Pronunciamento de Eduardo Suplicy em 26/12/2001
Discurso durante a 5ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Registro da eleição para presidente da Argentina no dia 3 de março de 2002, data em que será realizada, pelo Partido dos Trabalhadores, prévia para escolha de candidato à Presidência da República.
- Autor
- Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
- Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ELEIÇÕES.
POLITICA PARTIDARIA.:
- Registro da eleição para presidente da Argentina no dia 3 de março de 2002, data em que será realizada, pelo Partido dos Trabalhadores, prévia para escolha de candidato à Presidência da República.
- Publicação
- Publicação no DSF de 27/12/2001 - Página 32229
- Assunto
- Outros > ELEIÇÕES. POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
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- COMENTARIO, REALIZAÇÃO, ELEIÇÃO, PRESIDENTE, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA, ELEIÇÃO DIRETA, ASSOCIADO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESCOLHA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, BRASIL.
- COMENTARIO, IMPORTANCIA, DEBATE, ORADOR, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PRESIDENCIA DA REPUBLICA, PEDIDO, PARTICIPAÇÃO, ASSOCIADO, PROCESSO, VOTAÇÃO.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Artur da Távola, no próximo dia 3 de março teremos dois acontecimentos de extraordinária importância para o destino das Américas. O primeiro refere-se a assunto sobre o qual o Senador Roberto Requião há pouco aqui discorria, qual seja, a realização de eleições para Presidente da Argentina. O segundo fato é a escolha, pela primeira vez na história dos partidos políticos no Brasil, por eleição direta de todos os seus filiados, do candidato à Presidência da República nas eleições de 6 de outubro próximo. Ambas as eleições serão importantes para as Américas. Certamente, a eleição presidencial na Argentina galvanizará a atenção de todos os países do Mercosul; e, obviamente, nós, brasileiros, estaremos atentos às candidaturas, aos seus programas e àquilo que, certamente, agora, mobilizará o povo argentino. Haverá a definição de programas e, diante daquilo por que está passando a Argentina, diante inclusive das decisões importantes, seja no que diz respeito à suspensão do pagamento da dívida, seja a significativa alteração do valor do salário mínimo, seja no que diz respeito às diversas medidas para promover o emprego, mas, também, em relação ao que poderá acontecer internacionalmente com aquele país, com a sua economia, enfim, tudo isso será objeto de grande atenção, com forte repercussão aqui no Brasil.
A outra decisão importante refere-se à escolha, durante a prévia, do candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República. Na ocasião, será importante que todos os filiados do nosso Partido exerçam o seu direito de escolha entre os dois pré-candidatos existentes, o nosso Presidente de Honra, Luiz Inácio Lula da Silva - que hoje lidera as pesquisas de todos os institutos, seja o Datafolha, o Ibope, o Vox Populi, o Census e assim por diante - e eu próprio, que me inscrevi com o objetivo de servir construtivamente ao meu Partido.
Eu gostaria de fazer uma reflexão sobre a importância de esclarecermos a todos os filiados do PT a respeito desta prévia e do processo que normalmente a antecede, que é o processo de debates. Conversei com Lula no último dia 23, desejando-lhe um bom Natal e transmitindo-lhe uma reflexão a respeito do seu próprio comentário perante o Encontro Nacional do Partidos dos Trabalhadores, realizado entre 14 e 16 de dezembro último, na cidade de Recife. Naquela ocasião, Lula observou que via a situação tal como a de um time que tinha a seu favor o juiz que marcara um pênalti, encontrando-se a bola já na marca do pênalti e o goleiro até um tanto distraído, mas estávamos eu e o próprio Lula, um exímio jogador, a conversar e a discutir sobre quem iria bater o pênalti. Expus ao Lula, usando também a imagem do futebol, que percebia a situação como a do time brasileiro indo para a Copa do Mundo. Seria normal que o time fizesse alguns treinamentos táticos entre nós próprios e, assim, poderíamos estar realizando algumas conversas, alguns debates com os membros da militância.
Haveria também a importância de realizarmos alguns amistosos. E essa é justamente a característica de um amistoso no qual os dois times jogam da forma mais leal possível. E esse é o propósito que tenho em mente, apresentar proposições, idéias ou ser o mais construtivo, leal e amigo possível nesses debates, portanto, nos amistosos que poderão ser realizados. Tenho informado ao próprio Lula e à Direção Nacional do PT da minha disposição de ouvir a sua proposição a fim de mantermos esse diálogo da forma mais construtiva possível.
Muito obrigado.
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