Pronunciamento de Jefferson Peres em 27/03/2003
Discurso durante a 27ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Replica ao Ministro Antonio Palocci, da Fazenda, em debate sobre a reforma tributária.
- Autor
- Jefferson Peres (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AM)
- Nome completo: José Jefferson Carpinteiro Peres
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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REFORMA TRIBUTARIA.:
- Replica ao Ministro Antonio Palocci, da Fazenda, em debate sobre a reforma tributária.
- Publicação
- Publicação no DSF de 28/03/2003 - Página 4963
- Assunto
- Outros > REFORMA TRIBUTARIA.
- Indexação
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- DEBATE, REFORMA TRIBUTARIA, DEFESA, DISCUSSÃO, ESTUDO TECNICO, REFORÇO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), EXTINÇÃO, TRIBUTOS, ANUNCIO, COMPARECIMENTO, ORADOR, MINISTERIO DA FAZENDA (MF).
O SR. JEFFERSON PÉRES (PDT - AM. Sem revisão do orador.) - Serei brevíssimo, Sr. Presidente. Realmente, Sr. Ministro, agradeço seus esclarecimentos e suas respostas. Mas, em primeiro lugar, jamais preguei o imobilismo. Nada impede que se façam as mudanças pontuais, Sr. Ministro, e se estudem mudanças mais profundas. Foi isso que quis dizer.
Quanto à CPMF ou ao IMF, temos que aprofundar, temos que ter uma discussão técnica. Sr. Ministro, aceito o convite de ir ao Ministério. Conheço os argumentos contrários ao IMF, Sr. Presidente, o argumento mais frágil é o de que não foi feito em nenhum país do mundo. Se fosse assim, Sr. Ministro, o Brasil, até hoje, seria o único país do mundo a ter o processo eletrônico de votação, ainda estaria na papeleta, como os eleitores da Flórida que elegeram Bush.
Em segundo lugar, Sr. Ministro, o exemplo da Argentina não vale, para mim, não convence. Foi feito há dez anos, num país de economia dolarizada, com grande uso de moeda manual, com sistema bancário não automatizado, fragílimo, e, finalmente, Sr. Ministro, a experiência da CPMF, no Brasil, mostra que o aumento da dívida até aqui não incidiu na desintermediação financeira.
Finalmente, quero apenas dirigir-me particularmente a V. Exª. Sr. Ministro, acontece, às vezes, de admirarmos uma pessoa a distância e, no contato pessoal, a admiração minguar. Com outros, ao contrário, pessoas que mal conhecemos, pela televisão, é neutro e quando fazemos o contato, cresce. Por V. Exª a minha admiração cresceu, porque V. Exª tem uma das virtudes que mais admiro no ser humano. V. Exª é um homem, além de educado, mostrou ser um homem de convicções e de humildade intelectual. E o que é isso, Sr. Presidente? É saber respeitar os adversários, é não pensar que é dono da verdade, é ir para a discussão tendo convicção das idéias, mas com a mente aberta e com a seguinte disposição: estou convencido, mas estou disposto a rever minhas opiniões diante dos argumentos que vou ouvir.
V. Exª, hoje, sai daqui com a sua quota de admiração comigo lá em cima.
Muito obrigado, Sr. Ministro.