O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PSDB - TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) -- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não posso deixar de vir a esta tribuna, na qual já estive por diversas vezes, para tratar da grande obra de integração nacional, que é a ferrovia Norte-Sul, e dar uma boa notícia.

O Ministério dos Transportes empenhou parte dos seus recursos orçamentários - sabemos que os recursos estão contingenciados - à retomada da ferrovia Norte-Sul, iniciada por V. Exª, nosso Presidente José Sarney.

Na condição de Presidente da República Federativa do Brasil, V. Exª achou por bem dar prosseguimento à grande obra de Juscelino Kubitschek. V. Exª teve a coragem de desafiar muitos membros da imprensa nacional, de desafiar a opinião pública brasileira e pagou um preço elevado por isso. Ouvimos muitos dizerem: “a ferrovia que liga nada a lugar nenhum”, mas V. Exª mostrou ao País o caminho da integração nacional.

Pois bem, Sr. Presidente, nós, da Bancada do Tocantins, da Bancada do Maranhão, da comissão dos transportes, que nos reunimos durante o ano passado, que debatemos sobre esta obra, que vimos com grande alegria a inauguração da ponte sobre o rio Tocantins, ligando o Maranhão ao Tocantins - já com 40 quilômetros de ferrovia no nosso território -, assistimos agora ao Ministro Anderson Adalton sinalizar para o País que vai dar prosseguimento a essa obra.

Sr. Presidente, essa é uma notícia muito importante. Estamos observando que a rodovia Belém/Brasília carece de uma grande operação de reconstrução.

Eu disse, há alguns dias, que tinha uma boa notícia a dar ao Senado e ao Congresso Nacional, que não haveria mais necessidade da “operação tapa- buraco” na Belém/Brasília. Não há mais buracos a serem tapados. A rodovia precisa ser toda reconstruída. É uma calamidade o que está acontecendo com a rodovia Belém/Brasília. No entanto, não adianta ficarmos aqui clamando pela sua eterna reconstrução e recuperação sem trabalharmos paralelamente outros dois vetores: o transporte, por meio do rio Tocantins e por meio da ferrovia Norte-Sul. Trata-se de uma luta que une as Bancadas de Goiás, do Maranhão e do Pará. Essa obra não é de interesse regional, mas é a grande obra de integração nacional.

Sr. Presidente, da mesma forma que mantenho nesta Casa uma política reivindicante, quero uma política que entendo ser de interesse nacional.

Já afirmei desta tribuna que vou votar as reformas de que este País precisa. Não terei nenhum impedimento partidário, porque entendo que este Governo veio para mudar. Assim votou o povo brasileiro.

Portanto, estou nesta tribuna hoje como integrante do Partido da Social Democracia Brasileira para dar os meus parabéns ao Ministro Anderson Adauto, ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Partido Liberal, que, sendo um dos Partidos que integram a base de apoio do Governo, indicou o Ministro Anderson Adauto para o Ministério dos Transportes.

O Tocantins hoje comemora o fato de que parte dos seus recursos empenhados - ainda não foram liberados - serão destinados a uma grande finalidade. Restam ainda R$77 milhões para serem descontingenciados para este ano - isso está no Orçamento -, para que a obra possa ser tocada de acordo com as necessidades do País.

Não quero deixar de registrar, de fazer justiça a uma decisão, a meu ver, bastante importante.

Espero que Deus ilumine o Ministro Anderson Adauto, que S. Exª perceba também a importância da rodovia Araguaia-Tocantins.

Tenho certeza de que essa obra dará uma resposta muito rápida ao País, seja para o programa Fome Zero, barateando o custo dos transportes, seja para o desenvolvimento dessa nova fronteira agrícola, que é toda a região Norte do meu País - o nosso Tocantins, o Mato Grosso, o Maranhão, enfim, a região amazônica como um todo.

Sr. Presidente, deixo registrado o reconhecimento da Bancada tocantinense por esse gesto, por essa decisão que considero da mais alta relevância para o interesse nacional.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.