Discurso durante a 80ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimentos à Sra. Edna Roland, designada esta semana para fazer parte do grupo de monitores encarregado de acompanhar a implementação de resoluções da ONU referentes ao combate ao racismo e às desigualdades raciais.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DISCRIMINAÇÃO RACIAL.:
  • Cumprimentos à Sra. Edna Roland, designada esta semana para fazer parte do grupo de monitores encarregado de acompanhar a implementação de resoluções da ONU referentes ao combate ao racismo e às desigualdades raciais.
Publicação
Publicação no DSF de 19/06/2003 - Página 15903
Assunto
Outros > DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
Indexação
  • REGISTRO, DESIGNAÇÃO, EDNA ROLAND, REPRESENTANTE, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), DEFESA, IGUALDADE, RAÇA, PARTICIPAÇÃO, GRUPO, RESPONSABILIDADE, ACOMPANHAMENTO, IMPLEMENTAÇÃO, RESOLUÇÃO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), OBJETIVO, COMBATE, DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
  • COMENTARIO, ELOGIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA), APROVAÇÃO, POLITICA, COTA, NEGRO, AMPLIAÇÃO, ACESSO, EDUCAÇÃO, COMBATE, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, REGISTRO, ANTERIORIDADE, INICIATIVA, UNIVERSIDADE DE BRASILIA (UNB), EXPECTATIVA, AVALIAÇÃO, MATERIA, ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA (EPM).
  • CONGRATULAÇÕES, CELSO AMORIM, MINISTRO DE ESTADO, ITAMARATI (MRE), ESFORÇO, COMBATE, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, SERVIÇO DIPLOMATICO.

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem registro taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cumprimentamos desta tribuna a Srª Edna Roland, designada esta semana pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr. Kofi Annan, para fazer parte do grupo de monitores encarregado de acompanhar a implementação de resoluções da ONU referentes ao combate ao racismo e às desigualdades raciais.

Além da brasileira, foram indicadas mais quatro personalidades eminentes e o grupo estará subordinado ao Alto Comissariado para Direitos Humanos das Nações Unidas.

A Srª Edna Roland é militante do Movimento Negro, integrando, com destaque, a ONG “Fala Preta”, de São Paulo. Na Conferência Mundial contra o Racismo, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001, a Srª Roland fez parte do corpo de relatores da conferência.

Trata-se, portanto, de uma indicação que faz jus à maturidade alcançada pelo Movimento Negro do Brasil, cujo reconhecimento já estava tardando.

Outra boa notícia vem de Salvador, neste momento extraordinário de emergência da cidadania negra. O sistema de cotas ganha terreno nas universidades federais. A Universidade Federal da Bahia vai utilizar o sistema de cotas para afro-descendentes, a partir do vestibular de 2004.

Segundo informam os jornais, apesar de a Bahia ter uma grande população negra, apenas 2% dos 2.500 alunos da instituição são negros. Entre os professores, a porcentagem cai para cerca de 1%.

As cotas são o instrumento adequado para corrigir essa distorção. A Universidade de Brasília já decidiu; a Escola Paulista de Medicina, onde participamos de um rico debate, deverá ser a próxima escola federal a tomar essa iniciativa.

Por último, quero registrar com satisfação a promoção do Sr. Júlio Boaventura, que passa agora ocupar o posto de Conselheiro na carreira diplomática brasileira. Júlio Boaventura é negro e vai cumprindo uma brilhante trajetória no serviço diplomático.

Cumprimento também o Ministro das Relações Exteriores, Sr. Celso Amorim, pelo seu empenho em dar visibilidade aos afro-descendentes na carreira diplomática.

O fato é que as respostas vão surgindo e não temos dúvida de que houve avanços significativos na consciência social brasileira, agora disposta a reagir e a enfrentar, sem mais delongas, as desigualdades raciais.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/06/2003 - Página 15903