O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, existe um grande movimento no País que está mexendo com o cenário político. Refiro-me à questão do petróleo. Movimentos concentrados no Rio de Janeiro já começam a ter a adesão de Estados produtores. Mas eu gostaria de tratar de um assunto diferenciado, não deste que está criando uma polêmica nacional, a cobrança do imposto na origem.

            O petróleo, Sr. Presidente, ainda é um dos elementos mais importantes, e vai continuar sendo por muitos anos, no cenário econômico nacional e mundial. E, para nossa felicidade, no meu Estado, o Estado do Espírito Santo, estudos apontam para a existência de enormes jazidas no litoral, como a descoberta anunciada na semana passada, graças a Deus, pela Petrobras, de mais uma megajazida de petróleo no litoral do Espírito Santo. Com reservas estimadas em 600 milhões de barris, a nova área fica ao lado dos campos Jubarte e Cachalote, com reservas totais de 900 milhões de barris, localizadas a 84 quilômetros ao sul de Vitória.

Com essa descoberta, o Espírito Santo se consolida como detentor da segunda maior concentração de petróleo do País, com reservas de 1,7 bilhão de barris, considerando as jazidas em terra e mar. Ou seja, o Espírito Santo tem mais de 15% das reservas totais do Brasil. A isso, somam-se as nossas destacadas facilidades de logística (porto e ferrovia) e posição geográfica para escoar o óleo para os principais centros consumidores.

Essa descoberta representa uma nova fase para a indústria petrolífera no Espírito Santo, com a geração de mais desenvolvimento, mais investimento e mais emprego no território capixaba. São múltiplas as facetas da exploração do petróleo no território capixaba, sejam elas ambientais, sociais, econômicas e políticas para as diversas comunidades, municípios, regiões ligadas à exploração do petróleo no Espírito Santo. Porém, dadas as características da atividade petrolífera, a exemplo da enorme concentração de capital, tecnologia e pessoal qualificado, as lideranças locais se preocupam em buscar formas da população local e regional participarem desse novo tempo que se abre para o Estado, tendo em vista o intenso processo de transformação política, econômica e social pelo qual passa o Brasil e o Espírito Santo.

Necessário se faz, portanto, o estímulo, por parte do Governo Federal, para ações e debates envolvendo as entidades da sociedade civil de nosso Estado. A instalação da nova refinaria no Espírito Santo é a maior contribuição do Governo Federal para a descentralização dos investimentos no País.

Sem dúvida nenhuma, Sr. Presidente, esse foi um presente de Deus ao Estado do Espírito Santo. Nós, que estivemos durante muitos anos nas páginas policiais, institucionalizou-se vestindo patentes, estola, toga, uniforme, gravata, estando nas colunas sociais, deixou desmoralizado e de baixa estima o povo do meu Estado, o povo do Espírito Santo. Dos 54 milhões de miseráveis deste País, 750 mil estão no meu pequeno Estado do Espírito Santo. Agora, fica claro que, do ponto de vista turístico, o segredo mais bem guardado do mundo -- não é diferente, porque é do ponto de vista mundial -- é o Brasil, que precisa de muitos investimentos, entre eles para coibir e acabar com a violência, a fim de que o turista venha ao País.

Estamos felizes com a auto-estima do nosso povo, com o crescimento do nosso Estado, com a geração de emprego e riqueza e, além disso, por sermos candidatos natos a termos a segunda refinaria no Espírito Santo, pelo que representamos hoje e pela esperança dos técnicos de que, daqui a cinco anos, seremos os maiores produtores de petróleo deste País.

Muito obrigado.