Pronunciamento de Jonas Pinheiro em 04/09/2002
Discurso durante a 107ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Repúdio às declarações do Senador Antero Paes de Barros, segundo as quais seriam da iniciativa de sua excelência as medidas adotadas pelo Ibama do Mato Grosso relativas à suspensão do manejo florestal e impedimento do transporte de madeira para as serrarias.
- Autor
- Jonas Pinheiro (PFL - Partido da Frente Liberal/MT)
- Nome completo: Jonas Pinheiro da Silva
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ELEIÇÕES.:
- Repúdio às declarações do Senador Antero Paes de Barros, segundo as quais seriam da iniciativa de sua excelência as medidas adotadas pelo Ibama do Mato Grosso relativas à suspensão do manejo florestal e impedimento do transporte de madeira para as serrarias.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/09/2002 - Página 16823
- Assunto
- Outros > ELEIÇÕES.
- Indexação
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- CRITICA, ANTERO PAES DE BARROS, SENADOR, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), FALTA, ETICA, CAMPANHA ELEITORAL, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), CALUNIA, ATUAÇÃO, ORADOR, PREJUIZO, EMPREGO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, REFERENCIA, DECISÃO, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), SUSPENSÃO, PROJETO, MANEJO ECOLOGICO, FLORESTA, EXPLORAÇÃO, MADEIRA.
- REPUDIO, TENTATIVA, PREJUIZO, REPUTAÇÃO, ORADOR, CAMPANHA ELEITORAL, REELEIÇÃO, SENADO, REITERAÇÃO, APOIO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, SETOR, MADEIRA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
O SR. JONAS PINHEIRO (PFL - MT. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, segundo matérias divulgadas pela imprensa de Mato Grosso, o Senador Antero Paes de Barros declarou que a decisão tomada pelo Ibama daquele Estado de suspender os projetos de manejo florestal sustentado e de impedir o transporte de madeira para as serrarias teve objetivo puramente eleitoreiro, inclusive porque foi tomada com a participação do atual Superintendente daquele órgão em Cuiabá, Dr. Leôncio Pinheiro, que é meu irmão.
Por meio de folhetos, o Senador Antero divulgou, por todo o Estado de Mato Grosso, a medida adotada pelo Ibama, vinculando-a ao meu parentesco com o Superintendente daquele instituto.
No citado folheto, procurou-se, de maneira contundente, vincular a decisão do Ibama à minha pessoa e colocar o ex-Governador Dante de Oliveira, também candidato ao Senado, o Senador Antero Paes de Barros, candidato ao Governo de Mato Grosso, e o Deputado Ricarte de Freitas, do PSDB e também candidato à reeleição, como os que fizeram gestões junto ao Ibama, em Brasília, para conseguir a suspensão daquela medida adotada, que contrariava boa parte dos mato-grossenses. Com isso, colocaram-se como salvadores do emprego de 50 mil trabalhadores do setor madeireiro no norte de Mato Grosso e eu como o vilão da história.
Sr. Presidente, esse procedimento é uma tentativa abominável de envolver meu nome em medidas impopulares, que causam desgosto a milhares de famílias, colocando-me contra os interesses dos empresários e dos trabalhadores do setor madeireiro, com o único, claro e sórdido objetivo de denegrir a minha imagem e de comprometer a minha reeleição ao Senado Federal. Uma prática desleal, porque faz vinculações sem razões para isso e sem nenhuma base de verdade.
Quero, portanto, desta tribuna, manifestar meu repúdio a essa matéria veiculada por aqueles senhores do PSDB com a insinuação de que eu estaria por trás de medidas tomadas pelo Ibama de Mato Grosso, apoiado na relação de parentesco que tenho com o Superintendente daquele Instituto naquele Estado.
Vê-se claramente que aqueles homens públicos, ainda acostumados com a velha politicagem de se promoverem à custa de denegrirem a imagem de outros candidatos, aproveitaram-se de uma decisão do Ibama de Mato Grosso, da cidade de Sinope, cujo mérito não me cabe comentar aqui, para classificá-la como eleitoreira, e fazer alarde disso como se essa decisão atendesse aos meus interesses e favorecesse a minha reeleição. Aliás, para ser bem claro e lógico, não vejo como uma decisão dessa ordem pode favorecer-me politicamente ou trazer mais apoio à minha candidatura.
Portanto, Sr. Presidente, repudio tanto a insinuação quanto os procedimentos desses senhores políticos. Ao longo dos meus vinte anos de vida parlamentar, sempre estive apoiando o setor madeireiro em todas as iniciativas que objetivam valorizá-lo. Entendo a importância dessa atividade para a região norte de Mato Grosso, uma vez que ela é responsável por quase 10% da economia mato-grossense, além de sua importância para manutenção e geração de empregos naquela região.
Como Deputado Federal e Senador, sempre estive acompanhando muito de perto aquele setor produtivo e também a problemática ambiental, de modo que esse setor, cada vez mais, tenha suas atividades convergidas para a sustentabilidade, não comprometendo o ecossistema ou a ele causando danos irreparáveis, e seja fiel às leis ambientais e a elas tenha respeito intransigente.
Por isso, sempre tive o apoio inconteste dos legítimos representantes do setor madeireiro em Mato Grosso, comprometidos com o setor e com o ecossistema. Prova disso é a expressiva votação que sempre obtive nos Municípios da região norte, cuja atividade madeireira é a mais expressiva. Querer manipular isso é algo sórdido e que não se coaduna com a realidade dos fatos nem com a modernidade dos tempos de hoje.
Desse modo, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, reitero o meu protesto ao procedimento adotado pelo Senador Antero Paes de Barros, com a participação do ex-Governador Dante de Oliveira, dizendo que essa atitude, na realidade, mostra a que ponto o desespero toma conta daqueles candidatos, levando-os a se valerem de apelações, coisa muito própria, aliás, daqueles que não têm serviço para mostrar e que têm que se valer de argumentos mirabolantes que a sua imaginação ociosa cria, para buscar o apoio dos representantes do setor madeireiro de Mato Grosso.
Muito obrigado.