O SR. BERNARDO CABRAL (PFL - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu havia requerido a palavra pela ordem sem saber do pronunciamento que faria o Senador Francelino Pereira, dando prosseguimento ao que já manifestara na última quinta-feira, quando eu não me encontrava no plenário. Já fiz a S. Exª uma carta e me reservo para o dia de amanhã, quando se discutirá o requerimento em torno da remessa da proposta de emenda à Constituição, novamente, como sempre, à CCJ, para tecer considerações em torno da independência, da dignidade e do caráter do Senador Francelino Pereira.

Sr. Presidente, eu pedi a palavra para esclarecer, de uma vez por todas, um boato que corre pelos corredores e pela imprensa de que eu seria um indicado, um postulante, um interessado em assumir, a partir de fevereiro de 2003, o cargo de Diretor-Geral do Senado Federal. É claro que o cargo é importante, mas, em nenhum momento da minha vida pública, pensei, sugeri, insinuei qualquer cargo nesta Casa ou na Câmara dos Deputados, quando saísse do desempenho da atividade parlamentar. Fui eleito para ser Senador da República e não para andar atrás de cargo.

Além disso, por uma questão ainda maior, o Diretor-Geral chama-se Agaciel Maia, meu amigo pessoal, por quem lutei há algum tempo, porque, na época da Assembléia Nacional Constituinte, foi um braço direito meu quando dirigia a Gráfica do Senado. Não seria agora, por todos os títulos que eu pudesse ter - e não os tenho -, que eu aceitaria uma nomeação dessa natureza.

O cargo é alto, dignificante, e qualquer brasileiro gostaria de estar nele, mas peço à imprensa e suplico a V. Exª, Sr. Presidente, que determine a publicação no Jornal do Senado de uma nota em que afirmo que não pleiteio, não sugiro e não aceito qualquer missão que não seja aquela para a qual fui eleito pelo povo.

Esse é o requerimento que faço a V. Exª, ao mesmo tempo em que comunico, Senador Ramez Tebet, que lamento não estar aqui para vê-lo novamente na Presidência.