na usina de pelotização de São Luís.

            Leio na imprensa do meu Estado que nunca no país foi treinado um contingente de mão-de-obra nos moldes da qualificação oferecida pela Vale do Rio Doce. Nos dez meses de treinamento, resultado de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Vale do Rio Doce e o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão ), os estagiários receberam aulas sobre minério de ferro, processo produtivo, tratamento e beneficiamento do minério e siderurgia.

            O patrocínio do BNDES a iniciativas como a que acabo de anunciar a esta Casa merecem o nosso aplauso. Regozijo-me, portanto, com a instituição, levando à sua direção o reconhecimento à competência com que vem dirigindo os destinos dessa grande instituição.

            Era o que tinha a dizer. Obrigado.


            Modelo15/18/241:26



Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2001 - Página 29366