O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Brasil passou por um pleito eleitoral nas últimas semanas. Tivemos o primeiro turno no dia 6 de outubro e o segundo, para vários Governos Estaduais e Presidência da República, no último dia 27. Ganharam uns, perderam outros, e o resultado é que venceu a democracia brasileira.

Sr. Presidente, em Santa Catarina, meu Estado, o pleito foi árduo, duro, e a decisão ocorreu no segundo turno. E, como presidente da agremiação vencedora, com a eleição do companheiro Luiz Henrique da Silveira para Governador, não posso deixar de aqui fazer um agradecimento aos que lutaram e participaram da construção desse projeto vitorioso em meu Estado.

Desde o primeiro instante, o meu Partido e o PSDB firmaram um entendimento e uma parceria, conjugando esforços para disputar o segundo turno. Cerca de 15 partidos - dentre eles o PDT, o PPS, o PV, o PCdoB - resolveram, democraticamente, abraçar o projeto do companheiro Luiz Henrique no meu Estado.

Reconheço, por outro lado, que o nosso adversário político, o atual Governador, tem sido um páreo duro. Houve, de lado a lado, esforços e lutas. O povo e todas as lideranças têm participado, mesmo reconhecendo as dificuldades. Penso que, na construção desse projeto diferente, a fim de se implantar uma nova era, um novo modelo de administração para Santa Catarina, desenvolveu-se essa tese vitoriosa. Com o esforço do companheiro Luiz Henrique e também tendo como candidato a vice-Governador o companheiro de Partido, Eduardo Moreira, foi possível implantar-se essa proposta.

Sr. Presidente, como Presidente do nosso Partido, registro neste instante, aqui no Senado Federal, o que ocorreu no meu Estado. Creio que a construção, a luta e a participação de todos os partidos, que entenderam construir essa saída - uns mais, outros menos, mas é claro que com a participação de todos -, permitiram que chegássemos a esse resultado. Não minimizamos a participação de quem quer que seja, porque em Santa Catarina, como também em outros Estados, a diferença foi mínima.

Por isso, com a dedicação e a participação de todos quantos resolveram abraçar esta causa, de se implantar outra proposta, um novo modelo, novos ares em Santa Catarina, alcançou-se esse resultado, e acreditamos piamente que, a partir de janeiro, teremos uma nova caminhada no meu Estado.

Como Presidente do Partido em Santa Catarina, não podia deixar de mencionar os que participaram, os que entenderam, os que abraçaram essa proposta diferente. Prevaleceu, sobretudo, a vontade da maioria - no sistema democrático é isso o que acontece.

Gostaria ainda de registrar que, há vinte anos, perdíamos as eleições mais ou menos pela mesma diferença de votos para o atual governador, que, em 82, disputou com o companheiro Jaison Barreto. Nesse ano, perdemos as eleições em Santa Cataria por mais ou menos essa diferença.

Vejam bem como são as coisas: vinte anos depois inverte-se o processo. E é por isso que eu gostaria de fazer esse registro agradecendo a todos que terão, também, o compromisso de implantar essa proposta lá no meu Estado, invocando não só os que eu já mencionei aqui, mas, principalmente, o PT do meu Estado, que teve papel decisório na vitória desse projeto. Foi decisiva a participação deles nessa segunda rodada - o PT participou com candidatura própria no primeiro turno. Essa participação do PT foi decisiva, sem dúvida alguma. Além disso, é meu dever mencionar também o PSB, que teve candidato a governador e, também, o PPS e os demais partidos que já citei. Todos eles ajudaram a construir essa nova proposta em Santa Catarina.

É o registro, Sr. Presidente, nobres Colegas, que não pude deixar de fazer aqui no Senado Federal.

Muito obrigado.