Pronunciamento de Hélio Costa em 20/05/2003
Discurso durante a 59ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Explicações a respeito da posição adotada pelo PMDB nas eleições presidenciais de 2002.
- Autor
- Hélio Costa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
- Nome completo: Hélio Calixto da Costa
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA PARTIDARIA.:
- Explicações a respeito da posição adotada pelo PMDB nas eleições presidenciais de 2002.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/05/2003 - Página 12075
- Assunto
- Outros > POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
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- MANIFESTAÇÃO, APOIO, DISCURSO, IDELI SALVATTI, SENADOR, NECESSIDADE, APURAÇÃO, ORÇAMENTO, ELABORAÇÃO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.
- ESCLARECIMENTOS, POSIÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), PERIODO, ELEIÇÕES, RESULTADO, DECISÃO, CONVENÇÃO, APOIO, CANDIDATO, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB).
- DEFESA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), APOIO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, POLITICA NACIONAL.
O SR. HÉLIO COSTA (PMDB - MG. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a Senadora Ideli Salvatti foi feliz ao dizer, de uma maneira muito clara, o que acontece, na realidade, com o Orçamento que, neste momento, está sendo executado. É um Orçamento elaborado pelo Governo anterior, no ano passado. A responsabilidade que se imprime no Orçamento é o importante neste momento, e é o que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está levando em conta.
Sr. Presidente, como Vice-Líder do PMDB, quero deixar muito claro que o meu Partido teve a opção, no ano passado, um ano eleitoral, de ter candidato à Presidência da República. Fomos a uma convenção em que a maioria do PMDB decidiu não ter candidato a Presidente - se tivesse tido, teria chance de ganhar a eleição - e apoiar a candidatura do Senador José Serra à Presidência da República.
Ora, quando 52 milhões de brasileiros votam no candidato do PT e elegem o Presidente Lula, na realidade, estão dando o castigo merecido a uma ala do PMDB - àquela que não soube entender um momento importante da história nacional, em que tinha que olhar para trás e ver Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela, ver aqueles que fizeram o PMDB, e perceber que o Partido não poderia ser apenas um instrumento na campanha, como foi. O PMDB passou a ser, na realidade, um garçon d’honneur, aquele garotinho que vai atrás da noiva segurando a cauda do vestido. Foi esse o papel desempenhado pelo PMDB, ano passado, na campanha eleitoral.
Sr. Presidente, o grupo progressista do PMDB, ao qual pertenço, estava do outro lado. Nunca aceitamos a participação do PMDB no Governo anterior. Não concordávamos com isso. Sempre entendemos que o PMDB deveria ser oposição. Sempre disputamos isso, mas perdemos.
Na verdade, a correção veio na eleição: o PMDB que apoiou o Governo do Presidente Fernando Henrique foi derrotado. Essa situação não me atinge, não atinge o PMDB que apóia o Presidente Lula, que deu apoio a ele no primeiro turno, diga-se de passagem. Os progressistas do PMDB estiveram, desde o primeiro instante, na campanha eleitoral, apoiando a candidatura do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O nosso Partido, hoje, encontra-se unificado, caminha unido. Entendemos que este é um momento nacional importante. Entendemos que o Partido tem de se reencontrar e, sobretudo, evitar qualquer divisão, para poder oferecer o apoio de que o Presidente necessita para fazer as reformas, tão importantes e tão necessárias à sociedade brasileira.
Muito obrigado.