Pronunciamento de Romero Jucá em 10/12/2002
Discurso durante a 145ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
REGISTRO DA POSSE DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA COMO CHANCELER DA UNIVERSIDADE ESTACIO DE SA. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRONUNCIAMENTO DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA.
- Autor
- Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
- REGISTRO DA POSSE DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA COMO CHANCELER DA UNIVERSIDADE ESTACIO DE SA. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRONUNCIAMENTO DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/12/2002 - Página 25332
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ARTUR DA TAVOLA, SENADOR, REGISTRO, RECEBIMENTO, TITULO, POSSE, FUNÇÃO, UNIVERSIDADE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ATUAÇÃO, RELAÇÕES DIPLOMATICAS.
- COMENTARIO, DISCURSO, AUTORIA, ARTUR DA TAVOLA, SENADOR, REGISTRO, AUSENCIA, CRIAÇÃO, OBSTACULO, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL, GOVERNO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, CANDIDATO ELEITO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, DEFESA, MANUTENÇÃO, PROGRESSO, GOVERNO FEDERAL.
O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a este plenário hoje tratar de uma questão que está preocupando todos nós: a indicação da nova direção do Banco Central. Falo da preocupação porque, durante esta semana, acompanhamos pela imprensa matérias que, de certa forma, denotam um certo problema atual e sinalizam o futuro.
Segundo matéria do jornal O Globo, no final de semana, Lula deve enviar o nome do Presidente do Banco Central ao Senado na segunda-feira. O nome não foi enviado.
A Folha de S.Paulo, num artigo do Fernando Rodrigues, traz o perfil do banqueiro central petista e levanta tantas questões que, na verdade, fica difícil vestir, nesse figurino, alguém em condições de, rapidamente, dirigir o Banco Central.
Mas o Correio Braziliense vai mais longe ainda, ao publicar, na sua capa, a manchete: “Três convites de Lula para o Banco Central são recusados”, o que é muito ruim. Não sei se o foram. O Deputado José Dirceu andou desmentindo essa afirmação. Mas com essa manchete e com a matéria interna intitulada “Três vezes não”, parece-me que o Banco Central foi negado três vezes - e a Bíblia já registra esse tipo de negação. Isso corroborará uma imagem de indefinição extremamente perigosa para o quadro econômico por que estamos passando.
O Correio Braziliense ainda, por meio de Arlete Salvador, publica um artigo que demonstra aquilo que já sabíamos e sabemos, porque somos Governo. O título é: “A dura arte de governar”. E prossegue, em seu subtítulo: “O PT se enroscou sozinho na composição do Ministério e na votação da minirreforma tributária”.
A Folha de S.Paulo também cita: “Lula estuda alternativas a Bodin no Banco Central”. Quer dizer, a questão do Bodin também não está definida. Sem querer fazer trocadilho: “bota” o Bodin, tira o Bodin. Trata-se de uma situação de indefinição.
Gostaria até que fosse indicado o nome do Bodin porque, como ele está sendo processado por membros do Partido dos Trabalhadores, esse seria um bom momento para se esclarecerem esses processos, e, mais do que isso, para que o PT pedisse desculpas ao Bodin, que assumiria o Banco Central, por conta dos processos que fizeram durante a sua gestão.
Demonstra a preocupação de todos aqueles que estão sendo sondados para dirigir o Banco Central esta matéria da Folha de S.Paulo: “Ex e atuais dirigentes do Banco Central respondem a 68 ações na Justiça”. Portanto, o Banco Central, como todo o Governo, é extremamente suscetível ao recebimento desses tipos de ações.
Faço este registro porque considero extremamente importante que essa questão seja encaminhada rapidamente. Hoje comentamos novamente a vinda do Ministro Pedro Malan a esta Casa na próxima terça-feira. A próxima semana será, na verdade, a última para votações no Senado. Não sendo indicado um nome para o Banco Central, sem dúvida alguma, teremos um hiato, um buraco negro de difícil avaliação.
Registro minha preocupação e faço votos de que o PT possa efetivamente entrar em entendimento, indicando rapidamente um nome para o Banco Central.
Sr. Presidente, todos esses percalços, na verdade, não são tão graves devido ao processo de transição, que, implementado pelo Presidente Fernando Henrique, além de um reforço à democracia e de todas as questões já avaliadas ao longo do debate, tem como vantagem permitir ao novo Governo a condição de errar um pouco sem muitas conseqüências, pois ainda não é Governo. Há um treino para ser Governo durante o qual podem errar um pouco. Espero que o treino seja feito até o dia 30 e que o PT, mesmo errando um pouco, consiga acertar-se para que, a partir de 1º de janeiro, quando haverá conseqüências práticas advindas das ações do novo Governo, comece a acertar e a ajudar o Brasil a andar para a frente.
Peço a transcrição das matérias que registrei.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SENADOR ROMERO JUCÁ EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210 do Regimento Interno.)
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