O SR. PRESIDENTE (Ramez Tebet) - Srªs e Srs. Senadores; digníssimas autoridades diplomáticas, em particular o Embaixador do Líbano, Sr. Ishaya El-Khoury, e sua digna esposa; autoridades religiosas; Srªs e Srs. Parlamentares, permito-me, nesta oportunidade, pedir-lhes licença para dizer que minha vida tem sido um rosário interminável de graças que Deus me tem concedido, e a solenidade de hoje é uma delas. Deus me concede a graça de, como filho de libaneses, Presidente do Senado e do Congresso Nacional, presidir esta sessão comemorativa dos 59 anos de Independência do Líbano.

Se Deus me desse o privilégio de escolher outra vida, escolheria a mesma, com os mesmos pais que tive e que, hoje, não se encontram entre nós, mas que, por certo, estão ainda olhando para o seu filho, que está tendo esta oportunidade feliz de abraçar todos os libaneses do Brasil e do mundo, festejando esses 59 anos de independência da pátria libanesa, que ainda luta por liberdade, por soberania, por autodeterminação. Isso ainda não terminou. Tais valores, acredito, só serão alcançados quando a paz e a harmonia se instalarem efetivamente no Oriente Médio.

O Brasil, estou certo disso, jamais deixará de prestar ao Líbano o apoio de que este país necessita em sua luta contra toda e qualquer forma de dominação.

Cumpre-me, depois de ouvir a palavra do Senador Lindberg Cury, que falou por todo o Senado e foi aparteado por descendentes de libaneses que forjam a luta desta Casa por uma Pátria cada vez mais feliz e cada vez mais justa, lembrar que o Parlamento brasileiro é constituído por cerca de 10% de descendentes de libaneses. Se o Senador Lindberg Cury fez referência aos Senadores descendentes de libaneses presentes no Senado da República, quero referir-me aos libaneses que honram e dignificam o seu mandato e a nossa luta na Câmara dos Deputados. São tantos, que me permito saudá-los nas pessoas dos que estão aqui presentes: Deputado Luiz Fernando Nicolau e Deputado Nelson Trad, filho de Assaf Trad, o eterno Cônsul do Líbano no meu Estado, Mato Grosso do Sul.

Portanto, não há ninguém mais feliz, nesta festa comemorativa, do que eu, que não pude ainda comparecer como Presidente do Senado e do Congresso à terra dos meus pais, o Líbano. Isso deve acontecer dentro de poucos dias, neste mês ou no próximo, mas acredito que esse será talvez o maior toque de emoção da minha vida, entre tantos toques de emotividade com que Deus tem premiado a minha alma. Aliás, é com um toque de emotividade e de sentimento que vivem os libaneses e seus descendentes.

Aqui se falou dos valores dos libaneses, e quero salientar, particularmente, que o seu grande valor é o amor à família e o desejo de bem educar os seus filhos.

Quero não completar o que já foi dito, mas apenas deixar as minhas palavras - porque melhor do que eu se pronunciaram todos os oradores que me antecederam - de felicidade e de alegria por presidir esta sessão e dar os parabéns aos libaneses do Brasil e do mundo por mais um ano da independência libanesa. Muito obrigado ao Líbano pelo exemplo de força e de vontade e pela contribuição inestimável à formação da Nação brasileira. Quero dizer, por fim, chukran jazira - muito obrigado. (Palmas.)