O SR. JORGE BORNHAUSEN (PFL - SC. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, já se manifestaram, de forma muito apropriada, pelo meu Partido, o Senador Marco Maciel e o nosso Líder José Agripino. Destacaram as qualidades do respeitável homem público, agora desaparecido, Aureliano Chaves. Sua trajetória também foi lembrada, e sua coragem cívica, exaltada. Ele participou de uma das mais belas páginas da história brasileira, em que estivemos juntos, Sr. Presidente, o Senador Marco Maciel, o Senador José Agripino e o Senador José Jorge, na formação de um movimento que redundou, como lembrou Marco Maciel, na Aliança Democrática e na eleição de Tancredo Neves e José Sarney.

Destacou-se, aqui, a coragem cívica de quem era Vice-Presidente da República e teve a coragem de romper com o Presidente, e romper de forma clara e positiva, e procurar construir um caminho para o País, vencendo as dificuldades das divergências políticas de seu Estado, Minas Gerais, que eram profundas na ocasião ainda, redundantes da divisão dos antigos partidos, a União Democrática Nacional e o Partido Social Democrático. Mas ele soube juntar suas mãos às de Tancredo Neves e possibilitar a façanha de chegarmos a uma transição democrática sem seqüelas. Transição que também deve muito ao Presidente José Sarney, pelo seu espírito democrático, pela sua paciência, pela sua condição de estadista.

Quero, neste momento, como Presidente do Partido da Frente Liberal, do qual Aureliano Chaves foi fundador e seu candidato à Presidência da República, deixar marcada a nossa posição de solidariedade a esse homem público. Perdeu Minas, perdeu o Brasil, perdemos todos nós.