O SR. JOSÉ COÊLHO (PFL - PE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr^as e Sr^s Senadores, todos nós do Senado sentimos e lamentamos a perda do pai do Senador José Eduardo Dutra.

Os Senadores que por aqui passaram já traçaram o perfil do Senador José Eduardo Dutra. Não tive até este momento nenhum atrito, nenhuma discordância com S. Ex^a, que tanto vale pela expressão, pelo que representa o seu pensamento em relação aos problemas deste País. Divergimos, sem dúvida alguma, na linha política. S. Ex^a pensa de uma maneira, e nós outros também temos o direito de pensar diversamente. Mas antevejo na opinião dos que estão a favor e dos que estão contra o Governo a preocupação com o destino deste País. Uns acreditam por um caminho, outros enveredam por outra estrada. Todos naturalmente deveremos pensar e desejar que essas estradas se cruzem, que essas estradas se aproximem.

Creio que o Senador José Eduardo Dutra, em relação à linha política seguida por ele e à nossa, há de convir e há de aceitar que também respeitamos o seu pensamento.

Lamentamos a perda de seu pai. Não conheço ninguém que deixe de se curvar diante de um fato dessa natureza. O pai e a mãe, ordinariamente, são os lapidadores da personalidade das pessoas. E acredito que S. Exª as teve, foi lapidado. Seu pai foi um médico de valor, conforme disse aqui o companheiro José Alencar, em Caratinga. E como todos aqueles que são orientados no sentido do bem, sobretudo um médico, a criatura mais sensível que conheço porque atende a tudo e a todos, S. Ex^a deve ter sido tocado por essa sensibilidade. Diverge, porque todos nós também temos o direito de divergir. O próprio Cristo pregou a religião dele e uns saíram para um lado e outros para o outro. Mas todos nos curvamos nesta hora de dor.

Peço ao Sr. Presidente do Senado que insira o meu nome nas homenagens todas que estão sendo tributadas à figura do pai do Senador José Eduardo Dutra.

Muito obrigado.