Discurso durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagens aos municípios de Agronômica, que completa 39 anos de fundação e Caibi, que comemora 38 anos de fundação, ambos em Santa Catarina.

Autor
Leonel Pavan (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SC)
Nome completo: Leonel Arcangelo Pavan
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA AGRICOLA.:
  • Homenagens aos municípios de Agronômica, que completa 39 anos de fundação e Caibi, que comemora 38 anos de fundação, ambos em Santa Catarina.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2003 - Página 14418
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, AGRONOMICA (SC), CAIBI (SC), ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), REGISTRO, ATIVIDADE ECONOMICA, AGRICULTURA, PECUARIA, TURISMO.
  • ANUNCIO, PARALISAÇÃO, AGRICULTOR, PECUARISTA, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), REIVINDICAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, ALHO, CARNE, SUINO, APREENSÃO, FALTA, PLANEJAMENTO, POLITICA AGRICOLA.
  • APREENSÃO, DEMORA, RESULTADO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, FRUSTRAÇÃO, ELEITOR.

O SR. LEONEL PAVAN (PSDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero aproveitar meu tempo para homenagear duas cidades de Santa Catarina que têm grande importância para a economia do Estado, principalmente no que diz respeito à área agrícola: Agronômica e Caibi.

O Município de Agronômica completa, no dia 6 de junho, 39 anos de fundação. Trata-se de uma cidade que tem um povo humilde e trabalhador. Esta homenagem é justa por ser ela campeã mundial em produtividade de arroz irrigado.

Com a economia voltada principalmente para a agricultura, sua principal atividade é a produção de fumo, destacando-se, ainda, a de milho, mandioca, cebola, feijão, batata-doce, batatinha, sementes, frutas e hortaliças.

Fica, portanto, minha homenagem ao querido Município de Agronômica pela sua importância na agricultura de Santa Catarina.

Também gostaria de homenagear a cidade de Caibi, no extremo oeste de Santa Catarina, que completa 38 anos de fundação. Fica a uma distância de 676 quilômetros de Florianópolis e é filiada à Associação dos Municípios do Entre-Rios - Amerios. Sua economia é baseada essencialmente na agricultura e pecuária, com destaque para a produção de suínos e aves. É uma cidade cujos agricultores têm origem no Rio Grande do Sul.

O Município apresenta um grande potencial turístico, e é banhado pelo rio Uruguai. É visitado por turistas interessados nos campings, trilhas ecológicas, esportes náuticos e também no turismo religioso, já que a romaria de Nossa Senhora da Salete, realizada no mês de setembro, é uma tradição de 40 anos.

Fica, portanto, a minha homenagem às cidades de Agronômica e Caibi.

Quero ressaltar, ainda, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que tenho usado a tribuna seguidamente para falar da falta de planejamento e de perspectiva de dias melhores para os agricultores do nosso País, especialmente os produtores de cebola e alho. Mas, hoje, quero referir-me aos produtores de alho.

O Brasil está importando alho da China e também da Argentina. Os nossos agricultores estão sofrendo, não sabem mais o que fazer. Vibraram pela safra volumosa, fizeram festas pela boa colheita, mas já perderam 20 mil toneladas do produto por não conseguirem colocá-lo no mercado.

Amanhã, inicia-se uma paralisação na região do meio oeste de Santa Catarina, em Curitibanos, talvez a cidade que mais produz alho no Brasil. Os agricultores estão temerosos, pois poderão ter prejuízos irrecuperáveis.

Fica, portanto, o alerta. Recebi um telefonema do Ministro da Agricultura, que foi atencioso na questão do parcelamento das dívidas, no prolongamento do prazo do pagamento dos financiamentos que foram feitos. Mas não adianta prolongar. Precisamos inserir no mercado o alho do Brasil, para podermos pagar a dívida daqui a dois ou três anos - não interessa o tempo, precisa ser vendido o produto.

Ressalto que em Joaçaba, no meio oeste catarinense, também haverá uma paralisação de todos os suinocultores da região. Eles estão prevendo que toda a sua produção e o seu trabalho poderá ser duramente prejudicado uma vez que não estão encontrando caminho que lhes garanta botar os seus produtos no mercado para exportação, principalmente a carne suína.

Faço esse alerta ao Governo Federal, que tem sido parceiro, atencioso e cortês nas respostas aos nossos ofícios. No entanto, em relação a essa questão, não estamos vendo nenhum resultado positivo, concreto.

Disse ontem, Sr. Presidente, que o Governo Federal está virgem em termos de uma ação concreta, firme, coesa que venha realmente trazer a mudança que tanto prega no Brasil. Não está acontecendo nada, infelizmente nada que possa trazer tranqüilidade aos quase sessenta milhões de eleitores que confiaram o voto a este Governo, exceto a aprovação de vinte e sete medidas provisórias que dispunham sobre a nomeação de um diretor aqui, um outro diretor ali. Mas leis concretas que venham beneficiar este País, conforme foi apregoado em campanhas eleitorais, nada foram propostas, nada foi feito. Já vai fazer seis meses e nada aconteceu.

Espero que a agricultura, a educação, a saúde, que o Programa Fome Zero e todos esses projetos saiam do papel e comecem a funcionar, atendendo ao desejo do povo brasileiro.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2003 - Página 14418