Discurso durante a 93ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

IMPLANTAÇÃO NO PROXIMO ANO, PELA COMPANHIA DO RIO DOCE, DO "PROJETO SOSSEGO", EM CANAÃ DOS CARAJAS, DESTINADO A PRODUÇÃO DE COBRE A SER ESCOADA PELO PORTO DE ITAQUI, EM SÃO LUIS, MARANHÃO.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA MINERAL.:
  • IMPLANTAÇÃO NO PROXIMO ANO, PELA COMPANHIA DO RIO DOCE, DO "PROJETO SOSSEGO", EM CANAÃ DOS CARAJAS, DESTINADO A PRODUÇÃO DE COBRE A SER ESCOADA PELO PORTO DE ITAQUI, EM SÃO LUIS, MARANHÃO.
Publicação
Publicação no DSF de 22/06/2002 - Página 12993
Assunto
Outros > POLITICA MINERAL.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL, INFORMAÇÃO, POSTERIORIDADE, IMPLANTAÇÃO, PROJETO, PRODUÇÃO, COBRE, CRIAÇÃO, EMPREGO, AUMENTO, EXPORTAÇÃO.

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O SR. EDISON LOBÃO (PFL - MA) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Companhia Vale do Rio Doce dará início, no próximo ano, a um relevante projeto de produção de cobre, orçado em US$ 380 milhões. A produção estará concentrada no município de Canaã dos Carajás, no Pará, e será escoada pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). Dali partirá toda a produção do concentrado de cobre para os mercados nacional e internacional.

A implantação do chamado “Projeto Sossego”, em Canaã dos Carajás, resultará, conseqüentemente, em investimentos no Maranhão. Esse é um fato alvissareiro para a economia do meu Estado. O projeto encontra-se na fase de terraplenagem, devendo as obras físicas serem iniciadas no final deste ano. A previsão é de que a mina de Canaã comece a produzir no primeiro semestre de 2004, respondendo pelo volume diário de 400 toneladas de cobre concentrado. Tais reservas estão estimadas em 313 milhões de toneladas.

Toda a produção do “Projeto Sossego” seguirá de caminhão até Parauapebas, no Pará, onde será transferida para a Estrada de Ferro de Carajás, com destino ao Porto do Itaqui. Ali, receberá uma pequena instalação de armazéns fechados para estocar o concentrado de cobre, e um transportador de correias até o píer 2, operado pela Vale.

Na sua fase de implantação, o projeto responderá pela geração de três mil novos empregos diretos e indiretos, o que dá a dimensão da importância social da empreitada. Quando estiver em operação, garantirá cerca de 600 postos de trabalho diretos e 1 mil e 500 indiretos. Além do Sossego, a Vale do Rio Doce pretende implantar os projetos Cristalino, Alemão, 118 e Salobo, todos localizados na região de Carajás, no Pará.

A previsão é de que esses projetos entrem em operação até 2007. Vão alcançar uma produção de 690 mil toneladas/ano de cobre. Atualmente, só a mina de Caraíba, no Estado da Bahia, responde pela produção de cobre no país, e assim mesmo com um volume de 30 mil toneladas/ano, insuficiente para tirar o Brasil da condição de grande importador do metal.

Com o início das operações do “Projeto Sossego”, o Brasil terá condições de reverter a situação de importador para exportador de cobre, metal largamente utilizado em variados segmentos produtivos, seja como condutor de energia elétrica, seja na arquitetura, na construção civil, na indústria naval e na indústria química, entre outras atividades industriais. Desnecessário, portanto, ressaltar a importância do projeto para o equilíbrio de nossas contas externas.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Companhia Vale do Rio Doce tem sido, ao longo dos anos, uma alavanca do desenvolvimento nacional, gerando empregos e projetando de forma competitiva a nossa economia no cenário internacional. É uma empresa que orgulha a todos os brasileiros. O seu sucesso é uma marca constante: ocorreu na fase em que era estatal e prossegue, agora, comandada pelas mãos da iniciativa privada. Não é sem motivo, portanto, que, em diversas outras oportunidades, tenho tido a satisfação de enaltecer a atuação dessa empresa genuinamente nacional.

Em março deste ano, destaquei desta tribuna a inauguração, em São Luís do Maranhão, da usina de pelotização da Companhia Vale do Rio Doce, empreendimento de US$ 408 milhões. Uma obra da maior envergadura e importância para a economia maranhense e do país. A unidade se constitui na maior e mais moderna usina desse tipo no mundo. Consolida no mercado mundial a presença da empresa, a mais destacada mineradora do planeta, no mercado internacional de pelotas. Neste mês, com a entrada em operação plena da usina, ficará elevada para 31 milhões de toneladas por ano a capacidade de produção de pelotas da Vale do Rio Doce no Brasil. Toda a produção da nova usina de pelotização será destinada ao mercado externo, atendendo principalmente a compradores de países asiáticos, do Oriente Médio e da América Central. A pelota produzida em São Luís, de alto padrão de qualidade, é também originária do minério que vem de Carajás por estrada de ferro, essa ferrovia - gigantesca obra também da iniciativa da Vale do Rio Doce - que, no passado, chegou a ser criticada pelo pessimismo dos que não conhecem o Brasil.

O fato é que nos proporciona grande regozijo o caráter empreendedor da Companhia Vale do Rio Doce. No dia 04 deste mês, em sessão solene nesta Casa em homenagem aos 60 anos da empresa, vários oradores já fizeram justiça a essa empresa, enaltecendo a sua extraordinária ação construtiva em prol do desenvolvimento brasileiro.

Ainda recentemente, nos dias sombrios da crise energética, lembrou-se que se devia à Vale do Rio Doce, entre tantas das suas atuações, a importante participação na construção da usina hidrelétrica de Tucuruí, sem a qual o país teria comprometido ainda mais as suas atividades.

Falar da Vale do Rio Doce e de seus projetos é como falar de uma tradicional instituição brasileira, sempre tão bem comandada por pessoas altamente qualificadas, de capacidade empreendedora, que têm oferecido, juntamente com os servidores da Vale, uma importante contribuição à economia de nosso País.

Empresas como essa, Sr. Presidente, asseguram a confiança do povo na criatividade e eficiência das nossas lideranças empresariais. E devem estimular o apoio que não lhes pode faltar para que prossigam e prosperem nas atividades que desenvolvem com tanta eficiência.

Era o que tinha a dizer.

Obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/06/2002 - Página 12993