O SR. CHICO SARTORI (Bloco/PSDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna desta Casa, na tarde de hoje, para agradecer de público ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Morais, pelo atendimento ao nosso pedido feito aqui, em abril do corrente, quando, por meio de um pronunciamento, encaminhamos requerimento de informação dirigido a S. Exª, no sentido de autorizar o departamento especializado daquele Ministério para iniciar a sorologia no rebanho bovino de Rondônia, importante providência para determinar a saída do Estado do ciclo do risco da febre aftosa.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estive com o Ministro Pratini de Morais, em audiência no seu próprio gabinete. Recebi de S. Exª a sua palavra de que brevemente as autoridades competentes estariam atendendo ao nosso pleito. Não foi surpresa para este Parlamentar e também para os agropecuaristas de Rondônia o referido cumprimento, pois, para a nossa satisfação e alegria, recebemos a confirmação daquele Ministério de que a realização da sorologia no nosso rebanho bovino seria iniciada no mês de setembro.

A nossa expectativa, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é de que o nosso rebanho possa adentrar na condição da área livre de vacinação, que não haja notícia de atividade viral nas amostras coletadas e, assim, a atividade pecuarista do nosso Estado restabeleça-se, fortalecendo a pecuária de corte, resgatando a exportação da carne com osso e restabelecendo o nosso espaço no mercado comercial.

Sr. Presidente, Rondônia é o primeiro Estado da Região Norte que conseguiu avançar no controle da doença graças à consciência dos nossos pecuaristas e o esforço das nossas autoridades públicas do setor, tanto que levantamentos preliminares indicam que a última etapa de vacinação superou os 98% da etapa anterior.

A sorologia, Sr. Presidente, é um serviço muito criterioso. A sua amostragem foi realizada dentro da proporção regionalizada do rebanho, sendo que a coleta do material foi efetuada em cerca de 8 mil animais. Sendo confirmado o aspecto positivo da sorologia, o rebanho do Estado de Rondônia entrou na área livre de vacinação a partir de agora.

Quero ressaltar, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o considerável empenho dos pecuaristas do meu Estado, que tenho a honra e o orgulho de representar no Senado Federal, pois, sem as suas participações nesse processo de imunização do nosso rebanho com certeza não teríamos alcançado esse sucesso.

A pecuária é a base da economia do Estado de Rondônia, Sr. Presidente. Por isso, nesta oportunidade, quero demonstrar, de público, perante este seleto Plenário, o agradecimento deste Parlamentar e dos produtores rurais de Rondônia ao gestor da Pasta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministro Pratini de Morais, por ter nos atendido com tanta presteza, inclusive no que diz respeito à liberação de medicamentos, elaborados em laboratório, tais como fungos biológicos, para combater a cigarrinha, tanto nas pastagens como nas plantações de arroz, milho e outros produtos agrícolas.

Sr. Presidente, informo à Casa que, no Estado de Rondônia, ano passado, em um total de 62.226 propriedades rurais, foram vacinadas aproximadamente 8 milhões de rezes. Isso fez com que, no mês de outubro, o nosso Estado, Rondônia, ficasse livre do estigma da febre aftosa. Hoje, os pecuaristas do Estado de Rondônia, consideram-se inseridos na faixa considerada livre da febre aftosa, podendo, portanto, o nosso produto ser comercializado em outros Estados da Federação e quiçá exportados.

O Estado de Rondônia, Sr. Presidente, foi o primeiro a ter o boi verde, o boi de capim, vendido por 30% a mais do valor de mercado pelo fato de ser criado unicamente na pastagem de capim e não por outros insumos.

Agradeço, mais uma vez, ao Ministro Pratini de Morais, pela boa vontade de S. Exª em atender o nosso Estado. Por intermédio de um pedido nosso e pela luta travada em favor da pecuária de Rondônia, enfim, poderemos comercializar a carne produzida no nosso Estado, como ocorre com os demais Estados da Federação. Sr. Presidente, certamente outras vacinas serão dadas ainda no decorrer deste mês de novembro. E, para a vacinação do próximo ano, estamos aguardando pronunciamento do Ministério da Agricultura em quantas vezes teremos que vacinar o nosso rebanho. Rondônia, a partir de agora, é um Estado livre da febre aftosa, como era do nosso desejo.

Vejam V. Exªs: no mês de abril, um bezerro, no Estado de Rondônia, na cidade de Vilhena, era vendido por R$230,00 enquanto que o mesmo bezerro, no Estado de Mato Grosso, situado a apenas quatro quilômetros de Rondônia, era vendido por R$350,00. O mesmo acontecia com a arroba de boi, que, na cidade de Vilhena, custava R$36,00, no Estado de Mato Grosso, era vendida a R$41,00. Hoje, Sr. Presidente - repito -, estamos livres do estigma da febre aftosa! Assim sendo, o Estado de Rondônia passará a ser um dos produtores de carne da melhor qualidade neste País.

Portanto, mais uma vez, agradeço ao Ministro Pratini de Morais pela atenção e apoio de S. Exª aos agropecuaristas do Estado de Rondônia, além do esforço para que o Estado ficasse livre da febre aftosa, podendo, assim, o nosso rebanho participar do cenário brasileiro.

Sr. Presidente, gostaria também de agradecer, em nome de todos os veterinários do Estado e da Idaron, um órgão do Governo do Estado, o empenho para que, nesses três últimos anos, pudéssemos vacinar 100% do rebanho de Rondônia.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.