Discurso durante a 104ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenageia o Dia do Maçom.

Autor
Lindberg Cury (PFL - Partido da Frente Liberal/DF)
Nome completo: Lindberg Aziz Cury
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenageia o Dia do Maçom.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2002 - Página 15635
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MAÇONARIA, OPORTUNIDADE, RECONHECIMENTO, RELEVANCIA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, PAIS.

O SR. LINDBERG CURY (PFL - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, companheiros, componentes da Mesa Laelso Rodrigues, Soberano Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil; Edelcides Lino de Melo, Sereníssimo Grão-Mestre Geral das Grandes Lojas; meu amigo Deputado Gim Argelo, Presidente da Câmara Distrital do Distrito Federal; Presidente da Ação Maçônica Juvenil, DeMolay, demais maçons aqui presentes; Srªs e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, eu estava há poucos minutos no Gama, quando recebi uma informação muito importante: o Presidente Mozarildo Cavalcanti solicitava a minha presença neste plenário, para saudar o 20 de agosto, Dia Nacional do Maçom.

Confesso aos senhores que não sou maçom, mas, na minha família, há participantes atuantes da instituição, principalmente na cidade de Anápolis, onde marcaram época.

A primeira vez que ouvi falar na Maçonaria eu tinha oito anos de idade e ia ser batizado numa Igreja Católica. Lamentavelmente, a primeira pergunta que fizeram ao meu padrinho foi se ele era maçom. Imediatamente, aquele batismo foi suspenso. Ingressei, mais tarde, dentro do evangelismo, na Igreja Presbiteriana e verifiquei que lá também havia essas discriminações. Mas, felizmente, a inspiração na Bíblia, no dom da palavra de Cristo e nos apóstolos fez com que a Maçonaria abrisse um campo dentro da Igreja Presbiteriana, que passou a se denominar Igreja Presbiteriana Independente, porque o número de fiéis era muito grande.

A Maçonaria teve seu trabalho muito bem esboçado pelos dois Senadores que me antecederam, Mozarildo Cavalcanti e Maguito Vilela - hoje, candidato a Governador do Estado de Goiás -, que falaram do histórico da Maçonaria. Mas eu não gostaria de estar ausente, principalmente no momento em que se relembram fatos importantes da História mundial e do nosso Brasil - mundial quando se fala em Igualdade, Fraternidade e Liberdade, lema instituído na França e que os maçons carregaram pelo mundo como uma filosofia de vida.

Podemos relembrar, também, a performance da Maçonaria no contexto da abolição da escravatura. A escravidão existia, predominava e foi abolida graças ao trabalho eficiente das autoridades, dos nossos historiadores maçons.

Ao longo desses anos, a Maçonaria tem participado indiretamente, mas de uma maneira muito objetiva, na formação do caráter da nossa própria sociedade. Por algumas vezes, fui convidado a proferir palestras em diversas Casas Maçônicas em Brasília, e sempre observei que diversos amigos meus ali estavam, e eram pessoas sérias, batalhadoras, competentes e que trabalhavam pela preservação da democracia no nosso País.

No Estado brasileiro, ela teve também uma atuação muito importante, até por intermédio das autoridades aqui citadas: poderíamos lembrar do poeta Castro Alves e de tantos outros que colocaram o brilho da sua inteligência a serviço da comunidade. O que há de mais importante nisso tudo é que esse trabalho não é levado ao conhecimento público, é feito entre paredes, com repercussão para todas as cidades e para todos os países do mundo onde predomina a Maçonaria.

Creio que a Maçonaria prestou serviços relevantes em todas as fases da nossa História. Hoje, vejo, diante de um contexto eleitoral e político que se avizinha - temos uma conturbação de nomes, principalmente em Brasília, onde há mais de setecentos candidatos a Deputado Distrital, outros tantos a Deputado Federal -, em que o voto é a coisa mais sagrada que temos pois vai fazer com que o nosso País seja dirigido por políticos capazes, honestos e competentes, que a Maçonaria tem o papel preponderante de orientar, escolher e fazer com que o nosso voto e o do povo não sejam direcionados para aqueles que não mereçam a condição de nos representar. O voto é uma arma muito importante e, por essa razão, creio eu, deveríamos trabalhar, mesmo numa fase onde existe o impacto emocional no direcionamento dos votos, para que a representação dessa Maçonaria, que é respeitada por todos, seja evidentemente ouvida, direta ou indiretamente.

São 600 lojas, como citou o nosso companheiro e Senador Maguito Vilela, direcionadas para obras sociais, para o combate à droga, para a orientação profissional e até espiritual, para que tenhamos um Brasil mais idôneo, mais responsável. E o quadro da Maçonaria é formado por pessoas da melhor qualidade, escolhidas dentro da sociedade.

Por essa razão, Sr. Presidente, faço este pronunciamento, sem ao menos ter preparado algo para falar, para valorizar essa categoria de homens que respeitam os princípios básicos que deveríamos levar sempre à frente, que são a igualdade, a liberdade e a fraternidade.

Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2002 - Página 15635