Pronunciamento de Eduardo Azeredo em 22/04/2003
Discurso durante a 41ª Sessão Especial, no Senado Federal
Presta homenagem à cidade de Brasília, pela passagem do seu quadragésimo terceiro aniversário.
- Autor
- Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
- Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- Presta homenagem à cidade de Brasília, pela passagem do seu quadragésimo terceiro aniversário.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/04/2003 - Página 8212
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), OPORTUNIDADE, SAUDAÇÃO, JUSCELINO KUBITSCHEK, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, ISRAEL PINHEIRO, ENGENHEIRO, LUCIO COSTA, OSCAR NIEMEYER, ARQUITETO, EMPENHO, CONSTRUÇÃO, CAPITAL FEDERAL.
O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim; Sr. Governador Joaquim Roriz; Senador Mauro Benevides; Sr. Núncio Apostólico Dom Lorenzo Baldisseri; Ministro Álvaro Augusto Ribeiro Costa, Advogado-Geral da União; Srª Presidente do Memorial JK, Anna Cristina Kubitschek; Srª Deputada Eliana Pedrosa; Srª Maria de Lourdes Abadia, Vice-Governadora do Distrito Federal, minha colega de Partido; Coronel Affonso Heliodoro; Embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, minha conterrânea, por meio da qual cumprimento todos os Secretários e membros do Governo de Brasília aqui presentes; Senadores Paulo Octávio e Valmir Amaral; minhas senhoras e meus senhores, com a legítima emoção de representante de Minas Gerais, compartilho com os brasilienses a celebração de mais um aniversário da cidade que o sonho de Juscelino Kubitschek transformou em centro de irradiação do progresso.
Se “Minas são muitas”, como ensinou Guimarães Rosa, uma delas vive em Brasília. E está presente não apenas no espírito de uma colônia pioneira, altiva, orgulhosa do suor com que ajudou a irrigar o chão do Planalto Central e da alma que vivificou o sonho da construção de um novo Brasil. Minas está presente também em Brasília, esta cidade única, que é a projeção com que Juscelino - o grande estadista do século XX - cuidou de recriar a natureza, ampliando o sertão e as veredas, sublimados no romance do imortal escritor mineiro e transformados nesta portentosa realidade pelo trabalho de outro conterrâneo ilustre - Israel Pinheiro - e de seus operosos candangos.
Sr. Presidente, ontem, em Ouro Preto, participei da comemoração do Dia de Tiradentes, juntamente com o Governador Aécio Neves e com o Presidente Lula. Como é bom fazer a ligação da Brasília moderna com o Brasil antigo de Ouro Preto! No dia 21 de abril, comemora-se a inauguração de Brasília e o Dia de Tiradentes, dois símbolos que representam o Brasil moderno e o Brasil antigo.
Tive o privilégio, que muito me orgulha, de, ainda adolescente, acompanhar meu pai, Renato Azeredo, amigo e colaborador de JK e de Affonso Heliodoro, nas visitas à cidade que estava nascendo. Embora jovem, já vislumbrava o futuro que estava reservado à Brasília na História. Metassíntese do programa de governo de JK, Brasília tornou concreta, em pouco mais de quatro décadas, a profecia imortalizada na frase que Juscelino pronunciou em 2 de outubro de 1956:
Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites em seu grande destino.
Sr. Presidente, essa frase marcou muito a minha geração por transmitir confiança e demonstrar o que devem ser o Brasil e os brasileiros, que precisam acreditar em seu País.
Srªs e Srs. Senadores, minhas senhoras e meus senhores, a profecia se cumpriu. O País cumpre, sim, o seu grande destino. O progresso se irradiou, mudando a face do interior, até então desconhecido.
O que seria do Brasil se não tivesse havido essa caminhada para o interior, representada tão bem pela construção de Brasília? Como estaria o Estado de Goiás, da Senadora Iris de Araújo, o qual cresceu muito com a vinda da Capital para o interior? Da mesma forma, como estaria o interior de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e do próprio Estado de Minas Gerais? A riqueza do Triângulo Mineiro é, na verdade, reflexo do que aconteceu com o Brasil com a mudança da Capital do litoral para o interior do País.
O progresso, portanto, projetou-se sobre a saga da construção do novo País. Paira no espírito dos brasileiros a lembrança daquele que se inscreveu nas páginas da História como um dos maiores vultos da vida brasileira: Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Na reverência que prestamos à sua memória neste 43ª aniversário da filha dileta, rendemos nossa homenagem a Lúcio Costa e a Israel Pinheiro, coadjuvantes dessa grande epopéia.
É preciso homenagear também Oscar Niemeyer, o arquiteto visionário que ajudou a fazer da Capital brasileira Patrimônio Cultural da Humanidade.
No anonimato de suas vidas simples, os candangos uniram seu trabalho à própria vida da cidade, transformando-se no povo que hoje é saudado respeitosa e carinhosamente. Àqueles cujas mãos ergueram do cerrado esta grande metrópole, igualmente, a homenagem de Minas Gerais.
Que a visão e o arrojo de Juscelino possam se perpetuar nas novas gerações de brasileiros!
Que esta jovem Brasília, no vigor de seus 43 anos, possa servir de exemplo a outras alvoradas que conduzam o Brasil ao seu grande destino!
Em nome do PSDB, digo, com muita alegria: parabéns, Brasília! Parabéns, brasilienses!
Muito obrigado.
(Palmas.)