Pronunciamento de Renan Calheiros em 29/11/2001
Discurso durante a 165ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
QUESTIONAMENTO A URGENCIA NA APRECIAÇÃO DO PROJETO DE LEI QUE FLEXIBILIZA A CLT, EM DISCUSSÃO NA CAMARA DOS DEPUTADOS, MANIFESTANDO A POSIÇÃO DO PMDB SOBRE A MATERIA.
- Autor
- Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
- Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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LEGISLATIVO.:
- QUESTIONAMENTO A URGENCIA NA APRECIAÇÃO DO PROJETO DE LEI QUE FLEXIBILIZA A CLT, EM DISCUSSÃO NA CAMARA DOS DEPUTADOS, MANIFESTANDO A POSIÇÃO DO PMDB SOBRE A MATERIA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/11/2001 - Página 29887
- Assunto
- Outros > LEGISLATIVO.
- Indexação
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- QUESTIONAMENTO, URGENCIA, APRECIAÇÃO, PROJETO DE LEI, FLEXIBILIDADE, CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT), CAMARA DOS DEPUTADOS.
- DEFESA, NECESSIDADE, DISCUSSÃO, SOLUÇÃO, FLEXIBILIDADE, CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT), MOTIVO, SITUAÇÃO, DIFICULDADE, ECONOMIA NACIONAL, PROTEÇÃO, TRABALHADOR, RELAÇÃO DE EMPREGO.
- REITERAÇÃO, POSIÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), OPOSIÇÃO, ASSINATURA, REGIME DE URGENCIA, VOTAÇÃO, PROJETO DE LEI.
O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, pretendia fazer um rápido aparte ao Senador Mauro Miranda, mas o Regimento da Casa não me permitiu.
Abordo uma questão que considero de extrema urgência, em função do grande debate que o Brasil faz sobre a flexibilização da CLT, que terá que ser votada em regime de urgência na Câmara dos Deputados. Não entendemos, absolutamente, o porquê dessa urgência.
Vamos imaginar, Sr. Presidente, que essa matéria seja aprovada na Câmara dos Deputados. Ela virá para o Senado Federal também em regime de urgência, mas será apreciada de maneira um pouco diferente: terá de ser votada de acordo com a urgência constitucional presidencial, em 45 dias, e tramitar nas comissões técnicas, sim.
Não entendemos o porquê dessa sangria desatada. É importante que as pessoas sejam tomadas pelo bom-senso, pelo equilíbrio, para que possamos discutir a flexibilização, mas, neste momento de crise na economia mundial, em que a economia nacional precisa afirmar-se, não podemos desproteger exatamente a parte mais vulnerável na relação de trabalho. O PMDB não concorda com isso.
Para que essa matéria pudesse ser votada em caráter de urgência no Senado, os Líderes teriam que assinar a urgência, e penso que não o farão. Pelo menos, essa é a posição do PMDB, que não a assinará. Portanto, se for aprovada na Câmara dos Deputados, tramitará, nesta Casa, em caráter de urgência constitucional presidencial e passará pelas comissões técnicas. Não entendemos por que votá-la de afogadilho, como se isso fosse uma sangria desatada.
O PMDB, portanto, não assinará a urgência. Isso significa dizer, com todas as letras, que a flexibilização, se passar na Câmara, não será votada até o final do ano, aqui no Senado Federal.