Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Repúdio à exploração político-eleitoral, pela Oposição, das denúncias veiculadas pela revista Veja, a respeito do suposto envolvimento de membros do PSDB em ilicitudes praticadas no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. (como Líder)

Autor
Artur da Tavola (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RJ)
Nome completo: Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA PARTIDARIA.:
  • Repúdio à exploração político-eleitoral, pela Oposição, das denúncias veiculadas pela revista Veja, a respeito do suposto envolvimento de membros do PSDB em ilicitudes praticadas no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2002 - Página 7472
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • REPUDIO, ATUAÇÃO, PARTIDO POLITICO, OPOSIÇÃO, MANIPULAÇÃO, ELEIÇÕES, TENTATIVA, ACUSAÇÃO, JOSE SERRA, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, CORRUPÇÃO, PRIVATIZAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD).

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O SR. ARTUR DA TÁVOLA (Bloco/PSDB - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a Casa está assistindo ao que era esperável: a exploração política de um fato jornalístico.

Estou muito à vontade para falar. Quem levantou a voz nesta Casa quando se acusou o Governador Olívio Dutra de estar mancomunado com os bicheiros - o que até hoje não ficou provado, nem sim nem não - fui eu, defendendo aqui a honradez de S. Exª, pelo menos a honradez suposta. E hoje assisto, nesta Casa, o de sempre: as flores do lodo, aqueles que se consideram mais éticos do que todo mundo, melhores do que os demais, superiores em qualidade moral, superiores em qualidade administrativa. E não atentemos para o que as pesquisas dizem a respeito dos governos deles, dos governos municipais deles, dos governos estaduais deles. Mas são os melhores, as mesmas vozes, até invocando a Bíblia, sibilinas por vezes, de onde menos se espera, porque não se espera voz sibilina de quem sempre enfrentou as coisas com franqueza; irônica, injusta, levantando sobre um Senador da Casa a hipótese do envolvimento.

O Senador Geraldo Melo foi absolutamente perfeito na sua fala. Onde existe um momento de envolvimento do Senador José Serra nesta questão, ou do Presidente da República? Pedaços de frases tiradas de um que falou para outro, que falou para outro, tentando envolver o Governo nesta matéria. Apuremos o que tiver que ser apurado.

De novo, os fantasmas da CPI, ameaça de CPI. Fizemos a CPI do Proer com o nosso apoio. Lembram-se V. Exªs o que diziam do Proer? A CPI do Proer terminou com elogio. E o mesmo Partido que já pregou a sublevação, que já pregou o fechamento do nosso mercado, que já pregou o mercado financeiro como a grande chaga deste País, que já se disse o partido socialista estatizante e que hoje mascara tudo isso numa posição de oportunismo eleitoral, este mesmo Partido vem aqui, para nós que conhecemos tão bem o que foi dito desta tribuna, defender teses absolutamente à direita daquelas que defendemos ao longo desse tempo. E quais representantes deste Partido hoje se levantam contra a política econômica proposta por seu candidato? Nenhum.

Portanto, repelimos o oportunismo eleitoral e proclamamos uma vez mais que estamos à disposição de qualquer investigação em relação à honradez de nosso candidato, à honradez de um Governo que, em oito anos, primou exatamente por essa qualidade. Para nós, a ética não é finalidade da nossa ação política; a ética é o fundamento da nossa ação política. Com ela agimos. Nós não somos políticos para ser éticos. Porque somos éticos, somos políticos, e não fazemos da ética e da moralidade, sobretudo da moralidade que é assacada contra os demais, inclusive os honestos, a principal bandeira de nossa caminhada nesta Casa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2002 - Página 7472