Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Regozijo pela filiação ao PPS do Deputado estadual Carlos Massa Júnior, conhecido como Ratinho Júnior. Críticas ao recuo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à reforma da Previdência. (como Lider)

Autor
João Batista Motta (PPS - CIDADANIA/ES)
Nome completo: João Baptista da Motta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. POLITICA SOCIO ECONOMICA.:
  • Regozijo pela filiação ao PPS do Deputado estadual Carlos Massa Júnior, conhecido como Ratinho Júnior. Críticas ao recuo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à reforma da Previdência. (como Lider)
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2003 - Página 17760
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. POLITICA SOCIO ECONOMICA.
Indexação
  • ELOGIO, FILIAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO POPULAR SOCIALISTA (PPS), CARLOS MASSA JUNIOR, DEPUTADO ESTADUAL, ESTADO DO PARANA (PR).
  • APREENSÃO, NOTICIARIO, IMPRENSA, RECONSIDERAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, TRAMITAÇÃO, REFORMA TRIBUTARIA, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, EXPECTATIVA, ORADOR, APERFEIÇOAMENTO, PROPOSTA, COMBATE, DESIGUALDADE SOCIAL, DESIGUALDADE REGIONAL, FAVORECIMENTO, ECONOMIA POPULAR.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PPS - ES. Como Líder.. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no final de semana passado, estive, juntamente com o Presidente do PPS, Deputado Roberto Freire, na cidade de Curitiba, Paraná, para abonarmos a ficha e filiarmos o Sr. Carlos Massa Júnior, um rapaz de vinte e dois anos de idade, que obteve quase duzentos mil votos para Deputado Estadual pelo Estado do Paraná.

Anteontem, em seu programa, seu pai, o Ratinho, agradeceu a nossa presença e teceu alguns elogios ao Presidente do Partido, Deputado Roberto Freire, um dos abonadores da ficha do Ratinho Júnior.

Eu queria dizer a todos que foi um orgulho para o PPS receber aquele rapaz. Ele começou a trabalhar com doze anos. Com apenas vinte e dois anos de idade, é um dos Deputados mais equilibrados da Assembléia Legislativa do Paraná, é um homem digno e merece todo o nosso respeito.

Não foi mais do que nossa obrigação nos deslocarmos da Capital da República para abonar sua ficha e trazer para o PPS um homem da envergadura de Ratinho Júnior.

Meus parabéns ao PPS! Meus parabéns ao Ratinho Júnior! Meus parabéns a seu pai, que tanto elogiou nosso Partido naquela oportunidade!

Mudando de assunto, Sr. Presidente, eu gostaria de abordar um tema que me traz muita preocupação. Trata-se das notícias que saíram nos jornais de hoje sobre o recuo do Presidente Lula quanto às reformas do nosso País.

Acredito que não há motivos para que o nosso Presidente tenha receio e recue em suas propostas. Penso que este Governo não é um governo que veio para fazer remendos, para tapar buracos. Acredito que veio para dar fim às desigualdades entre trabalhadores públicos e trabalhadores privados. Este Governo veio para dar fim às desigualdades entre as regiões do nosso País por meio da ação forte, do equilíbrio, da coragem e determinação do Ministro Ciro Gomes. Este Governo veio para acabar com as desigualdades entre os excluídos e os incluídos neste País.

É bem verdade que me traz alguma contrariedade a proposta do Governo, mas não porque ela seja corajosa, profunda. Traz-me alguma decepção porque ela é tímida. As desigualdades existentes não terminarão com as propostas do Governo. E nós queríamos que, de uma vez por todas, essas desigualdades tivessem fim.

Precisamos emendar a Reforma Tributária, mas não para resolver o problema entre Governadores, Prefeitos e Presidente da República. Temos que emendar a reforma tributária para que ela possa ser voltada para o povo brasileiro, principalmente para povo pobre. Temos que emendar a reforma tributária para que gêneros alimentícios não paguem impostos, para que o cidadão possa produzir e comercializar livremente seus produtos na feira mais próxima de sua casa, sem a perseguição do “rapa” da prefeitura, do Estado ou da União.

Devemos emendar a nossa reforma, alterando assim a nossa Constituição para que não sejam taxadas as peças de vestuário das populações de baixa renda. Seria interessante que as mães, em vez de entregar suas filhas à prostituição, se debruçassem sobre uma máquina de costura para fabricar camisas e calças e, no fim de semana, na feira mais próxima de sua casa, comercializar esses produtos - repito -, sem a perseguição do “rapa” da prefeitura, do Estado ou do Governo Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, precisamos apresentar emendas à nossa reforma, ou seja, às duas propostas, para que atendam melhor a nossa população, pondo fim às desigualdades e fazendo com que o País inclua os milhões de brasileiros que andam passando fome por todo o território nacional.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2003 - Página 17760