Discurso durante a 160ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

SOLICITAÇÃO DE ESTUDOS DESTINADOS A MELHORIA DO SISTEMA DE SOM DO PLENARIO E POSICIONAMENTO DAS CAMERAS DE TV. (COMO LIDER)

Autor
Artur da Tavola (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RJ)
Nome completo: Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • SOLICITAÇÃO DE ESTUDOS DESTINADOS A MELHORIA DO SISTEMA DE SOM DO PLENARIO E POSICIONAMENTO DAS CAMERAS DE TV. (COMO LIDER)
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2001 - Página 29282
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • COMENTARIO, PRECARIEDADE, SISTEMA, SERVIÇO DE SOM, PLENARIO, PROBLEMA, MICROFONE, COBERTURA, SESSÃO, SENADO.
  • SOLICITAÇÃO, ESTUDO, MELHORIA, COBERTURA, SESSÃO, MODERNIZAÇÃO, MICROFONE.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (Bloco/PSDB - RJ.) - Os sistemas de som de nosso plenário são extremamente precários. Estou aproveitando uma sessão mais calma para tratar do tema. Quando o plenário está cheiro e há vozerio, o Senador é praticamente obrigado a gritar no microfone. Já vi vários Senadores saírem daqui roucos. Todo sistema de som precisa de retorno, porque, sem retorno, a pessoa pensa que não está sendo ouvida e, inevitavelmente, começa a gritar. V. Exª sabe que o grito é o pior dos argumentos, além de ser extremamente danoso para a audição das pessoas.

Igualmente, tenho uma observação de vários anos que encaminho a V. Exª, por acreditar que V. Exª poderá solucionar o problema. O sistema de cobertura de câmeras das sessões plenárias funciona com as câmeras de cima para baixo. Quando os Senadores falam na primeira fileira, se são bem-dotados de cabelo, aparecem apenas os cabelos em primeiro plano, o que é inevitável no plongée, como se chama tecnicamente esse plano para baixo. Já nós outros, despidos de cabelos, somos um formidável exemplo de brilho exclusivo das luzes e não das nossas insuperáveis inteligências. Isso ocorre nas primeiras fileiras. Quando o Senador fala sentado, é um arraso completo porque dele aparecem apenas uma parte do nariz, se for avantajado, e um pedaço do corpo. As câmeras deveriam estar tecnicamente ao rés do plenário e na altura do orador quando está na tribuna, até porque, tecnicamente, toda tomada de cima para baixo - e isso é clássico na história do cinema - é de diminuição, assim como toda tomada de baixo para cima é de ampliação.

Não merecemos nem diminuição nem ampliação, mas uma cobertura consentânea com o que somos, razão pela qual sugiro a V. Exª que promova estudos no sentido de colocação das câmeras ao nível da tribuna e do plenário, o que dará uma imagem de maior precisão. Sugiro também um estudo sobre a qualidade de som deste plenário.

Basta olhar para o microfone - e não precisamos ir longe - para termos uma boa recordação da República Velha. Esse tipo de microfone não é usado há mais de trinta anos. Somos obrigados a falar esmagados entre a cadeira e a bancada - todos os Senadores devem sentir essa realidade - porque, se nos posicionarmos ao lado da cadeira, ficaremos longe do microfone - e sabemos que hoje há microfones direcionais. Apenas o Senador Pedro Simon, com seu talento e seu brilho, consegue fazer voltas enquanto discursa e se fazer ouvir por todos. Nós, que não somos dotados desse mesmo talento, temos enorme dificuldade.

Por essa razão, embora falando com bom humor, que cabe neste momento porque é uma matéria leve, solicito a V. Exª que determine um estudo sobre isso, e as nossas sessões ganhariam sobremaneira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2001 - Página 29282