Pronunciamento de Romero Jucá em 26/06/2002
Discurso durante a 96ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEUDO DA REVISTA AGUAS DO BRASIL, PUBLICADA TRIMESTRALMENTE PELA SECRETARIA NACIONAL DOS RECURSOS HIDRICOS.
- Autor
- Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
- CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEUDO DA REVISTA AGUAS DO BRASIL, PUBLICADA TRIMESTRALMENTE PELA SECRETARIA NACIONAL DOS RECURSOS HIDRICOS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 27/06/2002 - Página 13620
- Assunto
- Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
- Indexação
-
- ELOGIO, ATUAÇÃO, SECRETARIA, AMBITO NACIONAL, RECURSOS HIDRICOS, MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE (MMA), PUBLICAÇÃO, PERIODICO, AGUAS DO BRASIL, INICIATIVA, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), CRIAÇÃO, AGENCIA, MELHORIA, GESTÃO, UTILIZAÇÃO, AGUA, DEBATE, RECUPERAÇÃO, RIO SÃO FRANCISCO, ANALISE, IMPORTANCIA, ABASTECIMENTO DE AGUA, POPULAÇÃO.
- DEFESA, DISTRIBUIÇÃO, PERIODICO, AGUAS DO BRASIL, ESCOLA PUBLICA, INFORMAÇÃO, CRIANÇA, JUVENTUDE, IMPORTANCIA, PRESERVAÇÃO, AGUA.
O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, com muita satisfação recebi o mais recente número da revista Águas do Brasil, publicação trimestral da Secretaria Nacional dos Recursos Hídricos, órgão do Ministério do Meio Ambiente. Trata-se de um veículo de grande importância, que se vem afirmando gradualmente e cumpre o duplo papel de manter o debate continuado de um tema decisivo para toda a humanidade, ao tempo que reúne matérias especiais, entrevistas, artigos de especialistas e informações de interesse geral.
É certo que o tema da água tem, aqui entre nós, no Senado, pelo menos um grande aficionado e especialista, o eminente Senador Bernardo Cabral, que já produziu uma alentada bibliografia, referência hoje no Brasil e no mundo da lusofonia. Contudo, faço esta incursão em tão fascinante assunto como alguém que reconhece a consensual relevância da matéria e a necessidade de ampliarmos o debate na conquista de novas consciências para uma questão de dimensões formidáveis e que diz respeito, direta e indistintamente, a todos os habitantes do planeta. Lembro também, por oportuno, que, no último dia 17 de junho, tivemos a passagem do Dia Mundial de Combate à Desertificação, essa ameaça constante e de proporções cada vez maiores que paira sobre todos nós. Assim que, por tudo isso, permito-me discorrer, ainda que tangencialmente, sobre a matéria, analisando o último número de um produto editorial da qualidade da revista Águas do Brasil.
Para nossa alegria, a publicação alcança, em 2002, o seu terceiro ano de circulação. E o último número mostra que o gerenciamento do uso da água vem tomando impulso nas distintas regiões do Brasil, com a implantação de comitês de bacias e consórcios intermunicipais. Nesse sentido, o Estado de Santa Catarina sai na frente e dá o exemplo com a Agência de Água do Vale do Itajaí, criada na cidade de Blumenau, e que certamente contribuirá para melhorar de forma substantiva a gestão do uso da água. Dessa Agência participam 21 entidades regionais, de associações de municípios a sindicatos e universidades.
Entrevista com o representante da CNA - Confederação Nacional da Agricultura no Conselho Nacional de Recursos Hídricos, engenheiro Jairo Lousa, revela o constante e crescente envolvimento dos pequenos produtores rurais com as ações destinadas a privilegiar o uso racional das águas. Além disso, oferece uma outra imagem dos chamados “irrigantes”.
A matéria de capa é dedicada ao rio São Francisco, o velho Chico, que, com a implantação do comitê de bacia, terá incrementado o seu papel de vetor do desenvolvimento regional. Esse comitê, na avaliação de especialistas, deve funcionar como uma espécie de parlamento, para discutir a revitalização e o uso adequado do São Francisco.
Um outro assunto, de extrema relevância, abordado no mais recente número de Águas do Brasil é o IV Diálogo Interamericano de Gerenciamento de Águas, realizado no segundo semestre de 2001, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu, com representantes de 52 países. Em documento que consubstanciou a Declaração de Foz do Iguaçu, os participantes postularam a garantia universal de acesso à água como direito humano básico e a utilização da água como fator essencial para a preservação dos ecossistemas.
Dois outros temas tratados pela revista merecem ainda a nossa atenção: a aqüicultura cearense, evidenciando a procedente e oportuna preocupação dos pescadores daquele Estado, de olhos voltados para a qualidade da água e sua influência na exportação; e uma esclarecedora matéria sobre dessalinizadores, equipamentos que vêm sendo instalados na região do semi-árido, mas que reclamam manutenção regular.
Na realidade, não conheço a mailing list da revista Águas do Brasil, mas espero que tenha tiragem e distribuição capazes de fazê-la chegar também às nossas escolas, e não me refiro aqui apenas ao ensino superior, mas às escolas de nível médio de todo o País. Além disso, penso que é da maior importância torná-la disponível na rede brasileira de bibliotecas, permitindo uma maior visibilidade e um amplo acesso por parte dos estudantes e da população em geral. Todos poderão, dessa forma, não apenas ilustrar-se, mas de fato descobrir e conhecer uma série de conceitos relevantes, adquirindo meios de contribuir cotidianamente para a preservação desse elemento indispensável para a vida das espécies.
De parabéns estão todos os profissionais envolvidos na concepção, redação, produção e distribuição da revista Águas do Brasil, bem como os dirigentes da Secretaria de Recursos Hídricos, na figura do Secretário Raymundo José Santos Garrido, o Ministério do Meio Ambiente e, naturalmente, os brasileiros que têm à disposição uma publicação que coloca em perspectiva, com extrema propriedade, o tema da água, no Brasil e no mundo.
Muito obrigado.
vb0624a3/200202355