O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PFL - TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é profundamente constrangido que registro nesta Casa o passamento de um amigo, mas sobretudo de um homem importante, um desses heróis anônimos do Brasil que, ao longo de sua vida, dedicou-se à promoção do desenvolvimento deste País: trata-se do cidadão Leomar Bezerra Andrade.

            Cearense, natural do Crato, mudou-se ainda jovem para o norte de Goiás, região semi-inóspita, para instalar ali a agência do Banco do Brasil, que seguramente foi um marco diferenciador da economia daquela região. O Banco do Brasil daquela época afigurava-se efetivamente como o braço forte do Governo no apoiamento às diversas atividades produtivas, quer no setor primário - agricultura, pecuária -, quer no setor de serviços e na indústria. Enfim, era o apoiamento que o empreendedor, àquela época, tinha para desenvolver suas atividades.

            Leomar Bezerra Andrade dignificou essa instituição tão respeitada no Brasil que é o Banco do Brasil. Pessoa de fino trato, de bom relacionamento, ocupou, ao longo dos anos vividos em Araguaína, os mais diversos e importantes cargos da agência, chegando a dirigi-la por várias vezes. Por determinados períodos, efetivamente foi o comandante das ações ali desenvolvidas pelo banco para promover a organização e o crescimento econômico daquela região.

            Amigo franco, homem prudente, leal, companheiro, depois de uma longa luta contra o câncer, é derrotado e deixa o nosso convívio no início da tarde de hoje, em decorrência da falência múltipla dos órgãos. Deixa um rastro sólido de um homem de personalidade forte, generoso, humano, profissional competente, habilidoso, cheio de amigos - um enorme patrimônio de amigos. Deixa viúva a Srª Amélia Maria Esmeraldo Andrade e três filhos - Aline, Andréa e José Leomar -, entristecidos, mas que, com a solidariedade de tantos amigos, se procuram confortar de perda tão relevante.

            Registro, Sr. Presidente, nos Anais desta Casa, o passamento desse brasileiro que, herói anônimo como muitos anônimos trabalhadores brasileiros que têm contribuído para a edificação desta grande Nação, deu a sua parcela efetiva na consolidação deste País que tanto queremos.

            Era o que eu queria registrar, Sr. Presidente.

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