Pronunciamento de Iris Rezende em 27/11/2001
Discurso durante a 163ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Apelo ao Presidente do PMDB, Deputado Michel Temer, para que reveja sua posição em relação às prévias eleitorais do partido.
- Autor
- Iris Rezende (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
- Nome completo: Iris Rezende Machado
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA PARTIDARIA.:
- Apelo ao Presidente do PMDB, Deputado Michel Temer, para que reveja sua posição em relação às prévias eleitorais do partido.
- Aparteantes
- Maguito Vilela.
- Publicação
- Publicação no DSF de 28/11/2001 - Página 29618
- Assunto
- Outros > POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
-
- LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ANALISE, PROCESSO, POLITICA, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, AUSENCIA, FIDELIDADE PARTIDARIA, EXCESSO, NUMERO, PARTIDO POLITICO.
- ANALISE, DADOS, ASSOCIADO, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, MANDATO ELETIVO, DEFESA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), HISTORIA, LUTA, DEMOCRACIA.
- AVALIAÇÃO, ERRO, COMISSÃO EXECUTIVA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), EPOCA, ESCOLHA, ULYSSES GUIMARÃES, ORESTES QUERCIA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
- SOLICITAÇÃO, PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), REVISÃO, DECISÃO, RESTRIÇÃO, NUMERO, MEMBROS, ESCOLHA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. IRIS REZENDE (PMDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não faz pouco tempo que a imprensa especializada, a imprensa política, cientistas políticos vêm procurando decifrar ou aclarar o comportamento do mundo político de nosso País.
Freqüentemente nos deparamos com conceitos, com avaliações as mais desencontradas; muitas vezes, são avaliações justas; na maioria das vezes, confusas e injustas. É claro que isso se deve ao comportamento muitas das vezes ambíguo, obscuro, inseguro dos agentes políticos de nosso País, principalmente dos detentores de mandatos.
No penúltimo número da revista Veja, veio uma matéria de responsabilidade de Vanildo Mendes, intitulada “A Salada dos Partidos”. Vou pedir a permissão a V. Exª para fazer a leitura aqui de pequenos trechos do artigo, apenas para dar início à apreciação dos comentários e das avaliações que têm sido feitas em relação ao mundo político, aos Partidos e especialmente ao PMDB. O jornalista diz o seguinte:
Em matéria de coerência ideológica, o que o eleitor deve esperar de um Parlamentar como o alagoano João Caldas, que, nos últimos três anos, trocou oito vezes de Partido? Que expectativa o eleitor deve ter em relação a uma legenda como o PMDB que, na semana passada, ceifou o cargo de um Ministro porque não quer mais participar do Governo, e minutos depois aplaudiu a posse ministerial de outro filiado da legenda? Na verdade, as mudanças de sigla perseguidas pelo Deputado João Caldas e o comportamento ambíguo do PMDB no último troca-troca ministerial são flagrantes da salada partidária que impera no Brasil, mais de quinze anos depois da volta ao regime democrático. “Existem dois problemas centrais”, diz a Professora Rachel Meneguello, coordenadora do Centro de Estudos de Opinião Pública da Universidade Estadual de Campinas e autora do livro Partidos Políticos e Consolidação Democrática. “Esses problemas [diz ela] são a indisciplina partidária e a capacidade dos Partidos de criarem propostas.
Mais à frente, em outro trecho, diz o jornalista:
A ausência de fidelidade partidária é que permitiu o comportamento errático do Deputado João Caldas. E não só dele. Caldas é apenas o campeão da atual legislatura, marcada pelo maior índice de troca-troca desde a redemocratização do País. Entre 1987 e 1991 [isso quer dizer uma legislatura], a Câmara dos Deputados registrou 169 mudanças de Partido, sendo que alguns trocaram de legenda mais de uma vez. Na legislatura seguinte, o volume caiu um pouco, para 162 trocas. Nos quatro anos posteriores, ficou em 133 mudanças. Até parecia que os Deputados estavam se tornando mais fiéis às legendas pelas quais se elegeram. Engano. Na atual legislatura, que só acaba no fim do ano que vem, houve nada menos que 215 mudanças. É esse cenário, em que prospera a prática do fisiologismo e da barganha, que a reforma partidária pretende eliminar.
Com trinta legendas funcionando, o Brasil é um criadouro de partidos políticos. O último a ser fundado, em 1999, foi o Partido Geral dos Trabalhadores (PGT).
Sr. Presidente, não venho aqui para desmentir o jornalista. Suas afirmações têm fundamento. É uma reportagem um tanto longa, da qual li pequenos trechos. Ele tem suas razões, a não ser quando menciona o PMDB como exemplo de incoerência, exemplo de complexidade partidária, exemplo de um Partido que nem deveria existir.
Nisso tomo a liberdade de me insurgir contra o jornalista, porque quase todos os partidos com dimensão próxima à do PMDB têm seus problemas. E não é por acaso que o PMDB se apresenta, segundo a própria matéria, como o maior Partido do País: seis milhões de filiados, 1.281 Prefeitos, 11.374 Vereadores e 158 Deputados Estaduais. Vem o PFL em segundo lugar, com 3,2 milhões de filiados, praticamente a metade, 1.027 Prefeitos, 9.648 Vereadores, 170 Deputados Estaduais; depois, o PSDB, com um milhão de filiados, 1.017 Prefeitos, 8.514 Vereadores, 134 Deputados Estaduais; o PPB, com dois milhões de filiados, 618 Prefeitos, 7.054 Vereadores e 106 Deputados Estaduais; o PT, com um milhão de filiados, 188 Prefeitos, 2.482 Vereadores e 91 Deputados Estaduais.
Há uma diferença extraordinária, veja bem V. Exª, Sr. Presidente: o PMDB tem 1.281 Prefeitos; o PT, 188.
Ora, esse Partido, com tantos Prefeitos, Deputados, Senadores e a maior bancada nesta Casa, tem suas raízes e não chegou aqui de graça.
Num determinado momento, quando José Sarney era Presidente da República, ainda se poderia insinuar que o PMDB conseguira eleger 23 Governadores por força do poder. E agora, tanto tempo depois, quando está sem Presidente? O PMDB continua um partido muito consolidado perante a população de nosso País. Por quê? Primeiro, o PMDB não é um partido que tenha um dono, que tenha sido fundado para atender aos interesses ou caprichos de um ou de outro. É um partido que surgiu da alma do povo nos momentos mais difíceis da vida política deste País. Todos os partidos extintos, a ditadura permitiu a criação de dois, impondo-lhes até que não tivessem o nome de partido. Daí Arena e MDB.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, entendo que o mundo político tem dado razões a quem se insurge contra ele na imprensa ou nas reuniões, porque, em determinados momentos, os políticos temos falhado. Estou certo de que vamos buscar o aperfeiçoamento de nossas instituições, até porque as imperfeições políticas que se observam no País resultam de quase 40 anos de arbítrio que vivemos no século que passou, e cada ditadura impõe um retrocesso extraordinário na política de um país - foi exatamente o que aconteceu.
Temos conseguido grandes avanços, porque o aperfeiçoamento democrático é um processo lento, que exige coragem, determinação, sentimento patriótico e paciência; é um aprendizado constante, que não deve ser buscado simplesmente na ação dos agentes políticos, já que envolve a população inteira, sobretudo os que votam e escolhem.
Sr. Presidente, o PMDB não tem sido feliz com a sua cúpula. E não falo da atual, quando se acha na Presidência o nosso companheiro Michel Temer. A cúpula do PMDB vem errando ao longo dos tempos, e o Partido não acabou nem acabará, porque não é de A nem de B, não veio da vontade de um nem de outro. Ele veio - repito - da alma do povo brasileiro, que se agarrou ao Partido como uma ferramenta forte na luta contra os ditadores.
Quando os canhões se impunham nas avenidas de Brasília, quando as baionetas tilintavam pelo interior brasileiro afora, era o PMDB que saía às praças e conclamava o povo à luta contra o arbítrio.
No entanto, repito, devemos reconhecer que nem sempre a cúpula política tem correspondido ao posicionamento do povo e das bases do Partido.
Viu V. Exª, Sr. Presidente: são seis milhões de filiados. Toda vez que termina uma eleição, os cientistas políticos escrevem nas suas colunas que o PMDB acabou. Vem a eleição seguinte: maior número de Prefeitos, de Vereadores, de Deputados, e assim por diante. Mas eu pergunto: até quando o povo, as bases, os membros desse Partido vão suportar uma série tão grande de erros?
Lembro-me bem de Tancredo Neves, eleito Presidente da República pelo Colégio Eleitoral. E o foi quando, no Colégio Eleitoral, cada Senador, cada Deputado, respondeu: “Tancredo Neves”. Ele estava interpretando, com legitimidade, o posicionamento da maioria esmagadora do povo brasileiro. Por que não chegaram aqui os Senadores e os Deputados antes que as praças e as ruas se manifestassem?
Lembro-me bem, foi em Goiânia. Convocamos o povo de Goiás para a grande manifestação pelas eleições diretas e mais de meio milhão de pessoas ocupou as praças e as ruas, como nunca se vira na história política daquele Estado.
Perdemos. Não alcançamos quorum suficiente para a instituição de eleições diretas para a Presidência da República.
Novamente, em Goiânia, convocamos o povo, desta vez para legitimar a candidatura de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral. Neste caso, não foram quinhentas mil as pessoas presentes, foram muitas mais. Dali se estenderam ao Estado do Pará, do Amazonas e pelo Brasil afora concentrações e mais concentrações; concentrações tão fortes que transformavam os ditadores em criaturas enfraquecidas.
No dia da posse, Tancredo Neves é hospitalizado. Não sei se esse fato traumatizou a consciência nacional. As pesquisas não indicavam Ulysses Guimarães como o nome próprio para a eleição seguinte.
Lembro-me de que fui ao Rio Grande do Sul e falei com Pedro Simon, então Governador, sobre o que sentia ocorrer no meu Estado. Ele concordou comigo, disse que lá também não queriam Ulysses. Fui a São Paulo e conversei com o então Governador Orestes Quércia, salientando até a importância do seu nome àquela época para concorrer à Presidência. E ele concordou não em ser candidato - não quis -, mas com o fato de que o nome de Ulysses também não empolgava os paulistas.
Quando da convenção, animei-me a concorrer com Ulysses Guimarães, Álvaro Dias e Waldir Pires para ser candidato à Presidência da República. A cúpula do Partido escolhe Ulysses Guimarães como candidato. Foi aquele fiasco. Na eleição seguinte, surge a candidatura de Orestes Quércia. Ponderei com inúmeros companheiros, inclusive com o próprio Quércia, mas o entendimento do Partido era o de que eu estava contra. Ao final, aceitei até que minha mulher fosse sua companheira de chapa, mas deixei claro que não era a vez de Orestes Quércia. A cúpula incorre novamente em erro. Foi o segundo fiasco. Na terceira eleição, o Partido entendeu - e eu estava entre aqueles que assim compreenderam - que seria melhor apoiar a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Assim o fizemos.
Não quero aqui entrar em detalhes, mas assumimos, agora, uma posição, tendo em vista o pensamento de grande parte das bases do PMDB: uma candidatura própria, sendo o candidato resultado de uma pesquisa entre os membros do Partido.
O nosso companheiro, Senador Maguito Vilela, dispôs-se a encabeçar a chapa que disputaria a convenção com aquela liderada por Michel Temer, que representava - ninguém esconde, ninguém é capaz de negar isso - a vontade do Palácio do Planalto. Tanto é que denúncias foram feitas - e ninguém foi capaz de desmenti-las - de que a força do Governo atuou fortemente a favor da chapa de Michel Temer.
O companheiro Michel Temer é merecedor de todo o respeito e de toda a consideração. Tenho por ele uma admiração pessoal muito grande e tenho com ele as melhores relações de amizade e até políticas. Mas, naquele momento, colocamo-nos em posições opostas.
O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares. Fazendo soar a campainha.) - Senador Iris Rezende, informo a V. Exª que o tempo de V. Exª já está esgotado.
O SR. IRIS REZENDE (PMDB - GO) - Sr. Presidente, estou concluindo.
Em um determinado momento, Michel Temer abraça a tese da candidatura própria e da prévia. Chega a deixar em documento que a prévia seria realizada alcançando um universo de mais ou menos 150 mil companheiros. Esse universo seria composto dos Parlamentares, inclusive Vereadores, e dos 45 membros de cada diretório municipal - o que totalizaria 150 mil.
De repente, no entanto, a Executiva do Partido reúne-se e, interpretando decisão da convenção, reduz o universo de participantes das prévias a três mil companheiros. Todos sabem da revolta de cada Senador e da maioria dos Deputados Federais. Há Prefeitos inconformados, Vereadores revoltados e membros dos diretórios municipais boquiabertos e estupefatos.
Sr. Presidente, ainda quero crer nas boas intenções do Presidente Michel Temer. Estou certo de que S. Exª foi pressionado. Consultado por S. Exª a respeito da prorrogação das prévias para o mês de março, ainda hoje manifestei minha aquiescência, desde que nossos companheiros assim também entendessem; manifestei a esperança que S. Exª não levará o Partido a um desgaste ainda maior, pois creio que revogará a posição da Executiva, permitindo que o Partido fale por meio dos 45 membros dos diretórios municipais, dos Vereadores, dos Prefeitos, dos Deputados Estaduais e, principalmente, daqueles que vêm de longe trazendo o posicionamento e a vontade de cada povoado, de cada cidade.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, será possível que um Partido como o PMDB, com essa dimensão e com essa estrutura, sirva de instrumento para a satisfação de projetos pessoais ou grupais?
Não quero condenar ninguém - isso seria injusto - por defender a continuação do apoio ao Governo. Todos têm o direito de se posicionar como queiram; todos têm o direito de apresentar as suas propostas, por mais esdrúxulas que elas pareçam. O que não é direito, no entanto, é chegar à chefia de um Partido e permitir que ele assuma posições indesejáveis, que não representam o pensamento da maioria das bases.
O Sr. Maguito Vilela (PMDB - GO) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. IRIS REZENDE (PMDB - GO) - Sr. Presidente, com a permissão de V. Exª, gostaria de dar o aparte ao Senador Maguito Vilela, pedindo a S. Exª que seja o mais breve possível, uma vez que a Presidência tem sido muito generosa.
O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares) - Espero que o aparte do nobre Senador Maguito Vilela seja o mais breve possível, tendo em vista que há outros oradores inscritos que desejam falar nesta sessão.
O Sr. Maguito Vilela (PMDB - GO) - Agradeço, Sr. Presidente, mas eu já havia pedido o aparte bem antes de V. Exª solicitar ao Senador Iris Rezende que finalizasse o seu pronunciamento. Senador Iris Rezende, gostaria de cumprimentá-lo e ajudá-lo na sua explanação. A revista Veja disse que o PMDB é uma miscelânea. Essa revista, no entanto, devia visitar o Estado de Goiás, onde o Governo é do PSDB e aliciou 17 Deputados. A reportagem citou João Caldas, mas ele não foi o único. Se forem a Goiás, verificarão que 3 Deputados Federais e 14 Deputados Estaduais foram aliciados pelo PSDB - e digo isto com responsabilidade - a peso de ouro, com o dinheiro do povo goiano. O que é pior, Sr. Presidente e Senador Iris Resende, é que os 17 Deputados que o PSDB de Goiás levou para os seus quadros eram justamente aqueles que anteriormente o Partido chamava de corruptos quando estavam no PMDB. É importante que a revista Veja vá a Goiás, examine essa situação e não fique aí apenas condenando o PMDB, porque, a meu ver, o Partido que hoje danifica a imagem dos políticos brasileiros é o PSDB.
O SR. IRIS REZENDE (PMDB - GO) - Agradeço a V. Exª pelo aparte, Senador Maguito Vilela.
Com relação às referências feitas aos políticos de Goiás, endosso inteiramente as afirmações de V. Exª. Devo salientar que, no início, procurei, com espírito de justiça, dizer que eu não desmentia e nem desmentiria o que a revista Veja publicou. Eu apenas achava injusto que a reportagem mencionasse somente o PMDB, porque, na verdade, se fala em desunião dentro do PMDB, mas é impossível, é impraticável que se queira obter, no meio do maior Partido do País, uma união total, uma identidade absoluta de posições e de pensamentos. Os outros partidos da dimensão do PMDB também têm suas questões internas, muitas vezes até mais sérias.
Mas, Sr. Presidente, concluindo o meu discurso, gostaria apenas de fazer um apelo ao Presidente Michel Temer: que S. Exª, um homem público de um currículo extraordinário, um homem preparado, um homem determinado, cujo trabalho, ao longo da sua vida, é merecedor de elogios, não permita que todo esse passado desapareça com essa violência que agora, sob a sua presidência, estão tentando praticar contra as bases do nosso Partido.
Tenho a convicção - disse isto a Itamar Franco e tenho dito aos nossos companheiros de Partido - de que Michel Temer vai reposicionar-se e ser o grande artífice da união desse Partido, respeitando as decisões da convenção, convocando as bases a se manifestarem. E, ao entregar à sociedade brasileira uma candidatura à Presidência da República, escolhida mediante uma prévia, a mais ampla possível, S. Exª, mais uma vez, confirmará o que tenho dito a respeito da sua pessoa: é realmente um companheiro de valor, um político exemplar.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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