O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no decorrer da semana passada apresentei este Requerimento de nº 488 para ser votado pela Casa. Entretanto, diante do acúmulo das matérias, em face das medidas provisórias que teriam que ser relatadas e aprovadas pelo Plenário, somente hoje este requerimento está sendo apreciado.

Trata-se da apresentação de um voto de pesar aos familiares do Desembargador Antonio Góes, falecido no último dia 21, na cidade de Aracaju, Estado de Sergipe.

O falecimento do Desembargador Antonio Góes, aos 60 anos de idade, ocorrido sábado passado, consternou a sociedade sergipana, que perde um filho notável.

Homem de conduta impoluta, opiniões seguras e atitudes corajosas, sempre mantendo o equilíbrio intelectual na luta, a firmeza nos reveses e a magnanimidade no triunfo, o ilustre Magistrado nasceu no Município de Frei Paulo. Iniciou sua brilhante carreira no ano de 1970, como Juiz da Comarca de Tobias Barreto, e, desde então, se destacou não apenas por seu inquestionável saber jurídico, mas também por sua honradez e grande capacidade de agremiar amigos e admiradores.

Como Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, nobilitou o Poder Judiciário, impondo um trabalho vanguardeiro, sempre em defesa dos princípios democráticos e de uma justiça voltada para o social, o que ficou sobejamente evidenciado com a introdução da justiça volante no Estado, que em muito melhorou as condições de prestação de serviços à comunidade.

O Desembargador Antonio Góes também exerceu, na Universidade Federal de Sergipe e em cursos da iniciativa privada, a função de professor. Era um grande professor de Direito. Deixou milhares e milhares de jovens, no nosso Estado do Sergipe, saudosos, lembrando-se dos seus grandes ensinamentos e, acima de tudo, da sua cultura jurídica e da forma didática como transmitia tudo que sabia.

Faz uma grande falta à nossa sociedade sergipana o Desembargador Antonio Góes, desaparecido aos 60 anos de idade. Como eu disse, foi um presidente que honrou a Corte de Justiça do Estado de Sergipe, homem de granjear a simpatia não apenas pelo respeito que expressava nos seus atos, mas, acima de tudo, pela solidariedade que prestava, nos momentos difíceis, aos seus amigos, sem jamais confundir a sua atividade jurídica com outro qualquer interesse.

Sr. Presidente, os meus pêsames à família enlutada pelo desaparecimento de homem tão ilustre, como era o Desembargador Antonio Góes.