O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a intervenção que faço hoje tem como objetivo homenagear uma empresa pública que alcançou, nos últimos anos, um excelente nível de desempenho. Uma empresa que, por meio de um trabalho sério, meticuloso, objetivo e consistente, vem mostrando aos brasileiros como é possível, na esfera pública, realizar uma administração lucrativa e bem-sucedida, com resultados concretos que retornam na forma de benefícios para toda a sociedade. Vemos, assim, fulminado o mito secular de que tudo o que provém ou tem a mão do Estado é problemático, por inoperância ou continuada geração de prejuízo.

Estou me referindo à Infraero - Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária, que completa 29 anos de existência e acumula, ao longo dessas quase três décadas de operação, um respeitável cabedal de serviços aos usuários brasileiros e estrangeiros de transporte aéreo. Responsável pela administração de 65 aeroportos e 83 estações de apoio à navegação aérea, que se espalham pelos nossos 26 Estados e Distrito Federal, a empresa representa segurança, conforto e tranqüilidade para o crescente número de cidadãos que utilizam os nossos aeroportos.

Que não se tenha qualquer dúvida sobre como a empresa conquistou essa posição de relevo e destaque: ela é fruto do empenho de seus dirigentes, pessoal administrativo e de operações, que, sob o comando dinâmico de Fernando Perrone, implementaram uma gestão admirável pela sua operosidade e pelos resultados efetivamente conquistados.

No fechamento de seu último balanço, por exemplo, a empresa registrou um lucro de R$ 342 milhões, quase 35 por cento superior ao verificado no ano anterior; o faturamento chegou a R$ 1,47 bilhão, uma evolução de mais de 16 pontos percentuais. Enquanto isso, as despesas, no mesmo período, tiveram um acréscimo de menos de dois por cento.

Esses resultados, que evidenciam uma gestão de alta qualidade, consolidada com firmeza ao longo dos anos mais recentes, ensejaram a conquista de inúmeros prêmios, de âmbito nacional, como o título de “melhor empresa de serviços públicos de 2000”, na consagrada seleção Melhores e Maiores, promovida anualmente por uma de nossas principais publicações de economia e negócios, a revista Exame. Menciono também o título de “empresa mais rentável no setor de serviços”, concedido pelo jornal Valor Econômico, por meio do anuário Valor 1000, que executa uma completa radiografia do cenário empresarial brasileiro.

Nesse capítulo de destaques e premiações, a Infraero aparece também, no Relatório Anual da Gazeta Mercantil, como a “maior empresa do Brasil na categoria transporte e logística/portos e aeroportos”, tendo recebido ainda o prêmio destaque de comércio exterior, na área de logística, da Associação Brasileira dos Exportadores e da Secretaria de Comércio Exterior.

O inquestionável reconhecimento do mercado e de alguns de seus principais agentes deve-se, naturalmente, ao desempenho da empresa, que tem conseguido aumentar o nível de seus negócios e garantir ganhos substantivos de produtividade. E aqui também tudo está baseado em números: nos últimos quatro anos, a receita da Infraero cresceu 61,5 por cento, enquanto o número de passageiros que utilizaram os aeroportos nacionais aumentou 34,5 por cento, o que demonstra um incremento considerável de eficiência.

É certo que a empresa se vem beneficiando da significativa expansão do mercado brasileiro de transporte aéreo, que fechou o ano de 2001 com um aumento de 8,7 por cento, sendo 11 por cento nos vôos domésticos, exatamente o dobro da média mundial do setor. Contudo, não fosse pela atuação estratégica, ampla e positivamente agressiva da empresa, comandada por Fernando Perrone, provavelmente não teríamos indicadores de desempenho tão elevados quanto os mencionados.

E quero aqui sublinhar algumas iniciativas relevantes da gestão de Fernando Perrone, que certamente contribuem de forma decisiva para a excelente performance e pela boa imagem da Infraero junto aos diversos segmentos alcançados pela sua atuação. O primeiro deles é a preocupação constante com a melhoria da qualidade da administração de nossos aeroportos, seguindo-se a ampliação e modernização da malha aeroviária nacional, percebida por todos os usuários, e efetuadas sem onerar o contribuinte, ao contrário, concedendo dividendos ao Tesouro Nacional. Em seguida, temos o chamado Aeroshopping, um empreendimento que estimula a instalação de lojas em aeroportos, com atrativos para consumo e lazer, por meio de planejamento criterioso, que inclui desde o projeto das obras, com a disposição dos espaços, o mix de lojas e marcas, sinalização, promoções e divulgação.

Publicamente reconhecida por importantes setores, entre eles, as principais publicações de negócios do País, a Infraero - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária “é uma empresa pública que dá certo”, para utilizar a feliz expressão de seu Presidente, Fernando Perrone, esse dinâmico advogado e administrador de empresas carioca, pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas, que há dois anos conduz os destinos da empresa.

Contudo, concluindo, Sr. Presidente, eu diria que a Infraero cresce e se afirma, ganha respeito e visibilidade, porque tem sabido, sobretudo, centrar o foco de sua atuação no usuário final dos serviços aeroportuários, ou seja, nos milhões de brasileiros que cotidianamente, por necessidade de trabalho ou pelo simples lazer, utilizam os nossos aeroportos. Quero, enfim, congratular-me com Fernando Perrone pela excelência do trabalho que realiza na Infraero e, claro, com todos os funcionários da empresa que, com seu talento e dedicação, conquistam a admiração de todos nós.

Muito obrigado.