O SR. EDISON LOBÃO (PFL - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esteve bem inspirado o Senador Luiz Otávio quando solicitou esta homenagem.

Criada há 60 anos, a Companhia Vale do Rio Doce passou a ser sinônimo de sucesso e de êxito em tudo quanto fazia e faz. Sempre que se quis dar um exemplo de ação dinâmica neste País, em matéria de administração, citou-se, ao longo desses anos, a Companhia Vale do Rio Doce.

O entusiasmo, ao longo desse tempo, não era apenas das autoridades governamentais e sequer dos diretores da Vale, mas também de seus funcionários.

A Vale, por todo esse tempo, foi responsável pela criação de inúmeras outras empresas, graças à sua presença dinâmica e fecunda no que diz respeito ao interesse nacional.

No início, imaginava-se que se tratava de uma empresa de Minas Gerais; depois veio o conceito de que também pertencia ao Espírito Santo. Mais tarde foi o Maranhão quem se beneficiou da presença da Companhia Vale do Rio Doce.

E quando digo que foi geradora de tentáculos produtivos dou um exemplo: a grande usina de Tucuruí, sem a qual este País, no ano passado, teria paralisado inteiramente as suas atividades, só foi possível graças a um conjunto de circunstâncias, entre as quais a presença da Companhia Vale do Rio Doce, no Maranhão, para transportar o minério até São Luís, para a Alcoa, que ali produz e exporta alumínio.

Na mesma ocasião, com motivação, veio a Albras, no Pará, pertencente à Vale do Rio Doce e a uma outra empresa japonesa. Esses grandes consumidores de energia elétrica foram, portanto, os motivadores do surgimento de Tucuruí, que não surgiria também sem a presença da Companhia Vale do Rio Doce.

Devo dizer que o nosso País, a partir de 1964, passou por uma fase de grande desenvolvimento, com a criação de dezenas de estatais, mas a Vale do Rio Doce precedeu a tudo isso, dando o exemplo às novas estatais que surgiam.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu era Senador, em 1986, quando o Presidente da República, José Sarney, encaminhou ao Senado uma mensagem autorizando um empréstimo de US$200milhões do Banco Central à Vale do Rio Doce, para que ela investisse tais recursos em minas de ouro. Naquela época, todo o ouro brasileiro praticamente era exportado como contrabando para os países vizinhos.

A mensagem presidencial propunha não apenas um empréstimo, mas a redução do imposto sobre o ouro para apenas 1% por tratar-se de um ativo financeiro. Foi uma dificuldade muito grande a aprovação daquela mensagem. Mas, uma vez aprovada, os resultados vieram rapidamente, porque a Vale do Rio Doce, com a sua competência de sempre, soube aplicar tais recursos e obter com eles rendimentos para a grande companhia brasileira neste País.

Congratulo-me com o Senador Luiz Otávio pela iniciativa de S. Exª e apresento cumprimentos efusivos à Companhia Vale do Rio Doce por tudo o que ela significa hoje para o Brasil e por tudo que ela significou ao longo destes 60 anos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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