Discurso durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Dificuldades enfrentadas pelas Santas Casas de Misericórdia.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Dificuldades enfrentadas pelas Santas Casas de Misericórdia.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2003 - Página 14457
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, SANTA CASA DE MISERICORDIA, ASSISTENCIA MEDICO-HOSPITALAR, POPULAÇÃO CARENTE, REGISTRO, DIFICULDADE, SITUAÇÃO FINANCEIRA, DEFICIT, INFERIORIDADE, RECEITA, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), DEFASAGEM, TABELA, PAGAMENTO, PROCEDIMENTO.
  • REGISTRO, AUDIENCIA PUBLICA, COMISSÃO, SEGURIDADE SOCIAL, CAMARA DOS DEPUTADOS, PARTICIPAÇÃO, REPRESENTANTE, SANTA CASA DE MISERICORDIA, SOLIDARIEDADE, ORADOR, REIVINDICAÇÃO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), SOLUÇÃO, PROBLEMA.

cumprindo o papel do bom samaritano

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem registro taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao longo do Governo Fernando Henrique Cardoso, procurei dar total apoio ao trabalho, insubstituível, das Santas Casas de Misericórdia. Instituições, hoje, presentes em quase todos os municípios brasileiros. É um trabalho a cuja frente sempre vamos encontrar dedicadas irmãs de caridade, ali desempenhando o papel do bom samaritano.

As Santas Casas, de forma tão fraterna e comovente, identificam-se com as populações às quais levam assistência médico-hospitalar. E desse convívio não são poucas as pessoas que se sentem honradas em participar dos Conselhos dessas instituições.

O meu grande interesse em ajudar essas instituições levou-me a conhecer bem a estrutura das Santas Casas, inclusive no Amazonas. Em Manaus, acompanhei de perto - e sigo acompanhando - as atividades da Santa Casa local, cujo provedor atual é o Dr. Cláudio Pereira Machado. Conheço também os integrantes do corpo clínico e, não poderia ser diferente, também as dedicadas freiras que ali diuturnamente emprestam seu esforço, atuando inclusive na área paramédica e levando aos pacientes a palavra de conforto de que precisam enquanto hospitalizados.

No entanto, leio no Jornal da Câmara que a situação desses hospitais não é nada boa, numa luta muito árdua para compatibilizar os recursos que recebem do Sistema Único de Saúde - SUS, com as suas despesas operacionais. No momento, registra-se um déficit que já ameaça a própria continuidade da missão que as Santas Casas desenvolvem por esse Brasil afora.

A delicada situação desses hospitais foi exposta, há pouco, na Câmara dos Deputados, em reunião de audiência pública, realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família, da qual participaram dirigentes de entidades representativas dessas instituições, entre outras, as Federações das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará.

Na audiência, conduzida pela Presidente da Comissão, Deputada Ângela Guadalgini, a dirigente da Federação das Santas Casas de São Paulo, Maria Fátima da Conceição, apresentou um dado que, por si só, dá bem a idéia da defasagem entre a receita e as despesas desses hospitais. Explicou ela que, para um parto normal, que custa R$ 944,00 para o hospital, o SUS paga-lhe apenas R$ 330,00, acarretando o déficit de R$ 644,00.

A Comissão de Seguridade da Câmara, como informa o jornal, deverá formalizar ao Ministério da Saúde documento baseado na audiência pública, com sugestões para reduzir os problemas desses hospitais.

Cumprimento os membros da Comissão e, desde logo, adianto que continuo disposto a dar prosseguimento a essa luta em favor desses bons samaritanos espalhados pelo Brasil.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2003 - Página 14457