O SR. PRESIDENTE (Mão Santa) - A Presidência quer informar que o Senador Mozarildo Cavalcanti ultrapassou em cinco minutos e vinte e cinco segundos o seu tempo no seu sábio pronunciamento. A nossa tolerância foi em homenagem a Santo Estevão, que foi apedrejado e que foi o orador bíblico que mais demorava em seus sermões.

A história da humanidade se repete quando, nestes tempos de globalização, não se ouvem as palavras de Cristo: “Amai-vos uns aos outros. Não matarás”. Um país do mundo, a Nigéria, condena uma mulher à morte, a pedradas, como Santo Estevão morreu. Esqueceram-se também destas palavras de Cristo: “Atire a primeira pedra quem não tiver pecado”.

Queremos nos associar às manifestações em defesa de Amina Lawal, às manifestações do Líder do PT, Senador Tião Viana, da Liderança do PSDB, na voz do Senador Arthur Virgílio, e do Senador Mozarildo Cavalcanti, que interpretam todo o sentimento e a sensibilidade do povo da República brasileira e também a nossa preocupação.

Temos certeza de que esta Casa, com 180 anos de lutas, onde ultimamente tenho presenciado a coragem de nos pronunciarmos contra o poderoso Presidente dos Estados Unidos, de nos posicionarmos contra o ditador Fidel Castro, não se esquivará de seu dever. Agora o pedido é a favor do amor, da clemência.

Inspiramo-nos no ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, que, nesse caso, transmitiu o sentimento deste País da paz e do amor e conseguiu que essa pena fosse adiada. Pediu ele, ainda, permissão para que a condenada se exilasse em nosso País.

Temos certeza de que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com seus propósitos e a sua personalidade cristã, que tem se saído tão bem em todas as suas incursões pela paz e pelo desenvolvimento do mundo, haverá de conseguir que o mundo se liberte de um fato como esse. Que volte a pedir ao Presidente da Nigéria clemência e ofereça o nosso País para asilar aquela nossa irmã, filha de Deus, condenada.