Discurso durante a 15ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Saudações pelo transcurso, hoje, do Dia do Fuzileiro Naval.

Autor
Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Saudações pelo transcurso, hoje, do Dia do Fuzileiro Naval.
Publicação
Publicação no DSF de 08/03/2002 - Página 1864
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (CFN), ELOGIO, ATUAÇÃO, FUZILEIRO, HISTORIA, BRASIL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao registrar a passagem de seu dia, neste 7 de março, desejo saudar efusivamente o Corpo de Fuzileiros Navais, instituição da qual todos os brasileiros podemos nos orgulhar. São 194 anos de uma fecunda existência, pautada por elevados valores que, entrelaçando funções típicas da atividade militar e acendrado espírito cívico, ajudam a edificar e a contar nossa História.

            Tendo sua origem na Brigada Real da Marinha, unidade de soldados-marinheiros criada em Lisboa, em fins do século XVIII, seus componentes chegaram ao Brasil em 1808, acompanhando a família real portuguesa. Naquele momento decisivo para a colônia brasileira, em que a transferência do Estado metropolitano modificava por completo o estatuto colonial, abrindo terreno para a independência que não tardaria, os Fuzileiros Navais começavam a inscrever seu nome em nossa História.

            O profissionalismo que tão bem caracteriza as Forças Armadas encontra no Corpo de Fuzileiros Navais uma de suas expressões máximas. Com efeito, seus integrantes são permanentemente preparados para realizar ações e operações terrestres necessárias a uma campanha naval, assim como a guarda e a segurança de instalações da Marinha do Brasil. Esse treinamento militar, sempre rigoroso e especializado, é fundamental para o preparo à realização de operações anfíbias.

            Faço questão de realçar esse aspecto da formação dos fuzileiros, Sr. Presidente, porque dela decorre a excepcional qualidade de seu trabalho. Oficiais e praças são criteriosamente formados em estabelecimentos integrantes do Sistema de Ensino Naval, de onde partem, basicamente, para servir em Unidades sediadas na cidade do Rio de Janeiro, nos grupamentos litorâneos de Rio Grande, Salvador, Natal e Belém, nos grupamentos fluviais de Manaus e Ladário e, aqui na Capital, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília.

            A permanência e o prosseguimento na carreira exigem do fuzileiro naval contínuo aprimoramento técnico-profissional, colocando-o sob permanente processo de avaliação. Dessa contínua avaliação fazem parte desempenho profissional, higidez física e qualidades morais. Sua ascensão funcional, assim como indicações para promoção, condecoração, cursos e comissões no exterior, dependem do tempo de serviço na tropa, associado à participação em manobras e exercícios. Desse conjunto de atividades é que sai o fuzileiro naval competente, aguerrido e profissional que o Brasil tanto respeita e admira.

            Ao finalizar este breve pronunciamento, Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, gostaria de registrar a existência de um singular museu cujo acervo conta a História do Corpo de Fuzileiros Navais. Trata-se, provavelmente, do único museu brasileiro construído num túnel, de que decorre sua singularidade. Ele está situado na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no Primeiro Distrito Naval, perto da Praça Mauá, bem no centro do Rio de Janeiro.

            É remota a origem do espaço transformado em museu, em 1989: era uma passagem, que os portugueses construíram no século XVII, para que as tropas transitassem pela ilha sem serem notadas. Situada em um ponto por demais estratégico para a defesa do Rio de Janeiro, a Fortaleza hoje abriga esse museu, que conta a trajetória do Corpo de Fuzileiros Navais. Trinta vitrines expõem peças as mais diversas e, em outro túnel, encontram-se armas de diversas épocas.

            Ao cabo de 194 anos de uma gloriosa existência, o Corpo de Fuzileiros Navais fez por merecer nossas homenagens, expressão do mais legítimo reconhecimento da Pátria a esses seus valorosos servidores. Que ele permaneça sendo o que sempre foi: modelo de profissionalismo e de civismo. O Brasil, agradecido, anseia pela continuidade dessa História tão brilhante e heróica!

            Muito obrigado.

 

            


            Modelo15/15/2411:52



Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/03/2002 - Página 1864