O SR. ROBERTO REQUIÃO (PMDB - PR. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, muito mais do que cinco minutos mereceria o Senador Josaphat Marinho deste orador nesta tribuna, mas pretendo, em tempo muito menor, resumir o que penso e o que sinto no momento do falecimento desse velho amigo e grande companheiro, desse nacionalista com fortes tintas socialistas no PFL da Bahia, desse excepcional Senador, sempre elogiado e respeitado, porém, neste momento triste da história brasileira, muito raramente seguido.

            Talvez a coincidência dos meus votos no plenário e das minhas posições com os votos e as posições do Senador Josaphat Marinho tenha sido uma ocorrência singular. Mais do que um nome a uma sala há um preito de respeito.

O vácuo causado no Brasil pela ausência do Senador no plenário do Senado, nas letras jurídicas e na política brasileira deve ser preenchido pelas novas gerações. Sou muito ruim para proferir esse tipo de discurso, porque a emoção embaraça o meu pensamento e dificulta a minha expressão.

Josaphat Marinho foi o Relator do Código Civil. Naquela ocasião, a relatoria era do PMDB, e eu era o Relator indicado. Entretanto, tive a sensibilidade, a inteligência e a decência de abrir mão dessa relatoria e sugeri o nome do Senador Josaphat Marinho, que foi indicado Relator do Código Civil pela totalidade dos membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O Senador Josaphat Marinho homenageou-me, reservando-me a relatoria do Livro das Coisas, do Direito de Propriedade, tarefa que, sob seu comando, executei, assessorado por um brilhante grupo de juristas paranaenses.

Homenagem maior que podemos prestar a Josaphat Marinho, a partir deste momento, é refletir sobre as suas posições, o seu amor ao Brasil, o seu respeito ao direito, à bandeira e aos interesses nacionais.

Além da homenagem formal que lhe ofereceremos, dando à sala da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o seu nome, que passe a refletir o Senado Federal sobre o seu exemplo, que, sem a menor sombra de dúvida, se seguido, construirá um Brasil muito melhor do que este em que hoje vivemos.

Obrigado, Sr. Presidente.