Pronunciamento de Hélio Costa em 07/04/2003
Discurso durante a 33ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Homenagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela Campanha da Fraternidade 2003, cujo tema é "Fraternidade e Pessoas Idosas: Vida, dignidade e esperança".
- Autor
- Hélio Costa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
- Nome completo: Hélio Calixto da Costa
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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IGREJA CATOLICA.:
- Homenagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela Campanha da Fraternidade 2003, cujo tema é "Fraternidade e Pessoas Idosas: Vida, dignidade e esperança".
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/04/2003 - Página 6276
- Assunto
- Outros > IGREJA CATOLICA.
- Indexação
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- HOMENAGEM, CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), CAMPANHA DA FRATERNIDADE, DEBATE, SITUAÇÃO, IDOSO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, EXPERIENCIA, NECESSIDADE, ASSISTENCIA SOCIAL, VELHICE.
O SR. HÉLIO COSTA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, senhores dirigentes da CNBB, quero, inicialmente, cumprimentar o Senador Paulo Paim pela oportunidade do requerimento para se fazer esta justa homenagem à CNBB, de tantas tradições, de tantos compromissos com a democracia, sobretudo com os mais carentes, com as pessoas que não possuem privilégios.
A Campanha da Fraternidade de 2003, que trata de pessoas idosas, é muito apropriada, pois vivemos em um País em que os dois extremos das idades são prejudicados. Os muito jovens não alcançam sequer a oportunidade de um primeiro emprego, porque sempre exigem deles a experiência que ainda não têm. E os muito velhos são esquecidos, abandonados, deixados de lado, com toda a sua experiência de vida, a mais importante experiência que alguém pode ter, mas que, lamentavelmente, ainda não é reconhecida no Brasil. Parece que quem passou de certa idade já não é mais útil para a sociedade. E a sociedade não se importa com os mais velhos. Os que se encontram entre a meia idade e a idade mais avançada ainda permanecem naquela situação em que os jovens os chamam de muito velhos, e os velhos dizem que são muito jovens. Ficam, assim, sem lugar na sociedade.
A sociedade deve se preocupar com as pessoas idosas, sem privilégios, algumas delas sem famílias e que são levadas a situações de absoluta falta de interação com a sociedade. Por essa razão é tão importante que se faça essa lembrança dos idosos, que a CNBB encaminhe esse esforço nessa direção de conscientizar a Nação da importância dos mais velhos.
Estive duas vezes na China, talvez o único país onde as pessoas, quanto mais velhas ficam, mais importantes são, mais consideradas, mais representativas, mais lembradas, mais consultadas. Os conselheiros são os mais velhos. Os que ditam o caminho são os mais idosos. Lamentavelmente, no Ocidente, na nossa sociedade, ocorre rigorosamente o oposto: quanto mais velhos ficamos, menos importância temos.
Assim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores dirigentes da CNBB, como Vice-Líder do Governo, como integrante da Bancada do PMDB, que é o meu partido, venho à tribuna dizer o quanto aplaudimos essa iniciativa e a campanha da CNBB deste ano, dedicada à fraternidade com as pessoas idosas, que merecem esse cuidado e que não podem nunca ser esquecidas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Palmas.)