O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (Bloco/PSB - AC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, mais uma vez, causam-me estranheza algumas afirmações.

Bastou que o Presidente Lula, no início do seu Governo, abrisse o debate com a Nação acerca de um problema que nos angustia e que nos mata secularmente, que é a fome no nosso País, provocada perversamente por uma elite que sempre usurpou tudo que este País produziu, que sempre riu da desgraça alheia e que jamais exercitou o sentimento de humanidade, bastou isso, para que as aves de agouro surgissem de todos os lugares deste País.

Verdadeiras aves de agouro ficam torcendo todos os dias para que esse programa, esse fantástico programa idealizado por um grande cidadão brasileiro, Lula da Silva, morra no nascedouro, para que esse programa não vá em frente, para que não se realize o sonho de milhões de brasileiros.

Causa-me profunda decepção. Brasileiros de todas as concepções políticas deveriam aderir ao programa, contribuindo de todas as formas possíveis. É isso que o povo brasileiro espera de todos nós. Na verdade, o programa, que seguramente será realizado, poderá transformar a vida do povo brasileiro.

Bastou que o programa viesse a lume para que as aves de agouro se manifestassem contra, vaticinando o insucesso de um programa tão bonito como esse.

Quero declarar a minha estranheza, a minha decepção profunda com a atitude de pessoas que ficam torcendo - é inacreditável! - para que o programa não prospere e que não se realize o sonho de milhões de brasileiros e o de todos nós.

Portanto, registro aqui a minha profunda decepção.

O Sr. Leonel Pavan (PSDB - SC) - V. Exª me concede um aparte?

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Siqueira Campos) - Nobre Senador Leonel Pavan, lamentavelmente, o Regimento Interno é expresso com relação a apartes no tempo das comunicações de liderança.

O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (Bloco/PSB - AC) - Então, prossigo, Sr. Presidente, trazendo aqui uma comunicação de fundamental importância para o meu Estado.

O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Acre muda a sua composição nesta data. Assume a Presidência do Tribunal a Desembargadora Eva Evangelista, uma magistrada de elevada capacidade e que honra os acreanos com a sua atuação perante o Judiciário acreano. Assume também a Corregedoria desse Tribunal a Juíza Regina Longuini.

Faço esta comunicação, Sr. Presidente, por duas razões. Primeiro, para dizer que o Tribunal Regional Eleitoral do meu Estado, no ano passado, por ocasião das eleições, adotou decisões desastradas, intentou a cassação do mandato e a candidatura do Governador Jorge Viana que, por sinal, foi o candidato ao Governo de Estado e obteve o maior percentual registrado, neste País, nas últimas eleições para o cargo de Governador. A decisão desastrada do Tribunal do Acre foi apreciada pelo Tribunal Superior Eleitoral e este o desautorizou.

Registro com alegria a nova composição desse Tribunal tão importante para a condução da prática política em nosso Estado. Para mim, é motivo de orgulho mencionar a posse das duas grandes magistradas.

Registro, também, minha profunda tristeza pelo assassinato do Juiz Corregedor de Presidente Prudente, Antônio José Machado Dias. Ao lado da tristeza de todos os magistrados deste País, coloco minha própria tristeza e o faço, particularmente, nas pessoas das magistradas a que me referi.

Sr. Presidente, era a comunicação que gostaria de fazer.

Muito obrigado.