Discurso durante a 38ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Importância do Programa de Reflorestamento da Associação das Indústrias Madeireiras de Marabá/PA, que introduz um novo modelo de desenvolvimento economicamente viável para o meio ambiente. Doação de 3.000 bezerros para o Programa FOME ZERO, anunciado pelo Presidente da Cooperativa Rural de Marabá. (Como Líder)

Autor
Ana Júlia Carepa (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
Nome completo: Ana Júlia de Vasconcelos Carepa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DO MEIO AMBIENTE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Importância do Programa de Reflorestamento da Associação das Indústrias Madeireiras de Marabá/PA, que introduz um novo modelo de desenvolvimento economicamente viável para o meio ambiente. Doação de 3.000 bezerros para o Programa FOME ZERO, anunciado pelo Presidente da Cooperativa Rural de Marabá. (Como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 16/04/2003 - Página 7789
Assunto
Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ELOGIO, PROGRAMA, AUTORIA, ASSOCIAÇÃO DE CLASSE, INDUSTRIAL, MADEIRA, MUNICIPIO, MARABA (PA), ESTADO DO PARA (PA), APOIO, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), REFLORESTAMENTO, REGIÃO, ANTERIORIDADE, DESMATAMENTO, REFORMA AGRARIA, COMENTARIO, IMPORTANCIA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • REGISTRO, INICIATIVA, SINDICATO RURAL, MUNICIPIO, MARABA (PA), ESTADO DO PARA (PA), CONTRIBUIÇÃO, PROGRAMA, GOVERNO FEDERAL, COMBATE, FOME.
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, APROVEITAMENTO, RECURSOS MINERAIS, CAPACIDADE, ENERGIA HIDROELETRICA, ESTADO DO PARA (PA).

A SRª ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT - PA. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho vindo, por diversas vezes, a esta tribuna, para falar sobre o trabalho escravo existente no Estado do Pará e sobre a violência no campo. Hoje, quero abordar outro assunto importante e saudar uma iniciativa dos empresários madeireiros da nossa Região.

Visitei, na sexta-feira, no Município de Marabá, Estado do Pará, um projeto de reflorestamento da Associação das Indústrias Madeireiras de Marabá e da Região Sudeste do Pará. Trata-se de um exemplo de que iniciativas como essa podem estar voltadas para a necessidade do mercado, já que o preço da madeira retirada da floresta tropical cai cada vez mais.

Hoje, cresce a demanda, por exemplo, por placas de fibra de madeira reconstituída. Essa necessidade fez com que os madeireiros, com o apoio e a aprovação do Ibama, elaborassem esse projeto de reflorestamento, que conta com um banco de sementes e um laboratório. Na verdade, é um projeto de recuperação de áreas degradadas e de implantação de floresta de uso múltiplo em áreas de reforma agrária e microrregiões do sudeste do Pará, do qual fazem parte os Municípios de Itupiranga, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Pacajás e São João do Araguaia. Esse trabalho, que conta com o Simar, comprova que é possível, na prática, um novo modelo de desenvolvimento para a nossa Região que respeite o meio ambiente e seja economicamente viável. Parabenizo, portanto, a iniciativa. Embora seja conhecedora de algumas contradições na legislação, tenho certeza de que serão sanadas, para que o projeto tenha continuidade.

Eu queria, também, registrar que, nessa mesma viagem a Marabá, fui informada pelo Presidente do Sindicato Rural de Marabá, Sr. Diogo Naves, de uma doação ao Programa Fome Zero de três mil bezerros, que, após leiloados, deverão render cerca de R$1 milhão. Isso é o resultado do envolvimento da sociedade, mais especificamente do setor produtivo rural. Apesar de, várias vezes, ter vindo à tribuna, para falar de aspectos negativos, faço questão de registrar também as iniciativas positivas, que demonstram que há pessoas sérias trabalhando, produzindo, gerando emprego, preocupadas com o futuro do Brasil.

Eu gostaria, ainda, de dizer que essa região é a maior província mineral do mundo, o maior potencial hidrelétrico do País. O Pará é o segundo Estado brasileiro a contribuir de forma positiva para a balança comercial do Brasil, com as exportações que hoje realiza, mas, infelizmente, tem sido vítima de um modelo de desenvolvimento atrasado. No entanto, vemos demonstrações como a do setor madeireiro, que compreendeu que é melhor trabalhar de forma organizada, moderna, com a sociedade, junto com o Ibama, pensando no desenvolvimento sustentável deste País, para não andar na contramão da história.

Portanto, faço esse registro e o da doação ao Programa Fome Zero, que demonstra que a sociedade realmente abraçou essa causa da guerra contra a fome. Trata-se da mobilização do País que come, para ajudar a parte do País que tem fome.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/04/2003 - Página 7789