Pronunciamento de Benício Sampaio em 22/10/2002
Discurso durante a 116ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Regozijo pelo transcurso do Dia do Piauí, ocorrido em 19 de outubro último.
- Autor
- Benício Sampaio (PPB - Partido Progressista Brasileiro/PI)
- Nome completo: Benício Parente de Sampaio
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
- Regozijo pelo transcurso do Dia do Piauí, ocorrido em 19 de outubro último.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/10/2002 - Página 18517
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), REGISTRO, DADOS, EVOLUÇÃO, QUALIDADE DE VIDA, EDUCAÇÃO, SAUDE, POPULAÇÃO, REGIÃO.
- COMENTARIO, REALIZAÇÃO, MUNICIPIO, TERESINA (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), SEMINARIO, AMBITO INTERNACIONAL, PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PERIODO, GLOBALIZAÇÃO, REGISTRO, IMPORTANCIA, INICIATIVA, GOVERNO FEDERAL, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, REGIÃO NORTE, REGIÃO NORDESTE, PAIS.
O SR. BENÍCIO SAMPAIO (Bloco/PPB - PI) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com imensa satisfação que registro o transcurso do Dia do Piauí, ocorrido em 19 de outubro último. Mais do que uma data estadual de alta significação para todos nós piauienses, este dia representa um sempre oportuno momento de reflexão acerca dos caminhos que nosso Estado, perfeitamente integrado à Federação brasileira, vem seguindo. Uma reflexão ainda mais apropriada, especialmente em um ano como este, de 2002, no qual os eleitores do Piauí e de todo o Brasil renovam suas esperanças na atividade política como instrumento fundamental para o desenvolvimento social e econômico.
Em sua história de mais de três séculos, iniciada na segunda metade do XVI, com a ocupação dos sertões pelos colonizadores, seu povo tem oferecido demonstrações concretas de afinidade com o projeto de nação que envolve e motiva a todos nós em um cotidiano de lutas, sacrifícios e conquistas, porque esta é a saga da gente brasileira.
Em meio aos inúmeros desafios que se apresentam ao nosso Estado, vimos conseguindo superar dificuldades e alcançamos índices positivos de desempenho nas mais diversas áreas, da educação ao saneamento básico, da agricultura ao turismo, da energia aos transportes. O documento Piauí Visão Global, recentemente editado pela Secretaria Estadual de Planejamento, aponta, por exemplo, uma evolução do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - de 0,288 para 0,534 entre os anos 1970 e 1996. Foi assim que o Piauí passou a integrar o grupo das 16 unidades da federação com o denominado índice médio de desenvolvimento humano.
Os números apontam uma consistente evolução da qualidade de vida do povo piauiense, suportada por evoluções no campo da educação, com a taxa combinada de matrícula nos três níveis de ensino - fundamental, médio e superior -, saindo de 38 por cento, em 1970, para 66,1 por cento, em 1996. No que se refere à expectativa de vida, houve, no mesmo período, um acréscimo de cerca de 15 anos, enquanto que o Produto Interno Bruto real, em idêntico espaço de tempo, variou de 434 dólares para mais de dois mil dólares norte-americanos, conforme registro de 1996.
Contudo, Srªs e Srs. Senadores, embora altamente auspiciosos, esses números, auditados por organismos internacionais independentes, não encobrem e tampouco nos afastam do enfrentamento dos grandes e gritantes problemas que remanescem no Piauí. São questões, novas e antigas, que reclamam a continuada atenção das lideranças políticas locais, mas também do Governo Federal. Para citar um exemplo contemporâneo, registre-se a seca que ora castiga o Piauí e sua gente; o desemprego que degrada famílias e empurra para ondas migratórias constantes números expressivos de nossos cidadãos. Retome-se também a educação, que como vimos experimentou avanços, mas ainda está muito aquém das necessidades populares, da efetiva universalização do ensino fundamental, de qualidade, capaz de promover o progresso social consistente. Mencione-se ainda a saúde, que com alternativas simples, criativas e não necessariamente onerosas, pode aplacar e minorar o sofrimento de amplos segmentos da nossa população, sobremodo daqueles que não encontram abrigo em nenhuma malha de proteção social.
Há poucos meses, Teresina foi sede do seminário internacional Planejamento do Desenvolvimento Sustentável em Tempos de Globalização, evento de alta importância para a região, que inclusive motivou-me a um discurso neste plenário. Pois bem; elencamos, então, uma gama de ações que reclamam, além do envolvimento de nossa sociedade, o comprometimento do Governo brasileiro, por intermédio de suas diversas agências, eventualmente com apoio de organismos internacionais financiadores, no sentido de concertar iniciativas capazes de melhorar o padrão de vida dos homens, mulheres e crianças que dão vida, expressão e sentido ao Norte e Nordeste deste País. E essas ações são exatamente o contrário, por exemplo, da simples extinção, embora com virtuais justificativas, de órgãos como Sudene e Sudam. Na realidade, atitudes políticas dessa natureza simplesmente evidenciam o abandono a que tentam condenar a região. No entanto, os seus legítimos representantes nas duas Casas do Congresso brasileiro, estejam certos, não vão silenciar; muito menos ficaremos na inação. E esta parece ser a atitude adequada para celebrarmos mais um Dia do Piauí, o 19 de outubro, que assinala a primeira adesão do Piauí à causa da Independência do nosso Brasil.
Ao concluir, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero congratular-me com os quase três milhões de piauienses que povoam nosso território e fazem de nosso Estado, a despeito das adversidades, uma terra de progresso. É graças à coragem e à determinação, à inteligência e ao talento de seus cidadãos que o Piauí prospera e se encaminha para um futuro melhor e mais justo, capaz de assegurar maiores oportunidades para toda a sua gente.
Muito obrigado.