Pronunciamento de Eduardo Siqueira Campos em 12/03/2002
Discurso durante a 18ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre as formas da Reforma Trabalhista contribuir no combate ao desemprego.
- Autor
- Eduardo Siqueira Campos (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/TO)
- Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.:
- Considerações sobre as formas da Reforma Trabalhista contribuir no combate ao desemprego.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/03/2002 - Página 2120
- Assunto
- Outros > LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.
- Indexação
-
- COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, JORNAL DO BRASIL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), DIVULGAÇÃO, ESTUDO, RESULTADO, EXCESSO, JORNADA DE TRABALHO, BRASIL, COMPARAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO.
- IMPORTANCIA, ALTERAÇÃO, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, REDUÇÃO, JORNADA DE TRABALHO, BENEFICIO, COMBATE, DESEMPREGO.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (Bloco/PSDB - TO) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, retorno à tribuna desta Casa no momento em que vários segmentos da sociedade, em especial os órgãos e entidades ligados às relações do trabalho, discutem a denominada “Reforma Trabalhista”, mudança esta que vem sendo objeto de intensos debates e de uma campanha publicitária veiculada nacionalmente, para o registro e a reflexão acerca do resultado de dois estudos divulgados na última semana pela agência Jornal do Brasil.
O primeiro, desenvolvido pelo instinto francês Sodhexo Alliance, analisou a jornada de trabalho em 11 países, concluindo que o Brasil possui a segunda maior jornada de trabalho do mundo, menor apenas que a dos Estados Unidos.
O segundo, elaborado pelo Prof. Claudio Dedecca, do Centro de Estudos de Economia do Trabalho e Relações Sindicais da Unicamp, conclui que o brasileiro desenvolve uma jornada média anual de 1920 horas trabalhadas (dados do ano de 1999 ). Tais dados, se comparados com os números registrados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também colocam o Brasil no segundo lugar mundial em horas trabalhadas, estando à frente inclusive do Japão, país conhecido por ter uma elevada carga de trabalho e diminutas férias.
Mas, Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, ao debatermos a Reforma Trabalhista, devemos estar atentos às causas apontadas para o aumento da carga de trabalho do brasileiro. Entre elas, destacam-se o crescimento do mercado informal de trabalho e a terceirização, ligados intimamente à questão do desemprego e, ainda, o aumento do número de horas-extras e do fenômeno do duplo emprego, estes relacionados diretamente à queda do poder aquisitivo.
Assim, entendo serem relevantes os estudos divulgados, principalmente quando temas como a redução da jornada de trabalho estão na pauta de discussões sobre a melhor forma de combater o fenômeno do desemprego, que, ressalte-se, não é privilégio brasileiro, mas sim preocupação mundial, sem exceções.
Eram essas as considerações e o registro que gostaria de fazer.
Muito obrigado.
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