Discurso durante a 60ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio à posição do Vice-Presidente da República, Sr. José Alencar, em defesa da redução dos juros.

Autor
Aelton Freitas (PL - Partido Liberal/MG)
Nome completo: Aelton José de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Apoio à posição do Vice-Presidente da República, Sr. José Alencar, em defesa da redução dos juros.
Publicação
Publicação no DSF de 22/05/2003 - Página 12247
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • APOIO, JOSE ALENCAR, VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA, MANIFESTAÇÃO, OPOSIÇÃO, ATUAÇÃO, AUTORIDADE, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, GOVERNO, AUSENCIA, INICIATIVA, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS.
  • EXPECTATIVA, AGILIZAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS, CUMPRIMENTO, COMPROMISSO, CAMPANHA ELEITORAL, ESPECIFICAÇÃO, RETORNO, CRESCIMENTO ECONOMICO, COMBATE, DESEMPREGO, AUMENTO, PRODUÇÃO, PAIS.

O SR. AELTON FREITAS (Bloco/PL - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero solidarizar-me com a postura adotada nos últimos dias pelo ilustre Vice-Presidente da República José Alencar, que tive a honra e a responsabilidade de suceder nesta Casa, com relação à política monetária do Banco Central. Ainda ontem, em um congresso de municípios em Belo Horizonte, o Vice-Presidente voltou a se manifestar a respeito, defendendo a diminuição da taxa de juros atual, fixada em torno de 26,5%, a taxa Selic. Hoje, suas palavras estão mais do que nunca no centro das discussões.

Reivindicar e alertar o Governo para a necessidade iminente de diminuir as taxas de juros é um gesto que demonstra a responsabilidade de quem entrou em um projeto disposto a alavancar um novo e promissor tempo para o povo brasileiro. Compartilho dos mesmos sentimentos, na condição de Senador do Partido Liberal e integrante do bloco de apoio ao Governo.

É inegável o empenho do Presidente em redirecionar o País. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conhece mais do que ninguém a necessidade de o País crescer. Entretanto, a manutenção das atuais taxas de juros, de fato, impede vislumbrar boas notícias para o nosso povo e para o nosso setor produtivo, sendo insuportáveis para a economia.

O que fez o Vice-Presidente José Alencar e o que faço agora nada mais é do que um alerta para que a política econômica do Governo não seja, no futuro, apenas um argumento diante de um eventual fracasso nos avanços sociais propostos desde o início.

Mesmo que a mudança nas taxas de juros não venha a ocorrer neste momento, espero que, ao menos, ela seja apressada, de maneira a dar margem para alterações que promovam resultados efetivos, de preferência até o fim deste primeiro ano de mandato.

A geração de emprego e renda, que só será obtida com a retomada de investimentos maciços em todas as áreas de produção, não pode esperar. O povo que elegeu, de forma brilhante e merecida, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda mantém confiança absoluta no seu projeto, irradiado há anos nos quatro cantos do País, como demonstraram recentes pesquisas de avaliação feitas.

É preciso lembrar, entretanto, que essa mesma confiança só será mantida com a realização efetiva dos avanços sociais prometidos. Dessa forma, se não forem criadas rapidamente as condições necessárias para o crescimento, o quadro pode e deve mudar. É um grande desafio para a equipe econômica do Governo Lula conciliar sua política com os anseios do País, mas, afinal de contas, ela existe e é capacitada para isso.

É responsabilidade de todos nós, Senadoras e Senadores, mesmo daqueles que integram o Bloco de Oposição, contribuir para que o Governo consiga oferecer ao povo brasileiro um país estável economicamente, mas, acima de tudo, mais justo socialmente. Fazendo este breve alerta, em solidariedade à postura moral irrepreensível do Vice-Presidente José Alencar Gomes da Silva, sinto que fiz a minha parte nesta sessão.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/05/2003 - Página 12247