Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Análise da edição especial do Jornal Protetores da Vida, publicado pela Diretoria Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

Autor
Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Análise da edição especial do Jornal Protetores da Vida, publicado pela Diretoria Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2002 - Página 7508
Assunto
Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • COMENTARIO, PUBLICAÇÃO, MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE (MMA), PROGRAMA, IMPORTANCIA, CONVOCAÇÃO, SOCIEDADE CIVIL, CONSCIENTIZAÇÃO, PROTEÇÃO, RECURSOS NATURAIS, AMPLIAÇÃO, PRESERVAÇÃO, AREA ECOLOGICA, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, SETOR, EDUCAÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • ANALISE, ATIVIDADE ECONOMICA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, INVESTIMENTO, FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA, OPORTUNIDADE, CRIAÇÃO, EMPREGO, ESPECIFICAÇÃO, RECICLAGEM, CRESCIMENTO, UTILIZAÇÃO, ENERGIA EOLICA, REDUÇÃO, SETOR, EXTRATIVISMO.

  SENADO FEDERAL SF -

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SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Jornal Protetores da Vida, publicado pela Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, enfatiza, em sua edição especial alusiva ao programa “2002 em paz com a natureza”, a importância de se convocar todos os setores da sociedade para a permanente e mais intensiva tarefa de proteger os nossos inestimáveis recursos naturais.

Nesse rumo, definiu-se a tarefa de conscientização de todos como indispensável para se obter o desenvolvimento social, sem menosprezar as iniciativas de combate à degradação ambiental.

Se possuímos a maior biodiversidade de todo o mundo, cumpre-nos resguardá-la para todas as atuais e vindouras gerações, a fim de que todos usufruam da prodigalidade da natureza.

A prática conservacionista desse inavaliável patrimônio, se depende de ações do Governo, exige também a participação de cada indivíduo, a fim de que seja construído, implantado e usufruído um modelo que, sem ser excludente de desenvolvimento, mas com suas condenáveis pressões sobre os recursos ambientais, responda às exigências da sociedade e estabeleça a sua relação harmônica com o meio ambiente.

A esse propósito, sabe-se que a atividade econômica ambientalmente sustentável propiciou a criação de cerca de 14 milhões de empregos em todo o mundo.

Ao lado disso, o desenvolvimento de fontes renováveis de energia promove, a cada dia, novas oportunidades de geração de ocupações, como as dos setores de reciclagem e de nova manufatura.

Cita-se, como exemplo, a área de energia eólica, que está gerando empregos rapidamente, compreendendo as funções de meteorologistas eólicos, engenheiros estruturais, metalúrgicos e mecânicos, além de operadores de computador.

Portanto, afirmam os especialistas que “os empregos estarão mais ameaçados onde padrões ambientais são baixos e onde falta agilidade para inovações em prol de tecnologias mais limpas”.

Registra-se, a respeito, que, em 1999, existiam cerca de 80 mil empregos no setor, em todo o mundo, com atividade de fabricação e instalação de turbinas eólicas, número que apresentou crescimento de 100% nos últimos dois anos.

Ademais, a energia eólica deve representar 10% de toda a geração de eletricidade e emprego para algo em torno de um milhão e setecentas mil pessoas, até 2020.

Some-se a isso o fato de a área mundial de reciclagem processar mais de 600 milhões de toneladas de materiais anualmente, ocupando mais de 1 milhão e 500 mil pessoas e faturando 160 bilhões de dólares.

Nos Estados Unidos, a área de refabricação proporciona faturamento de 53 bilhões de dólares e cerca de 480 mil empregos diretos, duas vezes mais do que o número de ocupações na indústria de aço do país.

Também, o investimento em energia renovável e a sua utilização mais intensiva, assim como o uso de materiais que resultem em produtos de mais longa duração e que sejam reparáveis, podem gerar mais vagas ocupacionais do que a persistência em investir nas indústrias extrativas e de combustíveis fósseis.

Ainda que se reduzam empregos no setor extrativista e na indústria manufatureira, à conta de os produtos que não se desgastam rapidamente exigirem poucos reparos, poder-se-á contar com o equilíbrio das vagas, mediante o aumento da demanda de mão-de-obra nas áreas de recuperação, reciclagem e aperfeiçoamento de produtos.

Isso não invalida a necessidade de se reconhecer que os trabalhadores, sobretudo os das áreas de mineração, extração de madeira, combustíveis fósseis e indústrias de chaminé, alcançados pela perda da atividade em conseqüência das políticas ambientais, devem merecer ajuda financeira e outros benefícios que contribuam para o exercício de nova profissão.

Nesse contexto, defende com propriedade o Jornal Protetores da Vida que a questão ambiental há de ser vista associada às demais políticas sociais e econômicas, uma vez que o progresso almejado deve resultar de ações públicas que atendam aos requisitos de bem-estar da maioria, no campo social e no econômico, sem que os métodos utilizados provoquem danos sem reparo ao patrimônio ambiental.

Por isso mesmo, o Ministério do Meio Ambiente ampliou as áreas preservadas e investiu decisivamente na formação de educadores ambientais, objetivando consolidar uma nova consciência ambiental.

Além de ampliar a área preservada, evitaram-se alterações do novo Código Florestal, porquanto reduziriam o patrimônio natural e prejudicariam a biodiversidade abrigada nas matas do País.

A magna tarefa de preservação contínua do meio ambiente compreende esforços tendentes a minorar a erosão as terras; consolidar as dunas; implantar faixas de proteção ao longo das rodovias e ferrovias; auxiliar a defesa do território nacional, quando requerido pelas autoridades militares; proteger os sítios de notável beleza ou de valor histórico ou científico; cuidar dos exemplares da fauna e da flora, quando ameaçados de extinção; manter o ambiente necessário à vida dos povos indígenas; e garantir condições de bem-estar público.

Em resumo de nossa exposição, o Jornal Protetores da Vida, o Projeto de Educação Ambiental Protetores da Vida e o Movimento de Proteção à Vida prestam inestimável contribuição para o êxito cada vez mais célere e pleno das meritórias campanhas de preservação do meio ambiente.

Era o que tínhamos a dizer.

 


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2002 - Página 7508