O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem registro taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Fibra - Federação das Indústrias do Distrito Federal, vem, ao longo dos anos, realizando um trabalho efetivamente relevante para o desenvolvimento de nossa região. E isso pode ser constatado pela crescente articulação que os dirigentes e integrantes da entidade efetuam não apenas nos âmbitos local e nacional, mas igualmente com vistas à paulatina conquista de mercados estrangeiros.

Especialmente quando o tema exportação assume, na atualidade, papel decisivo para a economia nacional, é uma satisfação para todos nós - representantes políticos, empresários, trabalhadores e, enfim, toda a comunidade que aqui vive e trabalha - observar que o Distrito Federal vem registrando um crescimento excepcional no volume de vendas ao exterior. Estudo recente elaborado pelo Centro Internacional de Negócios, da Fibra, revela que as exportações do DF alcançaram 2,4 milhões de dólares FOB, no primeiro trimestre do corrente ano.

O número evidencia uma expansão de 836%, quando se faz o confronto com igual período de 2002, que registrou 258,6 mil dólares FOB, em exportações. É bem verdade, e deve-se salientar, que do total acumulado no primeiro trimestre deste ano, 1,6 milhão de dólares FOB referem-se a barras de ouro, fios, perfis e bulhões de uma empresa de Minas Gerais que efetua suas exportações pelo Distrito Federal. Ainda assim, o crescimento real nas exportações do DF evoluiu sensivelmente, atingindo um incremento expressivo de 211% no comparativo dos primeiros trimestres de 2002 e 2003.

Na pauta distrital de exportações, ganha destaque o setor de vestuário, em especial o segmento de moda praia, pelo consórcio Flor Brasil, com um faturamento de 83,7 mil dólares FOB. Outros itens que merecem referência são miúdos de aves e bovinos, da empresa Só Frango; acessórios para veículos e tratores; e fios cirúrgicos fabricados pela empresa local Medical Line. Basicamente a produção local tem alcançado cinco mercados estrangeiros: Estados Unidos, Itália, Panamá, Hong Kong e Nigéria.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é certo que quando comparamos o volume de exportações do Distrito Federal com outras unidades da federação, notadamente com os Estados das regiões Sul e Sudeste, ainda encontramos um número bastante modesto. Mas o que cabe ressaltar é a evolução que se começa a verificar e a possibilidade concreta de conquista de novos mercados para o escoamento da produção que se vai consolidando em nossa região. E, nesse sentido, impõe-se a Federação das Indústrias do DF, a nossa Fibra, que tem concebido novas estratégias e, com muito arrojo, trata de criar as bases necessárias para colocar a bandeira do Distrito Federal em novos mercados.

E quero aqui destacar, Sr. Presidente, os termos de parceria que estão sendo firmados com a Câmara de Comércio e Indústria Ítalo-Brasileira, objetivando, é claro, um dos principais mercados consumidores da União Européia. Há, também, os entendimentos com a Câmara Nacional Brasil-Caricom, via de acesso aos países que conformam o Mercado Comum do Caribe, Caricom, para as exportações brasilienses. São nada menos do que 15 países, entre eles, Guiana, Suriname, Jamaica e Haiti, sem contar outras 12 nações que atualmente figuram como associadas ou observadoras.

De igual importância, mas agora no âmbito do Cone Sul, são as tratativas realizadas no momento, pelo Centro Internacional de Negócios da Fibra, com o Chile, um dos principais mercados consumidores do subcontinente. É nossa expectativa ver prosperarem essas conversações, para que logo o Chile se transforme em mais um país consumidor dos produtos do Distrito Federal.

Enfim, por todas essas iniciativas, quero congratular-me com a Federação das Indústrias do Distrito Federal, na pessoa de seu presidente, Antônio Rocha da Silva, seus demais dirigentes e afiliados, que realizam um significativo esforço para expandir nossos horizontes exportadores, o que certamente se refletirá em benefícios para os trabalhadores de nossa próspera região.

Muito obrigado.