O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo esta tribuna hoje para, com satisfação, discorrer sobre a atuação da Companhia Vale do Rio Doce, refletida no seu Balanço do ano passado, quando completou 60 anos, sendo, hoje, considerada a maior produtora mundial de minério de ferro.

É digno de nota, Sr. Presidente, o fato de que, mesmo num ano marcado por lento crescimento da economia mundial, pela inviabilidade dos mercados financeiros internacionais e pela volatilidade da economia brasileira, como foi 2002, a Vale tenha conseguido um dos três maiores lucros de sua história, no valor de R$2,043 bilhões

E mais: a Companhia consolidou sua posição de líder mundial no mercado transoceânico de minério de ferro, com vendas recordes de 164 milhões de toneladas, o que equivale a 29,4 % do mercado global, alcançando, também, o topo nas vendas de alumina, potássio e nos serviços de logística para carga geral.

O ano de 2002, marcou o encerramento do processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, iniciado em 1997. Em março, o Tesouro Nacional e o BNDES alienaram cerca de 33 % das ações da empresa. Com essa democratização do seu capital, investidores de 17 países e quase 600 mil trabalhadores brasileiros tornaram-se seus acionistas.

Além do mais, Srªs e Srs. Senadores, foi implementado o novo modelo de governança corporativa da Vale e a reformulação dos papéis do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, bem como concluído o primeiro ciclo de planejamento estratégico da Companhia, que poderá agregar aquisições alinhadas ao foco de mineração e concretizar sua saída do setor de papel e celulose.

Basta dizer que a empresa adquiriu, dentro dessa estratégia, a Socoimex, a Samitri e a Ferteco, além de 50 % do capital da Caemi.

Paralelamente, foi reestruturada a sua participação na área de manganês e ferroligas, tendo sido adquiridas, também, a Rio Doce Manganèse Europe, a Elkem Rana e a Mineração Vera Cruz (alumínio).

A Vale associou-se à Nucor, americana, visando à instalação de unidade de produção de ferro-gusa no Norte do País. E propôs adquirir as ações detidas pela Acesita / Aços Planos do Sul na Companhia Siderúrgica de Tubarão, com vistas a preservar o valor e a liquidez de sua participação naquela empresa.

Está prevista, ainda, a construção do seu terceiro alto-forno, o que representará demanda adicional de 4 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.

Por oportuno, faz-se mister registrar, Srªs e Srs. Senadores, que, nos últimos seis anos, os investimentos da Vale superaram os U$$ 5 bilhões, e estão sendo gastos U$$ 37 milhões na remodelagem da sua plataforma tecnológica.

Concomitantemente a esse sucesso empresarial, a Vale é cônscia de sua responsabilidade social, destacando, sob esse aspecto, a geração de oportunidades para a superação da pobreza e a proteção do meio ambiente.

Assim, Sr. Presidente, quero ressaltar a importância dessa empresa nacional, e levar a toda a diretoria, à frente o Dr. Roger Agnelli, e principalmente, aos seus empregados, cuja competência e dedicação têm sido imprescindíveis, meus votos de congratulações pelo sucesso alcançado, tanto no cenário interno, como no internacional.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.