Discurso durante a 136ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

TRANSCURSO, HOJE, DO DIA NACIONAL DE COMBATE AO CANCER, DESTACANDO O TRABALHO DESENVOLVIDO PELO INSTITUTO NACIONAL DE COMBATE AO CANCER - INCA.

Autor
Maria do Carmo Alves (PFL - Partido da Frente Liberal/SE)
Nome completo: Maria do Carmo do Nascimento Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • TRANSCURSO, HOJE, DO DIA NACIONAL DE COMBATE AO CANCER, DESTACANDO O TRABALHO DESENVOLVIDO PELO INSTITUTO NACIONAL DE COMBATE AO CANCER - INCA.
Publicação
Publicação no DSF de 28/11/2002 - Página 22930
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, COMBATE, CANCER, REGISTRO, IMPORTANCIA, PROVIDENCIA, PREVENÇÃO, DOENÇA, SOCIEDADE.
  • DEFESA, INICIATIVA, INSTITUTO NACIONAL DO CANCER, MINISTERIO DA SAUDE (MS), REALIZAÇÃO, PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO, COMBATE, PREVENÇÃO, DOENÇA, IMPORTANCIA, DIVULGAÇÃO, CAMPANHA, ASSISTENCIA MEDICA.

A SRª MARIA DO CARMO ALVES (PFL - SE) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, peço a palavra para fazer um rápido, mas relevante registro. Hoje, 27 de novembro, é o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Essa data deve ser lembrada aqui, nesta Casa Legislativa, e em todas as demais do País, pois o câncer é um dos males que ultrapassou as barreiras do século XX e, infelizmente, nos acompanha neste começo de terceiro milênio.

Muitos avanços nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento desse mal têm sido conseguidos, especialmente a partir da década de 90. No entanto, o câncer segue a ser uma grande incógnita em vários aspectos. Vejamos, por exemplo, outra terrível doença: a AIDS. Em poucos anos foram implementadas maciças campanhas de prevenção, uma vez que é pacífica a sua forma de contaminação, e ainda mais se descobriu sobre como tratá-la. Hoje ela já não assusta tanto, e a sobrevida dos soropositivos tem aumentado de forma excepcional.

Eu, há muito, preocupo-me com o câncer. Em grande parte, ainda, o diagnóstico precoce e a prevenção são as melhores armas na luta contra essa doença. No entanto, o trabalho de esclarecimento e educação é lento e gradual, mas nunca deve ser relegado. Já em 1984, no primeiro mandato de meu marido, o governador João Alves Filho, em Sergipe, ative-me a esse tema. Na época implantei o Pró-Mulher, um programa de política social e de saúde do governo que visava à prevenção do câncer cérvico-uterino e mamário, priorizando a educação e a medicina preventiva. Procurava diagnosticar e tratar as lesões cervicais e da mama, prevenindo o câncer, bem como conscientizar a mulher de que a eficácia desse trabalho de prevenção depende de seu empenho em realizar os exames em caráter periódico de forma permanente.

Em termos nacionais quero destacar o trabalho do INCA - Instituto Nacional de Combate ao Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde. O Instituto tem realizado um excelente trabalho em várias frentes, especialmente no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico precoce e à consolidação e expansão de serviços de assistência oncológica. Todavia, como mulher, acredito ser extremamente relevante os esforços do órgão para o controle do câncer do colo do útero. Para se ter uma idéia, Srªs e Srs. Senadores, anualmente, o INCA tem proporcionado a realização de cerca de 8 milhões de exames preventivos, em todo o País.

Para finalizar, Sr, Presidente, quero dizer que todas as iniciativas são bem-vindas. Mas, muito extenso é ainda o caminho que temos de percorrer para, se não erradicar, ao menos minimizar o futuro sofrimento dos pacientes e de suas famílias. Programas antitabagismo e de reeducação alimentar e física são importantes para que possam ser diminuídos os riscos de um futuro surgimento do câncer. No entanto, a constante divulgação de campanhas do auto-exame, no caso do câncer de mama, e o estímulo para que o homem, acima dos 40 anos, procure fazer o exame a respeito do câncer de próstata, são imprescindíveis, pois apenas a informação e a atuação individual contra esse mal terão efeitos significativos a curto prazo.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigada.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/11/2002 - Página 22930